quarta-feira, 31 de julho de 2013

PIB dos EUA cresce 1,7% no 2º trimestre de 2013

No primeiro trimestre, economia havia avançado 1,1%.Essa é a primeira estimativa divulgada pelo governo norte-americano.

A economia dos Estados Unidos – a maior do mundo – cresceu a uma taxa anual de 1,7% no segundo trimestre de 2013, em ritmo mais acelerado que o anterior, de acordo com os números divulgados pelo Departamento de Comércio do governo norte-americano nesta quarta-feira (31). Nos primeiros três meses do ano, o PIB norte-americano crescera 1,1% (dado revisado).
Essa é a primeira estimativa divulgada pelo governo norte-americano. A segunda será conhecida em 29 de agosto.
Antes de o governo divulgar a revisão do crescimento da economia no primeiro trimestre, de 1,8% para 1,1%, os economistas consultados pela Reuters e pela Bloomberg estimavam que o PIB do segundo trimestre cresceria ao ritmo de 1%.
Os EUA utilizam a análise anualizada do PIB de cada trimestre. No cálculo, o PIB do período é elevado à quarta potência para simular o comportamento da atividade econômica se o mesmo ritmo de crescimento for mantido. Já no Brasil, é mais utilizada a comparação de um trimestre ante o trimestre imediatamente anterior.
No mercado acionário brasileiro, a bolsa de valores sobe na manhã desta quarta-feira, com investidores avaliando a notícia de que o crescimento econômico dos Estados Unidos acelerou inesperadamente no segundo trimestre.
A recuperação nos gastos empresariais, o crescimento das exportações e forte moderação no ritmo de queda nas despesas do governo impulsionaram o crescimento econômico no período de abril a junho, compensando a desaceleração nos gastos do consumidor e a taxa estável de acúmulo de estoques.
Mesmo assim, o relatório marca o terceiro trimestre consecutivo de crescimento do PIB abaixo de 2%, um ritmo que normalmente seria muito fraco para diminuir o desemprego.
As autoridades do Federal Reserve, o Banco Central dos EUA, lutando com uma decisão sobre o futuro do programa de compra de títulos de US$ 85 bilhões ao mês, provavelmente irão observar a revisão para baixo do crescimento do primeiro trimestre, mas encontrarão conforto na aceleração da produção no último trimestre, quando eles concluírem a reunião de dois dias nesta quarta-feira.
O chairman do Fed, Ben Bernanke, disse no mês passado que o banco central deve começar a reduzir as compras de títulos ainda neste ano, e provavelmente interrompê-las até meados de 2014, se a economia progredir como esperado.
Revisões
O governo tem implementado algumas mudanças no modo que calcula o PIB. Por exemplo, a partir de agora, os gastos com pesquisa e desenvolvimento serão agora tratados como investimento.
As revisões também mostram uma maior taxa de poupança, um bom presságio para os gastos do consumidor no futuro.
Os impostos mais altos, visto que Washington tenta encolher o déficit de orçamento do governo, prejudicaram os gastos do consumidor no segundo trimestre, mantendo a economia em um ritmo fraco de crescimento.
Os gastos do consumidor, que representam mais de dois terços da atividade econômica dos Estados Unidos, desaceleraram para ritmo de crescimento de 1,8%, após terem subido 2,3% no primeiro trimestre.
Nesta quarta-feira também foi anunciado que o setor privado dos Estados Unidos criou 200 mil vagas em julho, de acordo com estimativa divulgada nesta quarta-feira (31) pela Automatic Data Processing (ADP) em parceria com a Moody's Analytics. O resultado ficou acima do esperado por alguns economistas, que previam uma geração de 183 mil a 185 mil postos.
As pequenas empresas, com até 49 funcionários, foram responsáveis pela criação de 82 mil vagas. As companhias de médio porte (de 50 a 499 funcionários) abriram 60 mil vagas, enquanto as grandes empresas (com mais de 500 funcionários) criaram 57 mil postos de trabalho.
O setor de serviços abriu 177 mil vagas, enquanto o de produção de bens gerou 22 mil empregos. O segmento industrial foi o único que eliminou vagas no mês de julho (-5 mil). Já o setor de construção criou 22 mil postos de trabalho.



