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quarta-feira, 13 de agosto de 2014
domingo, 3 de agosto de 2014
Megatemplo da Universal foi feito com 'alvará de reforma', o que o livrou de pagamento de contrapartidas para a Prefeitura de SP
Entenda as irregularidades do
Templo de Salomão
Templo de Salomão
Obra feita com "alvará de reforma". A Igreja Universal iniciou as obras do templo no Brás, na região central de São Paulo, com autorização obtida por meio de um "alvará de reforma" da Prefeitura, em outubro de 2008. No documento, a igreja diz que a área adicional a ser construída será de 64 mil metros quadrados. A licença foi emitida pelo Aprov 5, setor da Secretaria da Habitação à época comandado pelo ex-diretor Hussein Aref Saab, demitido em 2012 sob suspeita de enriquecimento ilícito.Sem licenças para abrir as portas. Apesar de ter obtido autorização para o início da construção em 2008, a Igreja Universal até agora não conseguiu o "alvará de conclusão de obra" nem a aprovação de modificações feitas ao longo da obra, como uma garagem de 25 mil metros quadrados para 1,2 mil veículos. Esse "projeto modificativo de alvará de reforma" foi indeferido em setembro de 2013. Um pedido de reconsideração feito pela igreja e ainda está sob análise na Secretaria Municipal de Licenciamentos. O templo também não obteve o alvará definitivo do Corpo de Bombeiros para abrir as portas. A abertura nesta quinta-feira, 31, ocorre com o respaldo de um "alvará de evento" emitido pela gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) no dia 19 deste mês. Sem contrapartidas. Como foi considerada "reforma", a construção do maior templo religioso do País, com capacidade para 10 mil pessoas e 74 mil metros quadrados de área construída, não foi enquadrada como polo gerador de tráfego. Com isso, a Universal se livrou de pagar R$ 35 milhões em contrapartidas para a Prefeitura, ou 5% do valor total da obra, estimado em R$ 680 milhões. Lei municipal de 2010 determina que toda obra com mais de 5 mil metros quadrados e número superior a 499 vagas de garagem deve ser considerada polo gerador de tráfego. Mas a igreja pagou como contrapartida o rebaixamento de cinco guias, a instalação de seis conjuntos semafóricos e o plantio de 25 mudas. Investigação. O Ministério Público Estadual investiga se houve fraude na emissão das licenças para a construção do templo. O promotor Maurício Antonio Ribeiro Lopes quer saber se realmente a obra da igreja era uma "reforma", ou se foi mesmo uma construção que deveria ter sido classificada como polo gerador de tráfego. Em área 'congelada' para moradia popular. O templo foi erguido em um terreno de Zona Especial de Interesse Social (ZEI), conforme definiu a lei municipal de zoneamento de 2004. Mas, no mês passado, a Câmara Municipal fez uma alteração de última hora, durante a segunda votação do Plano Diretor, que mudou a classificação do zoneamento, na tentativa de anistiar a irregularidade da igreja. Para construir em uma ZEI, a Universal teria de pagar como contrapartida a construção de 400 apartamentos populares da Companhia Metropolitana de Habitação (Cohab). O que diz a Igreja Universal. A Universal diz ter o "alvará" para abrir as portas nesta quinta-feira, sem especificar se é o de reforma ou provisório. A Universal ainda afirma estar à disposição para esclarecer qualquer dúvida do Ministério
Post Original http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,entenda-as-irregularidades-do-templo-de-salomao,1536848
Post Original http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,entenda-as-irregularidades-do-templo-de-salomao,1536848
sexta-feira, 1 de agosto de 2014
9 teorias de conspiração, mas que de fato eram de verdade
Em muitas rodas de conversa e, principalmente, fóruns da internet, as
teorias da conspiração são alguns dos assuntos mais comentados pelas
pessoas, que desfiam suas opiniões sobre os mais diversos mistérios e
acontecimentos.
