quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Veja a trajetória do grupo de Eike Batista

Desconfiança do mercado sobre grupo EBX começou há cerca de um ano.
Eike chegou a ser 8º mais rico do mundo e hoje enfrenta sua pior crise.



O empresário Eike Batista vem passando por uma grande crise de credibilidade diante dos prejuízos registrados por suas companhias e das decisões tomadas por suas empresas, que têm levado suas ações a cotações muito baixas.
Nesta terça-feira (1º), a petroleira OGX comunicou ao mercado que não vai pagar a seus credores cerca de US$ 45 milhões das parcelas referentes a juros de dívidas emitidas pela empresa no exterior que vencem nessa mesma data.
No comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a OGX informa que "a companhia possui 30 dias para adotar as medidas necessárias sem que seja caracterizado o vencimento antecipado da dívida" de mais de US$ 1 bilhão.
O empresário, que chegou a ser o oitavo homem mais rico do mundo em março de 2012 - quando teve seu patrimônio avaliado em US$ 34,5 bilhões, viu a fortuna do seu grupo encolher cerca de US$ 30 bilhões, segundo dados de julho, após uma série de atrasos e falhas nas empresas do seu grupo.
A fortuna do empresário Eike Batista, que já chegou a ser avaliada em US$ 34,5 bilhões no ano passado, caiu agora para US$ 2,9 bilhões, segundo o ranking de bilionários da Bloomberg de julho. De acordo com a agência, no fechamento dos mercados do dia 2 de julho, o patrimônio de Eike estava avaliado em US$ 4,1 bilhões.
O grupo EBX tem atuação no Brasil, na Colômbia e no Chile e tinha em sua formação seis companhias: OGX (petróleo), MPX (energia), LLX (logística), MMX (mineração), OSX (indústria naval offshore) e CCX (mineração de carvão). A expectativa do empresário era de que, nos próximos dez anos, o grupo investiria US$ 50 bilhões na operação e construção de seus empreendimentos.
A primeira grande mudança na trajetória do grupo foi a renúncia de Eike em julho ao conselho de administração da empresa de energia MPX, que teve alterados seu comando e seu nome, para Eneva.

  •  
Trajetória das empresas de Eike
 2000
Deu início às operações da EBX, a "holding" que congrega várias empresas
Entre 2004 e 2008
Criou, estruturou e abriu o capital das empresas MMX, MPX , OGX e LLX, levantando recursos recordes de US$ 7,1 bilhões junto a investidores brasileiros e estrangeiros
Março de 2008
Eike Batista compra Hotel Glória por R$ 80 milhões
Março de 2010
OSX, outra empresa do grupo, estreou na Bovespa, com baixa de 7,5%. No ano, empresa teve R$ 24,7 milhões de prejuízo
Dezembro de 2011
Empresa de esportes de Eike anuncia que querinvestir R$ 500 milhões em 4 anos
Dezembro de 2011
Maio de 2012
CCX, outra empresa de Eike, estreou com queda de 3% na Bovespa
Junho de 2012
Dezembro de 2012
Maio de 2013
Grupo com Eike vence licitação e vai administrar o Maracanã por 35 anos. A vitótia tem sido alvo de questionamentos do MInistério Público, que viu ilegalidades no processo
Maio de 2013
13 de junho de 2013
Ação da petrolífera OGX, de Eike, cai para menos de R$ 1 pela 1ª vez
13 de junho de 2013
Eike diz que não tem intenção de vender mais ações da OGX em bolsa
13 de junho de 2013
Eike negocia parceria no projeto do Hotel Glória, na Zona Sul do Rio
1º de julho de 2013
Ação da OGX registra queda de mais de 95% desde o pico da sua cotação em 2010
1º de julho de 2013
OGX informou que os poços em operação no campo de Tubarão Azul não teriam sua produção aumentada e poderiam parar de produzir em 2014
2 de julho de 2013
Agência S&P rebaixa nota da OGX
para nível de risco de calote
3 de julho de 2013
4 de julho de 2013
19 de julho de 2013
Em artigo, Eike diz que se arrepende de ter recorrido ao mercado de ações
23 de agosto de 2013
27 de agosto de 2013
Eike anuncia que injetará até US$ 50 milhõesna OSX com venda de ações
27 de agosto de 2013
OGX desiste de 9 blocos adquiridos na 11ª rodada da ANP em maio
29 de agosto
29 de agosto
4 de setembro de 2013
Eike vende mais ações da OGX e reduz sua participação na companhia
11 de setembro
1º de outubro de 2013
OGX deixa de pagar cerca de US$ 45 milhões em juros para credores
Início da derrocada Junho de 2012