Bovespa abre em queda, mas agenda traz volatilidade


Bolsa de valores de São Paulo, a Bovespa

O anúncio mais aguardado do dia será feito às 15 horas, quando o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) publica o rumo da taxa básica norte-americana de juros 

Bovespa: às 10h10, o Índice Bovespa (Ibovespa) caía 0,30%, aos 48.417,02 pontos

São Paulo - Os mercados financeiros globais abandonam nesta quarta-feira a recente lateralidade que vigorou entre os negócios com risco e se envolvem em um intenso vaivém, diante da agenda econômica carregada de eventos e indicadores econômicos nos Estados Unidos.
Os números melhores que o esperado nos EUA sobre postos de trabalho criados no setor privado em julho e sobre a expansão econômica no trimestre passado içaram as taxas de juros futuros do país, comprometendo o comportamento das bolsas de valores ao redor do mundo, em meio a um fortalecimento do dólar.
Mas ainda falta o anúncio da decisão de política monetária pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), à tarde, que pode sacramentar a atuação da BM&FBovespa neste mês.
Às 10h10, o Índice Bovespa (Ibovespa) caía 0,30%, aos 48.417,02 pontos. "O dia hoje é de volatilidade, ao sabor de cada anúncio", resume um operador da mesa de renda variável de uma corretora de São Paulo, de olho no calendário econômico do dia.
O operador cita os dados americanos conhecidos nesta manhã, que mostraram abertura de 200 mil empregos no setor privado neste mês, acima da previsão de +183 mil, e também do crescimento de 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país no trimestre passado, bem acima da estimativa de +0,9%.

POST ORIGINAL  http://exame.abril.com.br/mercados/noticias/bovespa-abre-em-queda-mas-agenda-traz-volatilidade

Bovespa opera com valorização após divulgação de PIB dos EUA

Economia dos EUA cresceu a uma taxa anual de 1,7% no 2º trimestre.
Na terça-feira, o Ibovespa fechou em queda de 1,32%, a 48.561 pontos.
O mercado acionário brasileiro opera com leve alta nesta quarta-feira (31), com investidores avaliando à notícia de que o crescimento econômico dos Estados Unidos acelerou inesperadamente no segundo trimestre.
Às 10h22 o Ibovespa tinha variação de 0,01%, a 48.566 pontos.O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu a uma taxa anual de 1,7%, informou o Departamento do Comércio nesta quarta-feira, acelerando ante a leitura revisada para baixo do primeiro trimestre de 1,1%.A expansão da economia norte-americana em um ritmo maior que o esperado aumenta apostas de que o Federal Reserve, banco central do país, sinalize que está prestes a reduzir seu programa de estímulo monetário, que têm sustentado o fôlego de investidores por ativos de  maior risco, como aplicações em bolsas.Investidores miravam ainda, mais tarde nesta quarta, a divulgação de comunicado do Fed após sua reunião de política monetária, que poderia dar pistas sobre o futuro do programa.Na terça-feira, o Ibovespa  fechou em queda de 1,32%, a 48.561 pontos.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Bovespa opera em ligeira queda nesta terça 30/07


A Bovespa começou esta terça-feira em alta, chegando a ganhar 0,9%, mas depois de uma virada o Ibovespa, principal índice de negociações, operou em baixa. Por volta das 12h o índice perdia 0,08% aos 49.174 pontos.
As maiores perdas eram da B2W DIGITAL ON (-3,01%), SOUZA CRUZ ON (-2,84%) e OI ON (2,29%). Já as altas mais relevantes ficaram com a OGX ON (4,69%), ITAU UNIBANCO PN (2,59%) e MMX ON (2,38%).


Confira 15 dicas para deixar seu Windows XP mais rápido

Quanto mais se usa o computador, mais lento parece que
ele fica. Às vezes isso pode ser verdade. Compilamos uma
 
série de 15 dicas que devem deixar o seu computador

pelo menos um pouco mais rápido.

1) Memória RAM = velocidade
O equipamento mais importante na hora de se ganhar velocidade é a memória. Quanto mais RAM, mais rápida será a máquina. Grande parte das dicas para deixar o PC mais veloz, giram em torno de como melhor utilizar a memória.