Muitas delas são falsas e comprovadas como tal. No entanto, existiram
algumas que acabaram por, no fim, serem de verdade e não apenas
imaginação ou mesmo mentira que partiu de uma pessoa ou grupo. Confira
abaixo algumas delas:
1 – O incidente do Golfo de Tonkin
A teoria da conspiração: o incidente do Golfo de
Tonkin, o motivo que levou ao envolvimento dos Estados Unidos na Guerra
do Vietnã, nunca realmente ocorreu.
É isso mesmo. O incidente envolveu o destroier (um tipo de navio de
defesa e espionagem) norte-americano USS Maddox, que teria sido
supostamente atacado por três torpedeiros da marinha norte-vietnamita,
respondendo ao fogo com a ajuda de aviões da força tarefa a que ele
pertencia.
Prontamente, o Presidente dos Estados Unidos, Lyndon B. Johnson,
elaborou a Resolução do Golfo de Tonkin, que se tornou a justificação
legal (e o pretexto perfeito) de seu governo para entrar definitivamente
na guerra do Vietnã. O problema é que o evento nunca de fato aconteceu.
O governo vietnamita assegurou que não houve ataque. Tanto que, em
2005, documentos secretos da Agência de Segurança Nacional (NSA)
norte-americana foram revelados, divulgando o fato de que a presença dos
torpedeiros norte-vietnamitas nos ataques nunca foi realmente
confirmada.
Mas, então, o USS Maddox atirou em que? Curiosamente, em 1965, o
presidente Johnson comentou: "pelo que eu saiba, a nossa Marinha estava
atirando em baleias por lá".
Vale destacar que o próprio historiador da NSA, Robert J. Hanyok,
escreveu um relatório afirmando que a agência tinha deliberadamente
distorcido os relatórios de inteligência em 1964. Ele também declarou:
“Os paralelos entre a inteligência defeituosa no golfo de Tonkin e a
inteligência manipulada usada para justificar a Guerra do Iraque tornam
ainda mais interessante a reexaminar os acontecimentos de Agosto de
1964".
2 – O experimento da sífilis Tuskegee
A teoria da conspiração: entre 1932 e 1972, o
Serviço de Saúde Pública dos Estados Unidos realizou um estudo clínico
em homens afro-americanos rurais que tinham contraído sífilis. O serviço
nunca informou esses homens que tinham uma doença sexualmente
transmissível, nem mesmo ofereceram o tratamento, mesmo depois de a
penicilina tornar-se disponível como uma cura na década de 1940.
Infelizmente, é verdade. Ao invés de receber tratamento, os sujeitos
desses estudos foram informados de que tinham "sangue ruim". Quando a
Segunda Guerra Mundial começou, 250 dos homens registrados para o
projeto (e apenas esses) foram informados pela primeira vez que eles
tinham sífilis. Mesmo assim, o serviço negou-lhes o tratamento.
No início da década de 1970, 128 dos originais 399 homens já tinham
morrido em decorrência das complicações relacionadas com a doença,
enquanto 40 de suas esposas também tinham a condição e 19 de seus filhos
nasceram com sífilis congênita.
Um experimento semelhante, realizado em prisioneiros, soldados e
pacientes de um hospital psiquiátrico na Guatemala, infectou os
indivíduos e os tratou com antibióticos.
3 – Projeto MK Ultra
A teoria da conspiração: a CIA (A Agência Central de
Inteligência) executou experimentos secretos de controle mental sobre
cidadãos norte-americanos da década de 1950 até 1973.
Sim, isso aconteceu, sendo que foi tão verdade que, em 1995, o
presidente Clinton realmente emitiu um pedido formal de desculpas em
nome do governo dos Estados Unidos.
Essencialmente, a CIA usou drogas, eletrônicos, hipnose, privação
sensorial, abuso verbal e sexual, e tortura para conduzir experimentos
de engenharia comportamental experimentais. O programa dividiu centenas
desses projetos em mais de 80 diferentes instituições, incluindo
universidades, hospitais, prisões e empresas farmacêuticas.
