quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Deus das diversas Religiões e na Ciência

As concepções sobre Deus têm variado ao longo do tempo e do espaço, conforme as diferentes culturas que as adotam. Historicamente é possível encontrar diversificadas definições sobre a divindade, desde tribos ancestrais até os princípios dogmáticos das religiões modernas.

Deus é concebido a maior parte das vezes como o Criador do Universo, Aquele que tudo rege. Na Teologia  Ele tem sido definido através de atributos como a onisciência, a onipotência, a onipresença, a suprema bondade, a sagrada modéstia, o sublime desvelo, Ser transcendente, eterno e desprovido de corpo, de quem nasce toda a moral. Tanto judeus quanto cristãos e muçulmanos têm tolerado estes conceitos com maior ou menor intensidade.

Na Idade Média, vários pensadores, como Santo Agostinho e Tomás de Aquino, elaboraram teorias defendendo a existência de Deus, lutando contra ilusórias incoerências inerentes às qualidades atribuídas à Divindade. Ao longo da História as idéias sobre Deus revelaram-se bem diversificadas. Desde o nascimento da Humanidade surgiram as diferentes formas de compreender o Sagrado – como a percepção abraâmica de Deus, também conhecida como monoteísmo do deserto; assim se denominam as religiões provenientes das convenções dos semitas, que têm como ícone a figura do patriarca Abraão, ou seja, o cabalismo judaico, o Islamismo e a trindade defendida pelo Cristianismo.

Outra visão importante de Deus provém dos cultos indianos, que não são homogêneos em sua forma de conceber a Divindade, mas se diferenciam de uma doutrina para a outra, conforme a área da Índia enfocada e a casta em questão, desde as que possuem uma crença monoteísta até as que professam o politeísmo. No Budismo Ele não é percebido do ponto de vista teísta, ou seja, da fé na existência de um único Deus, criador do Universo, pois apesar de postular a realidade de vários deuses, esta religião vê estas entidades tão somente como seres que residem, por algum tempo, em universos divinos que oferecem aos seus habitantes uma intensa felicidade, mas que ao mesmo tempo estão submetidos ao jugo da morte e à ocasional reencarnação em mundos inferiores.

Hoje aparecem novos conceitos sobre Deus, como a Teologia do Processo ou Teologia Neoclássica, segundo a qual esta entidade não pode ser considerada onipotente se isto indicar que Ele deve ser repressor, e a Divindade não seria perfeita se fosse restringida pela presença de determinados atributos, entre outros princípios; e o Teísmo Aberto, teologia que rejeita a onipotência, a onipresença e a onisciência de Deus.

No Ocidente, atualmente, chega-se a autores que defendem a morte de deus, na verdade não do Ser em si, mas do conceito que predomina sobre a Divindade na esfera ocidental, revelando o desencanto do mundo, no sentido da idéia defendida pelo filósofo Max Weber. Isto significa que a idéia sobre o Divino estaria exilada dos distintos círculos da existência humana, tanto do social quanto do pessoal.

Alguns também lançam hipóteses sobre uma origem extraterrena de Deus, na linhagem de escritores como Erich Von Däniken, autor de Eram os Deuses Astronautas, enquanto outros, como o também escritor de ficção científica, Arthur C. Clarke, defendem a possibilidade Dele ser futuramente gerado pelo Homem, como uma espécie de inteligência artificial. Há igualmente estudiosos que consideram as religiões e, portanto, Deus, nada mais do que mitos, frutos do medo da morte e daquilo que não se conhece.