2) Não deixe abertos aplicativos que não usa
Vá em executar e digite "msconfig" e clique em OK. Vá na aba inicializar e desmarque os itens de inicialização que você não utiliza. Estes são os programas que o Windows executa ao inicializar o computador. Clique em OK e reinicialize a máquina. Muito cuidado para não desmarcar itens importantes: se não souber o que é, melhor deixar assim.
3) Desabilite opções de visualização
Abra o Painel de Controle e clique em Sistema. Abra a aba Avançado e dentro de Desempenho, clique no botão configurações. Na aba efeitos visuais, selecione a opção "Ajustar para obter um melhor desempenho".
4) Arquivo de paginação
Quem tem bastante RAM (pelo menos 1 GB) pode desabilitar o arquivo de paginação que o Windows XP utiliza. Este arquivo é um auxiliar da memória, mas no HD. Como a RAM é muito mais rápida que o HD, a velocidade aumenta. Entretanto, se você tem o costume de abrir muitos programas ao mesmo tempo esta opção não é recomendada, já que em seguida a RAM lota.
5) RAM sem dll
Algumas vezes o Windows preserva arquivos de biblioteca (.dll) na memória até mesmo depois que o aplicativo foi encerrado. Isto é feito para que, caso o programa seja reaberto, não seja necessário recarregar a dll.
Para mudar isso, vá em executar e digite "regedit" e clique em OK. Encontre a pasta HKEY_LOCAL_MACHINESOFTWAREMicrosoftWindowsCurrentVersion Explorer. Crie dentro dela uma nova chave chamada AlwaysUnloadDLL com valor 1. Feche o programa e reinicie a máquina.
6) Indexação automática
O Windows XP faz uma indexação de todos os arquivos do HD para facilitar na hora de fazer uma busca. Este processo pode deixar o computador mais lento e ocupa memória. Para desativar este serviço, vá no Painel de Controle e abra "Adicionar e Remover Programas". Vá em "Adicionar/Remover Componentes de Windows" e desmarque o item "Serviço de Indexação", depois clique em Avançar. Tenha em mente que o computador vai ficar mais rápido, mas as buscas, mais lentas.
7) BootVis
A Microsoft desenvolveu uma ferramenta que faz uma análise dos itens na incialização e os ordena de forma a funcionar de forma mais rápida. O programa, chamado de BootVis, não é mais distribuído pela empresa no site, mas pode ser facilmente encontrado em sites de download pela web. A velocidade de boot melhora consideravelmente com o uso do aplicativo.
8) Atualizar drivers
Mantenha os drivers de vídeo e da placa-mãe em dia. Muitas vezes os drivers contêm atualizações que fazem uma grande diferença.
9) Limpeza de disco
Faça pelo menos uma vez por mês uma limpeza de disco. Clique em Meu Computador, na área de trabalho. Clique com o botão direito sobre o ícone do seu HD principal e vá em "Propriedades". Ao lado do gráfico de capacidade, há um botão chamado "Limpeza de disco". Clique.
10) Atualize o Windows
Visite com freqüência o site de atualização do Windows. Baixe sempre todos as atualizações chamadas "críticas".
11) Não particione o HD
O Windows funciona mais devagar com HDs com partições. Dados não estão mais protegidos em partições diferentes e para reinstalar um sistema não é obrigatória uma formatação.
12) Limpe o compu1tador
Pelo menos uma vez por ano, abra o o computador e com um ventilador expire pó e sujeira, além de conferir se os ventiladores estão funcionando de forma correta.
13) Antivirus
Antivirus é um tipo de programa que deixa o computador mais lento. Todas as informações que a máquina processa ou passam pela rede ele inspeciona, tornando tudo mais devagar. Ainda assim, é um programa fundamental para a proteção da máquina. A solução é escolher um produto que utilize pouca RAM. Consulte os sites de empresas de segurança (como, por exemplo, a McAfee - www.mcafee.com/br/default.asp) para ver o que seu PC precisa.
14) Número de fontes
PCs com mais de 500 fontes instaladas ficam bastante lerdos. Tente manter menos fontes carregadas.
15) Desabilite a restauração do sistema
A restauração do sistema pode ser muito útil na hora de problemas, mas guardar todos esses dados consome literalmente diversos Giga. Para desabilitar a função de restauração, abra o Painel de Controle, clique em Sistema e abra a aba "Restauração do sistema". Desmarque a opção "Desativar restauração do sistema" e clique em OK.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Papisa Joana ? MITO OU VERDADE ?