A turbulência nos negócios de Eike Batista, de 56 anos, se agravou há cerca de um ano. No dia 26 de junho de 2012, as ações da OGX – que chegou a representar três quartos do grupo em valor de mercado, em 2011 - fecharam com queda de 26,04%.
Na noite da véspera, a OGXhavia divulgado que a vazão de óleo nos primeiros poços perfurados pela empresa em um campo na bacia de Campos era de 5 mil barris de óleo equivalente (boe) por dia - apenas um terço do que o mercado esperava.
Na época, o empresário afirmou que a empresa estava trabalhando para elevar a produtividade dos poços na Bacia de Campos e garantiu que a OGX era uma empresa sólida, com caixa e viável.
"A OGX é uma empresa muito viável", disse Eike. "Já descobrimos muito petróleo e realizamos uma campanha muito bem sucedida nos últimos três anos", acrescentou, destacando que a empresa possui US$ 9 bilhões em caixa. "Vamos produzir muito petróleo", afirmou na ocasião. A promessa não foi cumprida.
As sucessivas frustrações com o nível de produção da OGX e a queima de caixa pela petroleira têm motivado forte queda das ações da empresa, contagiando os papéis de outras companhias de Eike listadas na Bovespa.

Dezembro de 2012

No final do ano passado, o empresário caiu para o posto de 3º bilionário mais rico do Brasil no ranking da Bloomberg, após "perder" US$ 6,8 bilhões de sua fortuna em um só dia, segundo cálculos da Bloomberg.
Em 2012, Eike foi o bilionário que mais perdeu dinheiro, segundo o a ranking da agência de notícias Bloomberg. Com um recuo de US$ 10,1 bilhões na sua fortuna, o brasileiro foi, de acordo com a Bloomberg, o "maior perdedor do ano" em dólares. No ranking da revista americana Forbes, o empresário passou de 7º para 100º lugar no mesmo ano. Hoje,ele nem aparece mais na lista dos 200 mais ricos do mundo.

Julho de 2013

Em 1º de julho de 2013, as ações da petroleira atingiram novas mínimas, acumulando uma queda de mais de 95% desde a cotação máximaregistrada pelos papéis da companhia, em outubro de 2010, segundo levantamento da consultoria Economatica.
Três dias depois, a OGX informou que os poços atualmente em operação no campo de Tubarão Azul não teriam sua produção aumentada e poderiam parar de produzir ao longo de 2014. "A companhia concluiu que não existe, no momento, tecnologia capaz de tornar economicamente viável o desenvolvimento dos campos de Tubarão Tigre, Tubarão Gato e Tubarão Areia.
Após o anúncio, as principais agências de classificação de risco passaram a rebaixar a nota de crédito da petrolífera de Eike Batista. A Moody's rebaixou o rating da OGX de B2 para CAA2 com perspectiva negativa. Essa nota indica alto risco de calote, segundo a escala.
A Standard & Poor’s (S&P) rebaixou a nota de crédito da petroleira em dois degraus, de 'B-' para 'CCC' – nível considerado como um grau de alto risco de inadimplência segundo a escala.
O desempenho da OGX, aquém do esperado, acabou afetando as outras empresas do grupo EBX, que são, de certa forma, interdependentes. A OSX, por exemplo, forneceria os navios para transportar o petróleo explorado pela OGX. Com isso, diante dos problemas da OGX, a LLX – empresa de logística responsável pela construção do Porto de Açú, no estado do Rio de Janeiro - também sentiria os reflexos dos resultados negativos, porque seu objetivo principal seria o de atender os petroleiros da OSX.
  •  
Trajetória do empresário Eike Batista
Março de 2010
Aparece como o 8º mais rico do mundo no ranking da revista Forbes, com patrimônio líquido estimado em US$ 27 bilhões
Março de 2011
O brasileiro mais bem cotado no ranking daForbes é Eike Batista, que aparece de  novo em 8º lugar, com uma fortuna estimada em US$ 30 bilhões
Março de 2012
Eike Batista é o 10º mais rico do mundo, aponta ranking da Bloomberg. A fortuna do brasileiro fora estimada em US$ 29,8 bilhões
Dezembro de 2012
O empresário caiu para o posto de 3º bilionário mais rico do Brasil no ranking da Bloomberg, após "perder" US$ 6,8 bilhões de sua fortuna em um só dia
Dezembro de 2012
Em 2012, Eike foi o bilionário que mais perdeu dinheiro, segundo o a ranking da agência de notícias Bloomberg