A visão científica condena os dogmas, rejeitando assim as religiões que se baseiam nestes princípios, os quais vão contra as mais recentes descobertas científicas, e assim não atualizam seus postulados, o que gera um inevitável confronto entre a Ciência e a Religião. Até mesmo os que têm fé em Deus hoje questionam determinados ensinamentos dogmáticos transmitidos pelas crenças que neles se fundamentam, o que abre um vasto campo para o crescimento do materialismo e do ateísmo declarado. As religiões atingem neste momento um impasse nunca antes vivenciado, pois o desenvolvimento tecnológico invalida, em nossos dias, muitos dos dogmas até agora considerados verdadeiros alicerces das crenças partidárias do dogmatismo. 

domingo, 18 de outubro de 2015

Yacouba-Sawadogo - O homem que parou o deserto

Yacouba-Sawadogo2

No mundo existem alguns casos interessantes de pessoas que realizam proezas que parecem impossíveis. Certas histórias nos mostram como às vezes basta um único indivíduo para mudar algo que para nossos olhos seria preciso governos, milhões, maquinas, investimentos…

O caso de Yacouba Sawadogo é um caso emblemático. Ele sozinho, conseguiu lutar e vencer um deserto. Uma história interessantíssima.

Yacouba Sawadogo é conhecido por ter conseguido sozinho resolver uma crise que até mesmo cientistas e organizações globais de desenvolvimento não conseguiram. As técnicas de reflorestamento e conservação de solo desse velho fazendeiro simples são tão eficazes que foram definitivos para mudar o destino de desertificação das terras no norte de Burkina Faso.

A terra acabou exaurida após excessiva agricultura sem investimento em qualificar o solo. Posteriormente, houve um excesso de pastagem e os impactos da grande densidade populacional, de modo que ao longo dos anos, isso resultou em forte erosão do solo e seca nesta nação do Oeste Africano. Embora os pesquisadores nacionais e internacionais cheios de boas intenções estivessem tentando corrigir a grave situação, suas ações não faziam muita diferença.

Então, em 1980, o velho Yacouba decidiu arregaçar as mangas e resolver ele mesmo o problema.

Os estranhos métodos de Yacouba eram tão diferentes que seus colegas agricultores o ridicularizavam. Somente quando suas técnicas começaram a regenerar com sucesso a floresta, eles foram forçados a engolir as piadinhas, vestir as sandálias da humildade e aprender com ele.

Yacouba não inventou a roda. Ele apenas reviveu uma prática agrícola Africana antiga chamada “zai”, que levou ao crescimento da floresta e ao aumento da qualidade do solo.
A Zai é uma técnica de cultivo muito simples e de baixo custo. Usando uma pá ou um machado, pequenos buracos são cavados no chão duro, que é enchido com adubo de fezes animais. Então, sementes de árvores, milho ou sorgo são plantadas no composto. Os buracos funcionam como funis, para pegar água durante a estação chuvosa, de modo que eles são capazes de reter a umidade e os nutrientes durante a estação seca.

De acordo com as regras do Zai, Yacouba deveria preparar as terras na época da seca – exatamente o oposto do que se fazia no local.

Por isso, outros agricultores e chefes de terras riram dele, mas logo perceberam que ele não apenas não era burro como diziam, mas sim um gênio.

Em apenas 20 anos, ele converteu uma área completamente estéril em uma floresta de 30 hectares, e em expansão, com mais de 60 espécies de árvores diferentes. Uma pessoa só, contra o deserto e o clima severo.

De acordo com Chris Reji, especialista em gestão de recursos naturais do Centro de Cooperação Internacional:

Dezenas de milhares de hectares de terra que eram completamente improdutivos foram tornados produtivos novamente, graças às técnicas de Yacouba.

Yacouba optou por não manter para si os seus segredos. Em vez disso, ele passou a organizar workshops em sua fazenda, ensinando os visitantes e reunir as pessoas num espírito de amizade. “Eu quero que esse programa de treinamento seja o ponto de partida para muitas trocas frutíferas em toda a região”, disse ele.

Agricultores de aldeias vizinhas foram visitá-lo para pedir aconselhamento e sementes de qualidade.

“Se você ficar em seu próprio cantinho, todo o seu conhecimento não tem qualquer utilidade para a humanidade.”
Em 2010, o premiado cineasta Mark Dodd criado um documentário baseado nas experiências de Yacouba, chamado de “O homem que parou o Deserto”.

O filme conta como os esforços de um único homem salvou milhares de agricultores em toda a região do Sahel da África – um dos mais atingidos pela desertificação no mundo. O filme ajuda a desafiar a noção de que a África precisa de ajuda externa para resolver os seus próprios problemas.