Papisa Joana teria sido a única mulher a governar a Igreja durante dois ou três anos, segundo uma lenda que circulou na Europa por vários séculos. É considerada pela maioria dos historiadores modernos e estudiosos religiosos como fictícia, possivelmente originada numa sátira antipapal.


A lenda aparece pela primeira vez em documentos do início do século XIII, situando os acontecimentos em 1099. Outro cronista, também do século XIII, data o papado de Joana de até três séculos e meio antes, depois da morte do Papa Leão IV, coincidindo com uma época de crise e confusão na diocese de Roma. Joana teria ocupado o cargo durante dois ou três anos, entre o Papa Leão IV e o Papa Bento III (anos de 850 e 858).
A história possui várias versões. Segundo alguns relatos, Joana teria sido uma jovem oriental, nascida com o possível nome de Giliberta,1 talvez de Constantinopla, que se fez passar por homem para escapar à proibição de estudar imposta às mulheres. Extremamente culta, possuía formação em filosofia e teologia. Ao chegar a Roma, apresentou-se como monge e surpreendeu os doutores da Igreja com sua sabedoria. Teria chegado ao papado após a morte do Papa Leão IV, com o nome de João VII. A mesma lenda conta que Joana se tornou amante de um oficial da Guarda Suíça e ficou grávida.
Outra versão - a de Martinho de Opava - afirma que Joana teria nascido na cidade de Mogúncia, na Alemanha, filha de um casal inglês aí residente à época. Na idade adulta, conheceu um monge, por quem se apaixonou. Foram ambos para a Grécia, onde passaram três anos, após o que se mudaram para Roma. Para evitar o escândalo que a relação poderia causar, Joana decidiu vestir roupas masculinas, passando assim por monge, com o nome de Johannes Angelicus, e teria então ingressado no mosteiro de São Martinho.
Conseguiu ser nomeada cardeal, ficando conhecida como João, o Inglês. Segundo as fontes, João, em virtude de sua notável inteligência, foi eleito Papa por unanimidade após a morte de Leão IV (ocorrida a 17 de julho de 855).
Apesar de ter sido fácil ocultar sua gravidez, devido às vestes folgadas dos Papas, acabou por ser acometida pelas dores do parto em meio a uma procissão numa rua estreita, entre o Coliseu de Roma e a Igreja de São Clemente, e deu à luz perante a multidão.
As versões divergem também sobre este ponto, mas todas coincidem em que a multidão reagiu com indignação, por considerar que o trono de São Pedro havia sido profanado. João/Joana teria sido amarrada num cavalo e apedrejada até à morte. Neste trajeto depois foi posta uma estátua de uma donzela com uma criança no colo com a inscrição "Parce Pater Patrum, Papissae Proditum Partum", conforme mais tarde 1375 atestado pelo "Mirabilia Urbis Romae".nota 1
Noutro relato, Joana teria morrido devido a complicações no parto, enquanto os cardeais se ajoelhavam clamando: "Milagre, milagre!".

Após duas altas, Bovespa opera em queda nesta segunda

Semana é marcada pela reunião do Federal Reserve. 
Na sexta-feira, Ibovespa teve alta de 0,72%, para 49.422 pontos.
 


Após dois pregões da alta, a Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa) opera em queda no primeiro pregão da semana, com investidores aproveitando os ganhos recentes para embolsar lucros.
Às 15h04 (horário de Brasília), o Ibovespa tinha queda de 0,42%, para 49.215 pontos. Veja cotação
O mercado acompanha também as bolsas norte-americanas, onde o clima era de cautela, com investidores no aguardo da divulgação de comunicado do Federal Reserve, banco central dos EUA, na quarta-feira.Nos próximos dias, também haverá encontros do Banco Central Europeu e do banco central britânico."O mercado não está com muita direção, o clima é de cautela, com investidores aguardando dados a partir de quarta-feira. Grandes oscilações não são de se esperar entre hoje e amanhã", afirmou à Reuters o economista Gustavo Mendonça, da Saga Capital.Pressionavam o índice para baixo nesta sessão os papéis das blue chips Vale e Petrobras. Na outra ponta, eram destaque de alta ações do setor de siderurgia, como a da Usiminas. A preferencial da empresa chegou a saltar quase 10% nesta manhã, depois de o BTG Pactual ter elevado a recomendação para o papel de "neutra" para "compra", na esteira de resultados melhores que os esperados no segundo trimestre.BRF também subia, após a empresa divulgar mais cedo que seu lucro líquido aumentou mais de 30% no segundo trimestre na comparação anual. A três pregões do fim de julho, a bolsa caminhava para sua primeira alta mensal de 2013, depois de ter encerrado a semana passada com valorização de 4,27%.Os investidores monitoram com atenção a política monetária dos EUA a fim de saber qual será seu rumo. A expectativa é que o Fed mantenha sua política inalterada e que reduza seu ritmo de compra de ativos em setembro.No Brasil, em particular, os agentes monitoram a safra de balanços e avaliam o Boletim Focus, divulgado nesta segunda pelo Banco Central (BC).Na sexta-feira, o Ibovespa fechou em alta de 0,72%, a 49.422 pontos. Na semana passada, a bolsa teve alta de 4,27% e, no mês, até o momento, avança 4,14%. No ano, porém, a bolsa acumula queda de 18,92%.