Maio de 2013
Eike Batista deixa a lista dos 100 maiores bilionários da Bloomberg
Junho de 2013
Eike Batista sai da lista dos 200 mais ricos do mundo, diz Bloomberg
4 de julho de 2013
Sua fortuna, que já chegou a ser avaliada em US$ 34,5 bilhões no em 2012, caiu para US$ 2,9 bilhões, segundo a Bloomberg
25 de julho de 2013
Eike deixa de ser bilionário, segundo a Bloomberg, e sua fortuna é avaliada em US$ 200 milhões
2 de setembro de 2013
Forbes também diz que Eike Batista deixou de ser bilionário
No dia 4 de julho de 2013, Eike Batista renunciou ao conselho de administração da MPX – empresa de energia com negócios complementares em geração elétrica e exploração e produção de gás natural na América do Sul.
A empresa anunciou um aumento de capital privado de R$ 800 milhões para reforçar o caixa da companhia em meio a turbulências enfrentadas no mercado. 
De acordo com a MPX, na operação, a empresa alemã E.ON - que detém 24,5% do capital da MPX e compartilha o controle da geradora térmica com o empresário - investirá até R$ 366 milhões, e o banco BTG Pactual, seu assessor financeiro, se comprometeu a dar o restante.
Esse aumento de capital vai substituir a oferta pública de ações inicialmente prevista. A decisão foi tomada, de acordo com a empresa, diante da "deterioração das condições de mercado nas últimas semanas".

"A capitalização contribuirá para fortalecer a estrutura de capital da companhia, sustentando o desenvolvimento de seu plano de negócios", diz o comunicado.

O grupo EBX deve para vários bancos. Entre os credores, está o BNDES. O banco público informou nesta quarta-feira (3) que o total contratado passa de R$ 10 bilhões, mas que ainda não liberou tudo. O BNDES afirma que, nos contratos, o grupo EBX ofereceu garantias.

"Cada um dos contratos assinados possui estrutura de garantias específica, incluindo fianças bancárias. Nesse sentido, o Banco informa que sua exposição direta atual ao grupo EBX é de uma parcela muito pequena do Patrimônio Líquido de Referência do BNDES", afirma a nota do BNDES.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta quarta-feira (3) que o governo federal não estuda ajuda às empresas do grupo EBX, do empresário Eike Batista. Questionado por jornalistas se o governo estudava algum auxílio ao grupo, o ministro respondeu: “não.”




Repercussão





No dia 24 de junho deste ano, o jornal norte-americano “New York Times” publicou texto afirmando que os bilhões de dólares do empresário Eike Batista “estavam evaporando”, seguindo a piora no ambiente econômico brasileiro e a queda no valor mundial das commodities.


“Hoje, com a reversão do mercado acionário brasileiro e a desvalorização da moeda enquanto protestos tomam conta do país, os bilhões de Batista estão evaporando”, afirma a publicação. “De um pico de US$ 34,5 bilhões em março de 2012, sua fortuna caiu para estimados US$ 4,8 bilhões, segundo o ranking de bilionários da Bloomberg”. Leia a íntegra.



Em setembro, o empresário disse que fora enganado por executivos do setor de petróleo, que investidores saíram de seu negócio precocente e culpou até seu mapa astral por seu colapso financeiro, de acordo com entrevista publicada nesta segunda-feira (16) no site do jornal americano "The Wall Street Journal". Leia a íntegra.

Bovespa fecha em queda puxada por ações da Oi

Ibovespa perdeu 1,15%, para 52.489 pontos.
As ações da Oi caíram mais de 13% após a fusão com a Portugal Telecom.