A maior parte foi descoberta em 1977, quando a Lei de Liberdade de
Informação expôs 20 mil documentos previamente classificados e
desencadeou uma série de audiências no Senado. Como o diretor da CIA,
Richard Helms, destruiu a maioria dos arquivos mais contundentes do MK
Ultra em 1973, grande parte do que realmente ocorreu durante esses
experimentos ainda é desconhecida e, obviamente, nem uma única pessoa
foi levada à justiça.
A título de curiosidade, há uma crescente evidência de que Theodore
Kaczynski, conhecido como Unabomber, foi um indivíduo que participou do
projeto MK Ultra enquanto estava na Universidade de Harvard na década de
1950 e 1960.
Além disso, qualquer referência do MK Ultra com a “Ultraviolência”
citada no filme Laranja Mecânica, dirigido Stanley Kubrick (da adaptação
do livro de Anthony Burgess), além dos esquemas de tortura de Alex,
talvez não seja mera coincidência.
Anthony Burgess trabalhou para a inteligência britânica e, de acordo
com um biógrafo, ele testemunhou os experimentos do MK Ultra, enchendo o
seu livro com algumas pinceladas sobre o projeto.
4 – Operação Northwoods
A teoria da conspiração: a Joint Chiefs of Staff dos
militares dos Estados Unidos elaborou e aprovou planos para a criação
de atos de terrorismo em solo norte-americano, a fim de influenciar a
opinião pública nacional em apoiar uma guerra contra Cuba.
É verdade e os documentos que comprovam
a teoria existem. Felizmente, o presidente Kennedy rejeitou o plano
maligno, que incluía: americanos inocentes sendo mortos a tiros nas
ruas, barcos com refugiados de Cuba sendo afundados em alto mar, uma
onda de terrorismo violento que seria lançado em Washington, Miami, e em
outros lugares, pessoas sendo acusadas de atentados que não cometeram e
aviões sendo sequestrados.
Além disso, a Joint Chiefs of Staff, liderada pelo presidente Lyman
Lemnitzer, planejava fabricar provas que implicaria Fidel Castro e
refugiados cubanos em estarem por trás dos ataques.
Talvez uma das “metas” mais assustadoras foi a que Lemnitzer planejou
um incidente “minuciosamente encenado” em que um avião cubano iria
atacar e abater um avião cheio de estudantes universitários
norte-americanos.
5 – Tráfico de drogas da CIA em Los Angeles
A teoria da conspiração: durante os anos 1980, a CIA
facilitou a venda de cocaína para gangues de rua de Los Angeles e
canalizou milhões em lucros do tráfico a um exército de guerrilha da
América Latina.
É complicado e complexo, mas é verdade. O livro de Gary Webb Dark Alliance: The CIA, the Contras, and the Crack Cocaine Explosion
descreve como os “Contras” — grupos de oposição ao governo da Frente
Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) na Nicarágua, que surgiram a
partir de 1979 —, apoiados pela CIA contrabandearam cocaína para os
Estados Unidos e, em seguida, distribuíram crack para gangues de Los
Angeles, embolsando os lucros.
A CIA ajudou diretamente os traficantes de drogas a arrecadar
dinheiro para os Contras em troca de informações. Segundo o que Gary
Weeb escreveu em um artigo de 1996, “essa rede de drogas abriu também
espaço para os cartéis da Colômbia e os bairros negros de Los Angeles”.
Vale destacar que, em 10 de dezembro de 2004, Webb se suicidou em
circunstâncias suspeitas, pois foram usadas duas balas para atirar na
própria cabeça. Tenso!
6 – Operação Mockingbird
A teoria da conspiração: no final de 1940, quando a
Guerra Fria estava começando a se desenvolver, a CIA lançou um projeto
secreto chamado Operação Mockingbird. Seu objetivo era comprar
influência e controle entre os principais meios de comunicação.