O filme tem ajudado a aumentar a conscientização sobre o trabalho de Yacouba e também resultou em mais doações. Com o apoio da Oxfam América, ele está agora promovendo o uso de técnicas de escoamento lento, para que a água dos poços vá pingar no solo. Isto tem se provado uma técnica muito bem sucedida.

“O que Yacouba fez também pode ser feito por muitos outros agricultores em todo o Sahel. O grande desafio é que nos próximos 5 a 10 anos, teremos que tentar motivar milhões de agricultores a investir em árvores, porque elas vão ajudá-los a melhorar a sua segurança alimentar e, ao mesmo tempo que também irá ajudá-los a adaptarem-se às mudanças climáticas”, disse Reji.

Mas fazer isso acontecer não é tão fácil quanto parece. Apesar do sucesso do documentário, Yacouba já está enfrentando problemas há algum tempo. Dessa vez, questões fundiárias. Casas já estão sendo construídas em sua terra, e o impacto já começa a ameaçar novamente a floresta.

Apesar destes contratempos, Yacouba não perdeu a esperança. Atualmente, ele está tentando levantar US$ 20.000 para comprar sua floresta de volta. Ele sabe que seu trabalho é importante e dobrou seus esforços de cultivo e expansão da floresta em terras vizinhas hoje estéreis.

O velho agricultor que insurgiu contra a destruição do meio ambiente e a desertificação do solo é claro com seu ponto de vista:

Se você cortar dez árvores por dia e não conseguir plantar nem uma por ano, está caminhando para a destruição.
Aqui esta o trailer do documentário sobre ele:



Especialistas concordam que este sujeito, sozinho, teve mais impacto na recuperação da desertificação do que todos os esforços e dinheiro internacionais somados.

Batata Ruffles envia para Dilma o processo tecnológico de estocar vento

Para o engenheiro da Ruffles o processo é fácil e pode ser feito em casa


Após demonstrar interesse em uma tecnologia para estocar o vento a fabricante das batatas Ruffles encaminhou para Dilma o projeto tecnológico que utilizam para estocar o vento dentro das suas embalagens. 

Para a assessoria do governo agora sim o Brasil dará um grande passo para frente. “Dilma vai ficar feliz em saber que existe e que é possível estocar o vento”, disse a assessoria do governo. 

Para o engenheiro da Ruffles o processo de estocar o vento é simples e pode ser feito em casa: "Basta você pegar um saco plástico, sem furo, soprar e fechar rapidamente antes que o vento escape", disse.

Post original http://www.g17.com.br/noticia/tecnologia/batata-ruffles-envia-para-dilma-o-processo-tecnolgico-de-estocar-vento.html