O principal índice da BM&F Bovespa recuava na tarde desta quinta-feira, conforme o clima de ansiedade continuava a assolar os mercados no terceiro dia de paralisação do governo norte-americano e com os papéis da operadora Oi caindo com força.
O Ibovespa teve desvalorização de 1,15%, a 52.489 pontos. O giro financeiro do pregão foi de R$ 5,28 bilhões. Veja cotação
Na semana, a bolsa acumula queda de 2,33% e no ano, de 13,88%. No mês de outubro, há valorização de 0,29%.
As ações da Oi tiveram a maior queda do dia, de mais de 13% as preferênciais.
Depois de fechar seis das sete últimas sessões em queda, o índice abriu o dia no azul, mas passou a seguir a direção das bolsas nova-iorquinas, onde investidores se ressentiram da falta de progresso nos debates para tirar o governo dos Estados Unidos de sua primeira paralisação em 17 anos.
"A bolsa daqui está sendo influenciada em grande escala pelo cenário externo, com o Dow Jones pesando mais forte, e também está ocorrendo um pouco de realização de lucros depois da reação do mercado nos últimos três meses", afirmou o sócio da Zenith Asset Management, Guilherme Sand.
Segundo estimativas do Goldman Sachs, uma paralisação curta nos EUA pode reduzir o crescimento da maior economia do mundo em cerca de 0,2 ponto percentual, enquanto uma interrupção mais longa, com duração de semanas, pode diminuir o crescimento em 0,4 ponto percentual.
Além disso, dava um viés negativo aos negócios no mercado doméstico o fato de a agência de classificação de risco Moody's ter reduzido a perspectiva do rating soberano brasileiro para "estável", de "positiva", citando a deterioração da relação dívida/PIB, o nível dos investimentos e o fraco crescimento.
Ações
Os papéis da Oi foram as principais baixas do Ibovespa, com queda de mais de 13%, depois de terem subido na véspera, com investidores reavaliando os desdobramentos da fusão da operadora brasileira com a Portugal Telecom.
"No anúncio da fusão, houve uma certa euforia, o pessoal saiu comprando, achando que a ação estava barata e ia ter vantagem. Mas agora está analisando a complexidade da operação e a dívida da empresa, que vai ser maior", afirmou o analista Henrique Kleine, da Magliano Corretora.
Na noite de quarta-feira, a agência de classificação de risco Standard & Poor's colocou o rating "BBB-" em escala global da Oi em observação negativa, citando métricas de crédito mais fracas para a nova empresa do que as expectativas atuais para a empresa brasileira. "O mercado se deu conta hoje de que o acionista da Oi não vai ficar com grande parte dos benefícios da fusão", afirmou o analista da Quantitas Asset Management Daniel Bermúdez.
Apesar de a Oi ter sido destaque da sessão, a bolsa teve queda generalizada. Papéis de construtoras e de empresas de siderurgia e mineração também contribuíram para puxar o índice para baixo.

Reserva da OGX em Tubarão Martelo é 1/3 da estimativa inicial

Petroleira de Eike informou reservas prováveis de 87,9 milhões de barris.
Campo faz parte do acordo da OGX com a malaia Petronas.