domingo, 28 de julho de 2013

Deus é desnecessário para explicar a criação?

“Deus é desnecessário para explicar a criação, diz Hawking” 
 
Esse é o título de uma notícia (para anunciar o novo livro de Hawking) que li há pouco no estadão.com.brhttp://www.estadao.com.br/noticias/vidae,deus-e-desnecessario-para-explicar-a-criacao-diz-hawking,604250,0.htm
 
A ainda atual discussão Deus e criação evidencia, um diálogo "religião e ciência" sem futuro. Para haver a possibilidade de um diálogo frutífero entre as religiões, entre a religião e a ciência, é preciso repensarmos o conceito de Deus.
Essa notícia aponta para a ideia que é defendido nesse texto, que Deus é uma “necessidade” humana. É claro, Deus aqui não é o Deus de uma determinada religião mesmo que, evidentemente, não o exclua (leia: O que significa a palavra "Deus"? ).
Enquanto insistirmos que Deus é (apenas) o Deus cristão, ou o Deus muçulmano, ou o Deus dos indígenas, ou qualquer outro Deus associado a alguma religião estabelecida, teremos dificuldades de perceber a “existência” de Deus em outros lugares, por exemplo, nas ideologias, nas filosofias da vida, no Estado e na ciência. Também teremos difuculdade de perceber a “religiosidade” a ele associado. Para cada um desses, o Deus do outro não passa de (no máximo) um ídolo que deve ser combatido.
Por isso também Hawking (e outros) pode/precisa dizer que “Deus é desnecessário para explicar a criação”. Ele pode dizer isso pois já existe algo, além dos Deuses das tradições religiosas, que pode propor outras soluções para os grandes mistérios do Universo. Algo, segundo ele, mais confiável. A ciência faz essa reivindicação e não dá para ignorar isso. E ele precisa dizer isso, pois, para ele, as evidências e seu sistema de sentido "exige" isso dele.
Mas Hawking não pode simplesmente tirar Deus sem colocar algo no seu lugar. O lugar de Deus na vida dos humanos não pode simplesmente não-existir, nesse caso ele substitui Deus por uma lei física. Mesmo que já seja possível afirmar que o(s) Deus(es) das grandes e pequenas religiões é(são) redundante(s) na questão da criação, não é possível afirmar a não-necessidade de Deus mesmo.
A notícia segue: 
"Porque existe uma lei como a gravidade, o Universo pode e deve criar-se a partir do nada. Criação espontânea é a razão para haver alguma coisa em vez de nada, para que o Universo exista, para que nós existamos", escreve Hawking. "Não é necessário invocar Deus para acender o pavio e pôr o Universo em movimento". 
[...] 
Desde 1974, o cientista trabalha para casar as duas pedras angulares da física - a Teoria da Relatividade Geral, que trata de fenômenos de larga escala e da força da gravidade, e a Teoria Quântica, que cobre as interações entre partículas subatômicas. 
Seu comentário mais recente sugere que ele rompeu com seu ponto de vista anterior sobre a religião. Antes, ele havia escrito que as leis da física apenas diziam que não era preciso acreditar numa intervenção divina. 
É da “natureza” da ciência que ela busque a explicação e o controle sobre tudo. A busca de Hawking pelo casamento das teorias mencionadas ilustra isso. Encontrar e reconhecer uma "Teoria do Todo" seria colocar uma explicação final, um Deus. No momento em que se aceita uma lei que explica tudo, ela se torna o absoluto diante do qual precisamos nos curvar, ela se torna “religiosa” e seus adeptos se tornam “religiosos”.
No atual sistema de sentido, os diferentes Deuses precisam se excluir mutuamente para manter a sua verdade. Por outro lado, um sistema de sentido no qual se aceita que o Deus do outro (e seu grupo), mesmo que de forma incompleta, também dá a resposta adequada ao que o reverencia, torna mais fácil o diálogo. Se aquilo que em última instância confere sentido à nossa existência é Deus, então todos temos um Deus (não importa o seu nome). Esta forma de ver estas coisas, onde a verdade de um Deus não está em algum tipo de “prova” e sim no sentido que ele confere ao conjunto, fica mais fácil aceitar o outro e, assim, de forma adulta, discutir questões relevantes para as pessoas e seu mundo. Questões éticas (também para as religiões) precisam ser resolvidas a partir da interação de todos os Deuses, para o bem do indivíduo e seu mundo. Uma característica comum a todos os Deuses (inclusive da ciência) é o bem estar, a cura, a salvação da humanidade, porém, nessa busca a prática predominante até agora tem sido a da destruição ou “diminuição” do outro.
No atual estágio do conhecimento religioso e filosófico, da filosofia da ciência, da ciência, etc., não é possível afirmar uma verdade irrefutável de qualquer uma delas, sempre existe um "ingrediente" incômodo mas necessário, a fé. Fé aqui não tem nada a ver com algum credo específico, mas é aquele “ingrediente” do conhecimento humano necessário para, de alguma forma, alcançar o sentido do conjunto de todos os conhecimentos, pois não existe uma prova ou evidência final. A fé é incômoda porque queremos ter certeza última das coisas e ela nos “lembra” o tempo todo que essa certeza final não é possível. Ela é necessária para impedir que alguma lei (religiosa, científica, etc.) se torne em Deus. O que conhecemos sobre Deus ainda não é Deus. A fé torna possível o sentido de conjunto dos meus conhecimentos e abre espaço para o diálogo e a aceitação mútua, pois impede que aquilo que sei sobre o meu Deus seja elevado a Deus mesmo. Quando sei que o que sei acerca do meu Deus não é Deus mesmo, a pergunta sobre se o mundo surgiu do nada por meio do Deus cristão ou por meio lei da gravidade perde a sua relevância. A resposta à essa pergunta só é relevante enquanto “prova” de uma verdade que não é possível provar.