terça-feira, 30 de junho de 2015

Yacouba Sawadogo O Homem que Parou o Deserto


No mundo existem alguns casos interessantes de pessoas que realizam proezas que parecem impossíveis. Certas histórias nos mostram como às vezes basta um único indivíduo para mudar algo que para nossos olhos seria preciso governos, milhões, maquinas, investimentos…
O caso de Yacouba Sawadogo é um caso emblemático. Ele sozinho, conseguiu lutar e vencer um deserto. Uma história interessantíssima.
Yacouba Sawadogo é conhecido por ter conseguido sozinho resolver uma crise que até mesmo cientistas e organizações globais de desenvolvimento não conseguiram. As técnicas de reflorestamento e conservação de solo desse velho fazendeiro simples são tão eficazes que foram definitivos para mudar o destino de desertificação das terras no norte de Burkina Faso.
A terra acabou exaurida após excessiva agricultura sem investimento em qualificar o solo. Posteriormente, houve um excesso de pastagem e os impactos da grande densidade populacional, de modo que ao longo dos anos, isso resultou em forte erosão do solo e seca nesta nação do Oeste Africano. Embora os pesquisadores nacionais e internacionais cheios de boas intenções estivessem tentando corrigir a grave situação, suas ações não faziam muita diferença.
Então, em 1980, o velho Yacouba decidiu arregaçar as mangas e resolver ele mesmo o problema.
Yacouba-Sawadogo-550x366
Os estranhos métodos de Yacouba eram tão diferentes que seus colegas agricultores o ridicularizavam. Somente quando suas técnicas começaram a regenerar com sucesso a floresta, eles foram forçados a engolir as piadinhas, vestir as sandálias da humildade e aprender com ele.
Yacouba não inventou a roda. Ele apenas reviveu uma prática agrícola Africana antiga chamada “zai”, que levou ao crescimento da floresta e ao aumento da qualidade do solo.
A Zai é uma técnica de cultivo muito simples e de baixo custo. Usando uma pá ou um machado, pequenos buracos são cavados no chão duro, que é enchido com adubo de fezes animais. Então, sementes de árvores, milho ou sorgo são plantadas no composto. Os buracos funcionam como funis, para pegar água durante a estação chuvosa, de modo que eles são capazes de reter a umidade e os nutrientes durante a estação seca.
Yacouba-Sawadogo2
De acordo com as regras do Zai, Yacouba deveria preparar as terras na época da seca – exatamente o oposto do que se fazia no local.
Por isso, outros agricultores e chefes de terras riram dele, mas logo perceberam que ele não apenas não era burro como diziam, mas sim um gênio.
Em apenas 20 anos, ele converteu uma área completamente estéril em uma floresta de 30 hectares, e em expansão, com mais de 60 espécies de árvores diferentes. Uma pessoa só, contra o deserto e o clima severo.
De acordo com Chris Reji, especialista em gestão de recursos naturais do Centro de Cooperação Internacional:
Dezenas de milhares de hectares de terra que eram completamente improdutivos foram tornados produtivos novamente, graças às técnicas de Yacouba.
Yacouba optou por não manter para si os seus segredos. Em vez disso, ele passou a organizar workshops em sua fazenda, ensinando os visitantes e reunir as pessoas num espírito de amizade. “Eu quero que esse programa de treinamento seja o ponto de partida para muitas trocas frutíferas em toda a região”, disse ele.
Agricultores de aldeias vizinhas foram visitá-lo para pedir aconselhamento e sementes de qualidade.
“Se você ficar em seu próprio cantinho, todo o seu conhecimento não tem qualquer utilidade para a humanidade.”
Em 2010, o premiado cineasta Mark Dodd criado um documentário baseado nas experiências de Yacouba, chamado de “O homem que parou o Deserto”.
O filme conta como os esforços de um único homem salvou milhares de agricultores em toda a região do Sahel da África – um dos mais atingidos pela desertificação no mundo. O filme ajuda a desafiar a noção de que a África precisa de ajuda externa para resolver os seus próprios problemas.
O filme tem ajudado a aumentar a conscientização sobre o trabalho de Yacouba e também resultou em mais doações. Com o apoio da Oxfam América, ele está agora promovendo o uso de técnicas de escoamento lento, para que a água dos poços vá pingar no solo. Isto tem se provado uma técnica muito bem sucedida.
“O que Yacouba fez também pode ser feito por muitos outros agricultores em todo o Sahel. O grande desafio é que nos próximos 5 a 10 anos, teremos que tentar motivar milhões de agricultores a investir em árvores, porque elas vão ajudá-los a melhorar a sua segurança alimentar e, ao mesmo tempo que também irá ajudá-los a adaptarem-se às mudanças climáticas”, disse Reji.
Mas fazer isso acontecer não é tão fácil quanto parece. Apesar do sucesso do documentário, Yacouba já está enfrentando problemas há algum tempo. Dessa vez, questões fundiárias. Casas já estão sendo construídas em sua terra, e o impacto já começa a ameaçar novamente a floresta.