A petroleira OGX anunciou nesta quinta-feira (3) que as reservas prováveis para o campo de Tubarão Martelo são um terço do volume total recuperável estimado inicialmente pela endividada companhia do empresário Eike Batista.
Tubarão Martelo é, atualmente, o principal ativo da OGX e tem previsão de iniciar produção neste trimestre. O campo faz parte do acordo da OGX com a malaia Petronas para a venda de participação de 40% em dois blocos na Bacia de Campos.
A Petronas, porém, ainda não fechou o negócio, informando em agosto que aguardaria a reestruturação da dívida da petroleira de Eike para dar Em fato relevante nesta manhã, a OGX informou que Tubarão Martelo, originário dos blocos BM-C-39 e BM-C-40, na Bacia de Campos, possui reserva provável de 87,9 milhões de barris óleo equivalente (boe) e possível de 108,5 milhões de boe.
Em abril do ano passado, a OGX declarou comercialidade dos blocos em águas rasas com estimativa de "um volume total recuperável de 285 milhões de barris de petróleo deste campo ao longo do período de concessão da fase de produção".
"Não temos o que comemorar, o volume é bem menor do que o informado inicialmente", afirmou uma analista de banco de investimento, sob condição de anonimato.
A certificação das reservas de Tubarão Martelo foi realizada pela DeGolyer & MacNaughton. As reservas prováveis indicam maior certeza de recuperação comercial, enquanto as possíveis são aquelas com menor grau de certeza.
"Acho que é por isso que a Petronas pode desistir da área, percebeu que o volume era menor que o comunicado inicialmente", afirmou o economista Aurélio Valporto, representante de um grupo de 70 acionistas minoritários da OGX.
Até o fim do segundo trimestre, a OGX havia perfurado seis poços produtores horizontais em Tubarão Martelo. A OGX disse nesta quinta-feira que as informações sobre reservas dos campos operados por parceiros serão divulgadas oportunamente.
Na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa), as ações da OGX mostravam estabilidade às 13h38, a 0,22 real. Os papéis acumulam perda de 95% em 2013.
Calote
Os sucessivos fracassos na campanha exploratória da OGX, que já foi considerada o ativo mais precioso do grupo de empresas de Eike, deixou a petroleira em situação crítica de caixa.
Na terça-feira, a OGX optou por não pagar US$ 45 milhões de em juros sobre bônus no exterior, no primeiro passo do que pode se tornar o maior calote da história por uma empresa latino-americana.
A agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou o rating da OGX de "CCC-" para "D", afirmando que o não pagamento dos juros "sinaliza um default generalizado e que a empresa reestruturará sua dívida".
Segundo a OGX, o contrato dos bônus no exterior garante à companhia "30 dias para adotar as medidas necessárias sem que seja caracterizado o vencimento antecipado da dívida".
No total, apenas em bônus no mercado internacional a OGX tem dívida de US$ 3,6 bilhões.
A petroleira contratou como assessores o banco Lazard e o grupo de investimentos Blackstone para coordenar as discussões com os detentores de bônus, enquanto revisa sua estrutura de capital e plano de negócios.prosseguimento ao negócio que garantiria US$ 850 milhões à OGX.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