Mas, e por isso mesmo, o diálogo é fundamental. 
 

Ciência X Religião: O UNIVERSO DOS TÁQUIONS - Parte 8

Ciência X Religião: O UNIVERSO DOS TÁQUIONS - Parte 8

Jornada injeta R$ 1,8 bilhão no Rio


 
A peregrina de Fernanda Taveira, de Franca (SP), que entra no perfil da pesquisa da UFF, e o namorado, o ourives Eduardo Abdalla. Foto Adalberto Neto -
Foto: Adalberto Neto / Agência O Globo

 RIO - A multidão de fiéis que passou pelo Rio de Janeiro durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) parecia, a princípio, heterogênea e indecifrável. Mas só a princípio. O peregrino que esteve na cidade era, em sua maioria, mulher, nascida em São Paulo, com idade entre 21 e 24 anos e aluna do ensino superior. Além disso, nunca havia estado no Rio. Durante o evento, desembolsou uma média diária de R$ 49,70 — e isso, somado aos gastos dos estrangeiros, resultou em um impacto econômico na cidade 17 vezes maior do que a Copa das Confederações, realizada em junho.
Foram estas as conclusões de pesquisa feita por cinco professores e 20 alunos da Faculdade de Turismo da Universidade Federal Fluminense (UFF), em parceria com a Secretaria estadual de Turismo, entre os dias 23 e 25 deste mês, com os peregrinos que circularam por Copacabana e Quinta da Boa Vista. A pesquisa ouviu 1.358 fiéis e conseguiu, além de descobrir o perfil do peregrino, calcular o volume de recursos injetado na cidade.

Temu, rival da Shein e da Shopee, inicia vendas no Brasil com descontos e frete grátis

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