Apesar destes contratempos, Yacouba não perdeu a esperança. Atualmente, ele está tentando levantar US$ 20.000 para comprar sua floresta de volta. Ele sabe que seu trabalho é importante e dobrou seus esforços de cultivo e expansão da floresta em terras vizinhas hoje estéreis.
O velho agricultor que insurgiu contra a destruição do meio ambiente e a desertificação do solo é claro com seu ponto de vista:
Se você cortar dez árvores por dia e não conseguir plantar nem uma por ano, está caminhando para a destruição.
Aqui esta o trailer do documentário sobre ele:

Especialistas concordam que este sujeito, sozinho, teve mais impacto na recuperação da desertificação do que todos os esforços e dinheiro internacionais somados.
O cara é Gump.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Calor excessivo inspira memes nas redes sociais; veja alguns deles

Nesta segunda-feira, São Paulo registrou temperatura mais alta do ano. Piadas na web trazem Chapolin, Fagner e Monalisa reclamando do calor.


O calor excessivo que afeta grande parte do país tem inspirado memes e piadas nas redes sociais. Nesta segunda-feira (19), São Paulo registrou a temperatura mais alta do ano: às 15h, de acordo com a medição feita no Mirante de Santana, os termômetros atingiram 36,5ºC. Já no Rio de Janeiro, a temperatura máxima registrada nesta segunda fio de 37,1ºC na Vila Militar, com sensação térmica de 44ºC. Veja alguns dos memes compartilhados:
'Pau de selfie' vira 'pau de ventilador' em montagem que circula na internet (Foto: Reprodução) 
'Pau de selfie' vira 'pau de ventilador' em montagem que circula na internet (Foto: Reprodução)
Muitos ventiladores para aplacar o calor (Foto: Reprodução/Twitter com humor)Muitos ventiladores para aplacar o calor (Foto: Reprodução/Twitter com humor)
Meme usa imagem de Chapolin em piada sobre calor (Foto: Reprodução/Twitter/andredrs)Meme usa imagem de Chapolin em piada sobre calor (Foto: Reprodução/Twitter/andredrs)
Meme brinca com pintura de Salvador Dali (Foto: Reprodução/Twitter/Artes Depressão)Meme brinca com pintura de Salvador Dali (Foto: Reprodução/Twitter/Artes Depressão)
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Internautas brincam com música de Fagner para falar de calor (Foto: Reprodução/Facebook)Internautas brincam com música de Fagner para falar de calor (Foto: Reprodução/Facebook)
'Tão calor que preciso ligar um ventilador pra mim e outro pro ventilador' (Foto: Reprodução/Facebook) 
'Tão calor que preciso ligar um ventilador pra mim e outro pro ventilador' (Foto: Reprodução/Facebook)
Frase faz referência a música do Djavan (Foto: Reprodução/Facebook)Frase faz referência a música do Djavan (Foto: Reprodução/Facebook)
Imagem mostra carro derretendo de tanto calor (Foto: Reprodução/Facebook)Imagem mostra carro derretendo de tanto calor (Foto: Reprodução/Facebook)
Imagem mostra ventilador 'derretido' por causa do calor (Foto: Reprodução/Facebook)Imagem mostra ventilador 'derretido' por causa do calor (Foto: Reprodução/Facebook)
Baby, personagem da Família Dinossauros, também virou meme sobre calor (Foto: Reprodução/Twitter)Baby, personagem da Família Dinossauros, também virou meme sobre calor (Foto: Reprodução/Twitter)
Piada sobre calor intenso (Foto: Reprodução/Geradormemes.com)Piada sobre calor intenso (Foto: Reprodução/Geradormemes.com)
Ar-condicionado: maior desejo neste verão (Foto: Reprodução/Twitter/Artes Depressão)Ar-condicionado: maior desejo neste verão (Foto: Reprodução/Twitter/Artes Depressão)
Meme sobre calor cita Senhor dos Anéis (Foto: Reprodução/Relike.com.br)Meme sobre calor cita Senhor dos Anéis (Foto: Reprodução/Relike.com.br)

Escritora australiana que expôs 'bolha' de hedonismo e drogas em paraíso de turistas vê na morte de Archer um aviso sombrio de mudança de tempos.