11 motivos pelos quais concurseiros poderiam ser grandes empreendedores

No momento, há inscrições abertas para cerca de 30 concursos e, apenas em 2013, 80 mil vagas serão disputadas por não menos do que 12 milhões de brasileiros
Segundo a imprensa especializada em concursos públicos brasileiros, no momento, há inscrições abertas para cerca de 30 concursos e, apenas em 2013, 80 mil vagas serão disputadas por não menos do que 12 milhões de brasileiros. Diante de números tão vultosos e expressivos, surge a pergunta: que motivo atrai tantas pessoas para estes concursos?
Seria o salário? Provavelmente, não! Uma vez que dentre as vagas disputadas por 5% da população brasileira, a maior remuneração gira em torno de R$ 21,7 mil, mas a grande maioria recebe uma média de R$ 2 mil. Então, a dúvida persiste: qual seria o real motivador?
No depoimento de alguns “concurseiros” – nome dado às pessoas que fazem dos concursos e, consequentemente, dos cargos públicos uma estratégia de ascensão social – o que mais atrai é a estabilidade, que tem aspectos que são realmente verdadeiros como por exemplo:
- Estabilidade de emprego: uma vez que ainda existem leis que garantem que um funcionário público não possa ser demitido pela simples vontade de seu chefe, como ocorre na iniciativa privada;
- Estabilidade de benefícios: os chamados “auxílios”, tais como, creche, alimentação, transporte, entre outros. Enfim, uma série de penduricalhos adicionados ao salário do funcionalismo público;
- Estabilidade de renda após a aposentadoria: em muitas esferas da administração pública, bem como em muitas autarquias, existem fundos de previdência que se propõem a complementar a renda, assim como os de previdências privadas. Aqui vale ressaltar que houve mudanças nas leis que garantiam que o tesouro público arcasse com essa complementação, portanto, aqueles que são atualmente empossados já não gozam na aposentadoria de salários iguais aos do tempo da ativa.
Há também, no inconsciente coletivo da população, a ideia de certo status por trabalhar no funcionalismo público. Contudo, analisando friamente, não é possível concluir que esta seja realmente uma boa estratégia de ascensão social. E aqui apresento os fatos.
Pessoas que prestam concursos e que realmente têm chances de classificação precisam de dedicação quase exclusiva e uma série de artimanhas para a tão sonhada aprovação. São pelo menos entre 30 e 40 horas de estudo semanais e alguns chegam a estudar até 18 horas por dia. Além disso, a preparação acontece antes mesmo do edital ser publicado e muitos recorrem aos cursinhos e estudam por meses ou até anos. Tudo para atingir o objetivo.
Trabalhando há 4 anos como consultor de resultados, posso afirmar que o empenho e dedicação destas pessoas podem ser comparados a alguns comportamentos de empreendedores de sucesso, como por exemplo:
- Planejamento: para organizar a forma de estudar;
- Persistência: para não desistir diante do primeiro fracasso;
- Resiliência: para não se abater diante dos concursos nos quais não foi aprovado;
- Humildade: para não achar que pode passar em todo e qualquer concurso;
- Senso de julgamento apurado: para não dar ouvidos a histórias de sucesso imediato, ao mesmo tempo não estudar demasiadamente, sem respeitar horas de descanso, sono e algum lazer;
- Equilíbrio emocional: para não exigir de si mesmo, além das suas possibilidades;
- Autoconfiança: para assumir atitude positiva e vitoriosa;
- Calcular riscos: para estudar com antecedência e não apenas quando o edital é publicado;
- Disciplina e comprometimento: para criar uma rotina de estudo sistemática e abrir mão da vida social, lazer e outros regalos da vida;
- Busca de informações: para saber o que tem caído nos concursos que estão ocorrendo;
- Responsabilidade financeira: para calcular se a renda atual é suficiente pra subsidiar todo esse tempo de estudo e ainda se o salário almejado no serviço público será capaz de financiar os sonhos.
Será que estes concurseiros, com todos os comportamentos empreendedores, trabalhando para si mesmos, não ganhariam muito mais do que R$ 21 mil e poderiam ter um futuro com muito mais estabilidade e liberdade?
Pessoas que apresentam essas características de comportamento são, na verdade, empreendedores, cujo céu é o limite para suas perspectivas, com rendimentos que podem ser ilimitados.
O lado nefasto da estabilidade do serviço público é a letargia que a falta de perspectiva de crescimento profissional produz, de forma que, com toda certeza, nas fileiras do funcionalismo público existem profissionais que seriam brilhantes se tivessem no mundo privado, trabalhando e gerando riqueza pra si mesmo e para seus sucessores.
Mas, para isto, há de se tirar a cabeça do meio dos livros e apostilas pra questionar se realmente todo esse esforço e investimento de tempo não seriam melhor aproveitados em outras áreas de desenvolvimento profissional.
 
 Renato Maggierié consultor de negócios, apaixonado por empreendedorismo e decidiu aplicar seus conhecimentos em comportamento voltados para resultados em benefício dos empreendedores, ajudando-os a potencializarem seus lucros. Em quatro anos, já atendeu aproximadamente 100 empresas deste perfil dentro um programa nacional de empreendedorismo, dando a oportunidade a cada vez mais empresários de criarem e manterem um negócio de sucesso. Possui dois títulos MBA – em Gestão Empresarial, pela FGV e Executive Seminars, pelo Rockford College – e tem grande experiência no trabalho com empresas de diversos segmentos e portes, que lhe garantiu conhecimento das causas de problemas e soluções comuns dos empresários

Cientistas apresentam bateria que funciona com esgoto

Geração de energia funciona por meio de ação de micro-organismos.
Efluente é capaz de produzir o triplo da energia necessária para tratá-lo.

A edição desta semana da revista “PNAS” apresenta uma forma inusitada de bateria: por meio da ação de micro-organismos, ela é capaz de gerar energia a partir de esgoto. Quando gasto, o eletrodo que fica imerso na água suja só precisa ser exposto ao oxigênio e, em seguida, reinserido na bateria para que ela volte a funcionar.
O professor Yi Cui, da Universidade Stanford, nos EUA, e sua equipe, alertam que ainda é preciso diminuir o preço das matéria-primas para tornar a tecnologia viável em larga escala. No entanto, afirmam que a “bateria de esgoto” é capaz de alcançar uma eficiência 30% maior que as células de energia fotovoltaica disponíveis no mercado.
Em teoria, informa a “PNAS”, a matéria orgânica existente no esgoto doméstico é suficiente para, por meio de oxidação, gerar três vezes a energia necessária para tratar o efluente.
 