De fato, eles também planejavam colocar jornalistas e repórteres
diretamente na folha de pagamento da CIA, o que alguns afirmam estar em
curso até hoje. Os arquitetos deste plano foram Frank Wisner, Allen
Dulles, Richard Helms e Philip Graham (editor do The Washington Post),
que planejavam se alistar organizações de notícias americanas para se
tornar basicamente espiões e propagandistas.
Sua lista de agentes acabou por incluir jornalistas nas grandes redes
ABC, NBC, CBS, Time, Newsweek, Associated Press, United Press
International (UPI), Reuters, Hearst Newspapers, Scripps-Howard, Copley
News Service, entre outras. Na década de 1950, a CIA havia se infiltrado
nas empresas de mídia e universidades, com dezenas de milhares de
agentes de plantão.
7 – COINTELPRO
A teoria da conspiração: um programa do FBI foi
realizado para desestabilizar grupos de protestos, de esquerda,
ativistas e dissidentes políticos dentro dos Estados Unidos.
Verdade. A COINTELPRO foi uma série de projetos clandestinos, ilegais
do FBI, que se infiltraram em organizações políticas nacionais para
desacreditá-las e difamá-las. Isto incluiu os críticos da guerra do
Vietnã, líderes dos direitos civis como o Dr. Martin Luther King e
grande variedade de ativistas e jornalistas.
Os atos cometidos contra eles incluíram guerra psicológica, calúnia
usando documentos falsos e falsos relatos na mídia, assédio, prisão
ilegal e, segundo alguns, a intimidação e, possivelmente, violência e
assassinato. Táticas semelhantes e, possivelmente, mais sofisticadas são
usadas ainda hoje, incluindo o monitoramento da NSA.
8 – Operação Branca de Neve
A teoria da conspiração: durante os anos 1970, a
Igreja da Cientologia roubou os arquivos confidenciais do governo sobre
eles e sobre o seu fundador (L. Ron Hubbard ) para limpar registros
desfavoráveis em dezenas de agências governamentais. Essa ação criminosa
foi chamada de Operação Branca de Neve.
De fato, aconteceu. Este projeto incluiu uma série de infiltrações e
furtos de 136 agências governamentais, embaixadas e consulados
estrangeiros, bem como as organizações privadas da Cientologia, que
foram realizadas em mais de 30 países.
Foi a maior infiltração no governo dos Estados Unidos na História,
envolvendo até cinco mil agentes secretos, que eram membros da igreja,
funcionários públicos corruptos ou chantageados e investigadores
particulares.
Onze executivos da Igreja altamente colocados, incluindo Mary Sue
Hubbard (esposa do fundador), declararam-se culpados ou foram condenados
em um tribunal federal por obstrução da justiça, roubo de escritórios,
de documentos e de propriedades do governo.
9 – Espionagem do governo dos EUA em seus próprios cidadãos
A teoria da conspiração: o governo americano espiona toda a sua população.
Esse tipo de informação costumava ser ridicularizado como uma
fantasia derivada de imaginação fértil e uma desconfiança juvenil do
governo. Porém, mesmo depois de ter sido revelado que a NSA (Agência de
Segurança Nacional) tem feito escutas ilegais em grande parte dos
norte-americanos, coletando ainda dados de celular por mais de uma
década, as pessoas tentam se enganar que isso não acontece.
Sim, eles analisam tudo isso (além de dados transmitidos pela
internet), mas é sob a “égide da segurança nacional”. Usando os
acontecimentos de 11 de setembro de 2001 como desculpas, eles afirmam
que certas liberdades devem ser sacrificadas em prol da segurança.
Certo?
Não só não existe nenhuma evidência de que a NSA tem protegido a
população contra o terrorismo, como há cada vez mais evidências de que
ela a torna mais vulnerável.
Graças às revelações sobre a NSA e seu projeto Prism (de vigilância
global, que foi revelado pelos documentos de Edward Snowden), sabemos
que o âmbito da espionagem da NSA vai além do que muitos teóricos da
conspiração originalmente acreditavam.