Execução 'abala vida de fantasia' de traficantes brasileiros na Indonésia

Nevando em Bali, livro que expõe em detalhes o submundo das drogas na mais famosa ilha do arquipélago que forma a Indonésia, chama a atenção não apenas pela descrição da mistura de crime e hedonismo no paraíso turístico que recebe mais de 2 milhões de visitantes por ano.
Muitos dos traficantes entrevistados pela escritora e jornalista australiana Kathryn Bonella para o livro eram brasileiros. Entre eles, Marco Archer, que no último sábado se tornou o primeiro brasileiro executado no exterior.
Para Bonella, no entanto, o mais significativo foi o fato de Archer ter sido também o primeiro ocidental a receber a pena de morte na Indonésia.

"Bolha"
Para a australiana, a morte estourou o que ela chama de "bolha da fantasia" para os brasileiros envolvidos com o tráfico no país.
"A morte de Marco foi decididamente o que se pode chamar do fim de uma fase. Sempre se soube que o tráfico na Indonésia é punido com a pena de morte, mas as autoridades indonésias jamais tinham ido até o fim na punição a ocidentais", afirma Bonella, em entrevista à BBC Brasil.
"Ao mesmo tempo que isso não vai acabar com o tráfico em Bali, eu imagino que muitos brasileiros vão pensar duas vezes diante da próxima oportunidade de contrabandear drogas para a Indonésia. Mas duvido que isso vá durar para sempre. Há uma grande demanda por drogas em Bali, é um lugar para onde turistas do mundo inteiro vão para se divertir sem os mesmos limites vistos na maioria dos lugares do mundo."
"Rafael", um dos traficantes brasileiros mais ativos em Bali, tinha uma mansão que contava com um trampolim para pular do quarto à piscina
Para Bonella, a frequência com que encontrou brasileiros envolvidos com o tráfico na Indonésia - de transportadores de droga a ricos intermediários entre os grandes barões - é explicada pelo perfil da maioria dos viajantes do país para o arquipélago.
"Os brasileiros que encontrei tinham basicamente o mesmo perfil. Eram surfistas que viram no tráfico, em especial de cocaína, uma chance de se manter em Bali e viver uma vida de fantasia, pegando ondas, indo a festas e encontrando belas mulheres. A proximidade do Brasil com os mercados produtores de cocaína na América do Sul ajuda no acesso à droga. E, ao contrário dos habitantes de muitos países, os brasileiros viajam normalmente pelo mundo", argumenta Bonella.
Perfil diferenciado
 
Outro fator que diferencia os traficantes brasileiros que a australiana encontrou na Indonésia é o perfil social.
"Eles eram todos de classe média, com escolaridade e conhecimento razoável de inglês. Entraram no tráfico pela curtição, não por uma necessidade econômica. Queriam viver tendo do bom e do melhor. Bem diferentes das 'mulas' (transportadores de droga), que recebem pouco dinheiro para muito risco. Um dos brasileiros que conheci em Bali podia ganhar uma fortuna com uma viagem bem-sucedida", conta a australiana.
Um dos grandes exemplos foi um carioca conhecido como "Rafael", um surfista que durante anos foi uma das principais engrenagens no tráfico de cocaína em Bali e que não fazia muita questão de esconder seus lucros: dava festas homéricas em sua mansão à beira-mar, onde uma das atrações era um trampolim do qual ele saltava de seu quarto diretamente para a piscina.
A pena capital para o tráfico não impediu a Indonésia de concentrar a circulação e o uso de drogas no Sudeste Asiático
Bonella esteve na Indonésia no fim de semana e acompanhou através da mídia e de relatos de contatos a execução de Marco Archer. Embora faça questão de criticar a opção do brasileiro pelo tráfico, a australiana disse ter ficado chocada com o desfecho de um dos personagens mais citados em Nevando em Bali - numa das passagens, Bonella conta que Archer dominava o fornecimento de maconha em Bali e tinha até registrado a marca de um tipo de erva que vendia, a Lemon Juice.
"Visitei Marco na prisão durante a pesquisa para o livro. Sabia o que ele estava fazendo e de maneira nenhuma endosso o tráfico. Mas ele era carismático e até cozinhou na prisão para mim, e parecia ter muitos amigos na Indonésia, pois recebi uma série de mensagens lamentando sua morte. Sou pessoalmente contra a pena capital, em especial a tortura psicológica que foi Marco ter vivido mais de dez anos com a possibilidade de execução pairando sobre sua cabeça."
Surfistas brasileiros, segundo Bonella, usaram o tráfico como forma de manter um estilo de vida confortável na Indonésia
Numa das visitas, Bonella foi apresentada a Rodrigo Gularte, o outro brasileiro condenado à morte e cuja execução poderá ocorrer ainda este ano. Foi no livro da australiana que veio à tona uma suposta tentativa de suicídio do brasileiro após o anúncio da sentença, em 2005.
"Não pude comprovar, mas me pareceu claro que Rodrigo tinha sido afetado de maneira bem diferente de Marco", disse.
 'Mais perigoso'