Impacto de cometa pode criar 'bloco fundamental' para a vida, diz estudo

Experimento no Reino Unido levou à formação de aminoácidos.
Autores sugerem que estudo pode dar pista sobre origem da vida na Terra.

Um time de cientistas do Imperial College de Londres, da Universidade de Kent e do Laboratório Nacional de Livermore, no Reino Unido, decobriram que, quando cometas de gelo colidem com um planeta, o choque pode produzir aminoácidos, compostos fundamentais para o surgimento da vida.
Quando um meteorito rochoso colide sobre uma superfície de gelo num planeta, o mesmo pode ocorrer, segundo os autores.
Eles sugerem que a descoberta pode ajudar a esclarecer como a vida começou na Terra, no período entre 4,5 bilhões e 3,8 bilhões de anos atrás.
De acordo com os pesquisadores, o estudo publicado na revista “Nature Geoscience” mostra que os “blocos básicos” para a formação de vida podem surgir em qualquer lugar do Sistema Solar, ou mesmo fora dele. A questão é que, para que os aminoácidos evoluam para a vida, são necessárias outras condições favoráveis que não estão disponíveis em qualquer lugar.
As luas de Encélado e Europa, que orbitam Saturno e Júpiter, respectivamente, são lugares ideais para a formação de aminoácidos se meteoritos caírem sobre sua superfície.
O trabalho afirma que o impacto de um meteorito forma uma onda de choque que origina moléculas das quais, com a presença de calor (que a batida também fornece), surgem os aminoácidos. O efeito foi recriado com um lançador capaz de arremessar projéteis a 7,15 quilômetros por segundo (o equivalente a 25,7 mil km/h), instalado em Kent.
 

Eike afirma que foi enganado e cita mapa astral diante de crise, diz 'WSJ'

Entrevista com empresário foi publicada nesta segunda-feira por jornal.
'Se você olhar meu mapa astral, esse período não foi favorável', diz.

O empresário Eike Batista disse que foi enganado por executivos do setor de petróleo, que investidores saíram de seu negócio precocente e culpou até seu mapa astral por seu colapso financeiro, de acordo com entrevista publicada nesta segunda-feira (16) no site do jornal americano "The Wall Street Journal".
De acordo com a reportagem, Eike disse que os executivos do setor de petróleo que ele costumava chamar de "Dream Team" o enganaram.
O texto lembra que o empresário acredita em sorte e superstições. "Se você olhar para o meu mapa astral, esse período não foi favorável para mim", disse. "A boa fase? Ela já começou, literalmente, este mês", cita a reportagem.
Eike afirma, na entrevista, ter sido o maior prejudicado em toda essa história. "Eu sou o maior perdedor nisso tudo. Eu tentei criar riqueza para todos nós. Essa foi a razão de levantarmos todo o dinheiro — para criar riqueza e dividi-la", disse.
De acordo com a reportagem, a entrevista foi dada na sexta-feira (13), em seu escritório no Rio de Janeiro. "Eu acreditei nisso. Vivendo em um país que tem essas descobertas de petróleo gigantescas, por que eu não poderia ter sido abençoado com uma delas?", diz o texto.
A reportagem diz que, "no curto espaço de tempo de um ano, o empresário foi da posição de sétimo homem mais rico do mundo, com uma fortuna estimada de US$ 30 bilhões, à exclusão da lista de bilionários, uma das maiores e mais rápidas implosões financeiras dos tempos modernos."
No caso das ações de suas empresas, diz que algumas caíram 90% este ano depois que a petrolífera do grupo, a OGX, não conseguiu produzir o que o empresário disse que tinha potencial de atingir.
Na entrevista, o empresário afimou que "reconhece agora que o aumento dos preços do petróleo era uma bolha que o ajudou a crescer", diz o texto, que complementa que Eike ainda acredita que o otimismo ligado à economia do Brasil não era um exagero. "O Brasil é esse gigante que supostamente vai cair num buraco e nunca cai porque ele é sempre maior que o buraco", diz, na entrevista.

Temu, rival da Shein e da Shopee, inicia vendas no Brasil com descontos e frete grátis

  Estreia no país vem um dia após Senado retomar taxação de importados. Plataforma chinesa oferece de roupas a utilidades domésticas apostan...