No início de junho de 2014, o The Washington Post relatou que quase
90% dos dados que estão sendo coletados pelos programas de vigilância da
NSA são de usuários de Internet sem conexão com atividades terroristas.
De acordo com a American Civil Liberties Union, esta é uma clara
violação da Constituição. Nessa coisa toda, até o Brasil entrou na
dança, tendo milhares de usuários espionados, incluindo a presidente
Dilma.
terça-feira, 29 de julho de 2014
Hamas rejeita trégua enquanto bloqueio de Israel continuar
Gravação com fala de chefe militar foi divulgada nesta terça-feira (29).Não haverá cessar-fogo até que demandas sejam atendidas, diz líder.

"Não haverá um cessar-fogo enquanto as demandas do nosso povo não forem
atendidas", diz Deif, chefe das Brigadas Ezzedine al-Qassam, em
gravação transmitida pela emissora do Hamas, a Al-Aqsa. O movimento
islamita palestino não vai aceitar um "cessar-fogo sem o fim da agressão
e a retirada do cerco", indicou o líder, segundo informam agências de
notícias internacionais e a rede de TV CNN.
O grupo pede que Israel e o Egito levantem um bloqueio de fronteira que
impuseram em Gaza depois que o Hamas ocupou o território, em 2007.
O líder sobreviveu a uma série de ataques e há anos comando o grupo na clandestinidade.
A Al-Aqsa também transmitiu o que diz ser uma infiltração pot túnel de combatentes do Hamas em Israel na última segunda-feira.
Desde o início dos conflitos, no dia 8 de julho, 1.156 palestinos
morreram, a maioria civis. Israel contabilizou 56 mortos, sendo 53
soldados e três civis.
A rejeição ao cessar-fogo foi anunciada antes de uma importante viagem
ao Cairo de uma delegação reunindo representantes dos principais
movimentos políticos palestinos, incluindo o Hamas, anunciada pela
Organização pela Libertação da Palestina (OLP). As autoridades
palestinas devem se reunir na capital egípcia com dirigentes locais, que
normalmente são os intermediários nas negociações entre israelenses e
palestinos.
O secretário-geral da OLP, Yasser Abed Rabbo, havia afirmado nesta
terça à tarde que o Hamas e seus aliados da Jihad Islâmica estavam
preparados para uma trégua humanitária de 24 horas. Mas o Hamas mantém
suas exigências pelo fim da operação militar israelense em curso e pela
suspensão do bloqueio a Gaza imposto por Israel em 2006.
As autoridades israelenses não se manifestaram a respeito de uma eventual trégua.
Mortes
Ao menos 100 palestinos morreram nesta terça em Gaza, segundo a agência Associated Press. Mais cedo, a única central elétrica da Faixa de Gaza ficou fora de funcionamento após os bombardeios do exército israelense, disse o diretor-adjunto da autoridade de Energia do reduto palestino, interrompendo o suprimento de eletricidade para a Cidade de Gaza e várias outras partes do enclave palestino de 1,8 milhão de habitantes.
Ao menos 100 palestinos morreram nesta terça em Gaza, segundo a agência Associated Press. Mais cedo, a única central elétrica da Faixa de Gaza ficou fora de funcionamento após os bombardeios do exército israelense, disse o diretor-adjunto da autoridade de Energia do reduto palestino, interrompendo o suprimento de eletricidade para a Cidade de Gaza e várias outras partes do enclave palestino de 1,8 milhão de habitantes.
"A única central elétrica de Gaza ficou fora de funcionamento após um
bombardeio israelense na noite passada, que danificou o gerador de
vapor, antes de atingir as reservas de combustível que se incendiaram",
declarou Fathi al-Sheikh Jalil, segundo a Frajnce Presse.
Foram declarados grandes incêndios no setor da central (no centro do
território palestino), impedindo o acesso dos veículos de auxílio,
constatou um jornalista da AFP.
Esta usina fornece cerca de 30% do consumo de eletricidade de Gaza, de
acordo com a agência France Presse. Já a Reuters afirma que a instalação
fornece energia para dois terços do enclave palestino.