A australiana disse não acreditar que a pressão internacional sofrida pela Indonésia nos últimos dias, inclusive com a retirada dos embaixadores de Brasil e Holanda (que também teve um cidadão executado no fim de semana), poderá mudar o destino do brasileiro e dois australianos também no corredor da morte.
"Não me parece que os protestos vão alterar a política de Joko Widodo (o presidente da Indonésia). Há um forte sentimento antidrogas entre a população local", avalia.
"Os traficantes devem estar assustados, mas o tráfico não vai parar. Há muita demanda, até porque a Indonésia é usada como centro de distribuição das drogas para outros países asiáticos e mesmo a Austrália. Só que agora os envolvidos sabem que a situação ficou ainda mais perigosa", opina Bonella.

Peritos não encontram vestígios de pólvora na mão de promotor argentino.

Bilhete deixado para empregada coloca em dúvida hipótese de suicídio. Presidente Cristina Kirchner volta a comentar morte de Alberto Nisman no Facebook


BUENOS AIRES — A promotora argentina Viviana Fein, que investiga a causa da morte de Alberto Nisman, afirmou nesta terça-feira que não foram encontrados vestígios de pólvora nas mãos do promotor que denunciou a presidente Cristina Kirchner, segundo o jornal argentino “La Nación”. A partir desta terça-feira, o caso ficará a cargo da juíza Fabiana Emma Palmaghini.
Viviana Fein explicou que a autópsia indicava que o promotor teria se matado, porque não houve “intervenção de terceiros”, mas ela não descartou a possibilidade de suicídio induzido.
Outro dado que coloca em dúvida a hipótese de suicídio foi a descoberta de um bilhete escrito por Nisman para a empregada com a lista de compras que ela deveria fazer na segunda-feira.
De acordo com relatos preliminares, o promotor deu um tiro na cabeça com uma pistola calibre 22, horas antes de apresentar no Congresso detalhes sobre sua investigação, na qual acusa Cristina de acobertar a participação de iranianos no atentado contra a sede da Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA) em 1994.
O chefe do Gabinete argentino, Jorge Capitanich, pediu nesta terça-feira para investigar se houve “pressão ou extorsão” na morte de Nisman.
— É absolutamente imprescindível fazer várias perguntas: por que no sábado (o promotor) pediu uma arma. Se sofria pressão, se sofria algum tipo de ameaça. Se as ameaças vinham de agentes de inteligência ou de estrangeiros. Por que interrompeu uma viagem.
Nesta terça-feira, a presidente voltou a comentar no Facebook a morte do promotor. Em sua página oficial, ela repetiu a frase publicada no dia anterior, na qual dizia que a denúncia de Nisman contra ela buscava “desviar, mentir, encobrir e confundir”.
Manifestantes atenderam à convocação das redes sociais e saíram às ruas na segunda-feira nas províncias de Beunos Aires, Tucumán, Mendoza, Rosario, Salta e Córdoba para exigir esclarecimentos sobre a morte do promotor e expressar consternação com um dos episódios de maior gravidade institucional ocorridos na última década na Argentina.

Temu, rival da Shein e da Shopee, inicia vendas no Brasil com descontos e frete grátis

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