quinta-feira, 6 de abril de 2017

Descriptografado: Hacker revela página escrita por jovem que sumiu no Acre


O jovem Bruno de Melo Silva Borges, de 24 anos, está desaparecido desde segunda-feira passada (27). Bruno foi visto pela última vez durante um almoço de família às 14h, na cidade de Rio Branco, no Acre. O caso tomou a internet: ao entrar no quarto do jovem, a família encontrou as paredes repletas de mensagens, símbolos gnósticos, uma estátua do filósofo Giordano Bruno orçada em R$ 7 mil e 14 livros criptografados escritos pelo próprio jovem. 
1 página dos 14 livros criptografados foi fotografada e revelada 
Os livros criptografados estão em posse da Polícia do Civil do Acre, que também está investigando o caso. De acordo com o coordenador da Delegacia de Investigação Criminal (DIC), o delegado Fabrizzio Sobreira, todas as possibilidades estão sendo consideradas, porém o caso segue em sigilo. Apesar disso, uma página dos 14 livros criptografados foi fotografada e postada na internet. Não levou muito tempo: ela foi descriptografada e o conteúdo do texto revela algumas ideias escritas por Bruno antes de seu desaparecimento. O diretor da Antecipe, plataforma de gerenciamento de vulnerabilidades, Igor Rincon, e o líder de desenvolvimento, Renoir dos Reis, montaram um site chamado "Decifre o Livro" para ajudar a descriptografar outras páginas que venham a surgir.

"Caminho difícil"

Segundo a mãe de Bruno de Melo, em entrevista ao G1, o jovem não possui problemas psicológicos. "Ele é iluminado. Na escola, sempre foi diferenciado, um líder nato, com um alto poder de persuasão. É um menino de um coração tão bom, que dava as coisas da casa e dele aos outros, como camisetas e calças. Não é porque é meu filho, estou falando do Bruno amoroso, que enxerga a alma das pessoas”, comentou a mãe.
Uma indicação temporal foi o necessário para encontrar um padrão
O no Blog conversou com Igor Rincon para entender o padrão encontrado no página de Bruno que foi divulgada na internet. "Eu achei o texto na internet. Encontrei o '700' e, como é um número grande, deduzi que 'LO' seria referente à 'AC' ou 'DC'", explicou sobre o ponto inicial da descriptografação do texto. "Atrás da data, tentei deduzir as palavras que são mais comuns quando se refere a um texto antigo e, então, encontrei os padrões".
Rincon e Renoir ainda colocaram os caracteres criptografados sobre um teclado físico para entender melhor o padrão de criptografia. Segundo Renoir, a ideia agora é "centralizar todos esses documentos, quebrar a criptografia e disponibilizar a todos".
  • Abaixo, você vê a foto do teclado com os caracteres.
Teclado com caracteres

A página

Como citado, os livros estão em posse da Polícia Civil. Exatamente por isso, não há como o trabalho de descriptografação seguir adiante — a não ser que as páginas sejam liberadas para conhecimento público. Até o momento, a página que foi fotografada é a que você acompanha aqui embaixo.

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