Além disso, segundo Fathi al-Sheikh Jalil, "cinco das dez linhas
elétricas provenientes de Israel para abastecer a Faixa de Gaza foram
atingidas pelos bombardeios israelenses, e os serviços de manutenção não
conseguem ter acesso à zona para consertá-las".
Além da falta crônica de água, o reduto palestino, submetido desde 2006
ao bloqueio imposto por Israel, sofre grandes problemas de fornecimento
de eletricidade.
A usina já havia sido atingida na semana passada e operava com cerca de
20% de sua capacidade, o que garantia apenas algumas horas por dia de
eletricidade para os moradores de Gaza.
Post Original http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/07/hamas-rejeita-tregua-em-gaza-enquanto-bloqueio-de-israel-continuar.html
segunda-feira, 28 de julho de 2014
Mistério aumenta: cientistas encontram dois novos buracos na Sibéria
Origem do fenômeno ainda é desconhecida e teses vão desde a queda de meteoritos à presença de extraterrestres
RIO — Na metade do mês, o mundo recebeu com curiosidade a informação sobre o misterioso surgimento de uma imensa cratera na Sibéria.
Acontece que ela não está sozinha. Reportagem do “The Siberian Times”
relata a descoberta de dois novos buracos na região, sendo um na
Península de Yamal — conhecida pelos locais como “o fim do mundo” e onde
a primeira cratera foi avistada — e outro na Península Taymyr.
A
origem dos fenômenos ainda é desconhecida. As teses vão desde a queda de
meteoritos à presença de extraterrestres. A versão mais aceita é que o
solo da região, conhecido como pergelissolo ou permafrost, está se
derretendo de forma mais acelerada devido ao aquecimento global e
criando bolsões subterrâneos de gás metano. Por causa da pressão criada
internamente, podem ter acontecido erupções que deram origem aos
buracos.
A primeira cratera descoberta tem cerca de 80 metros de
diâmetro, pouco menor que um campo de futebol, e 60 metros de
profundidade. As mais recentes são menores, mas apresentam
características semelhantes, como a presença montes de terras nas
laterais, que sinalizam algum tipo de movimento violento de dentro para
fora.
O novo buraco descoberto na Península de Yamal fica a cerca
de 30 quilômetros da primeira e tem diâmetro de aproximadamente 15
metros.
— De acordo com moradores locais, o buraco foi formado no
dia 23 de setembro de 2013. Observadores dão versões distintas. Um disse
que no local havia fumaça e depois, um forte brilho. Já uma segunda
versão diz que um corpo celeste caiu lá — disse Mikhail Lapsui,
parlamentar que sobrevoou a região no dia 19 de julho.
Para Marina
Leibman, cientista chefe do Earth Cryosphere Institute, a descoberta de
novas crateras semelhantes pode ajudar na investigação das causas do
fenômeno.
— Cada novo funil fornece informações adicionais aos
cientistas — disse Marina ao site URA.RU. — Sem dúvida, nós precisamos
estudar todas essas formações. Isso é essencial para podermos prever
novas ocorrências.
A terceira cratera fica na Península Taymyr, à
leste da Yamal. Ela foi descoberta acidentalmente por pastores locais,
moradores do vilarejo de Nosok. O buraco tem o formato perfeito de um
cone, com cerca de quatro metros de diâmetro e profundidade entre 60 e
cem metros.
domingo, 20 de julho de 2014
Pega Ladrão . Saiba como rastrear e achar celular smartphone perdido ou roubado
O Comodo Mobile Security (CMS) é uma ótima opção gratuita para proteger o smartphone Android
contra vírus e, em caso de roubo ou perda, utilizar recursos de
rastreamento, bloqueio e limpeza de dados à distância. Além disso, o
aplicativo tira a foto de quem estiver com o aparelho e oferece recursos
para criar espaço privado, lista negra de contatos, entre outros
serviços. Saiba como utilizar o app, que está em português e é fácil de
usar, para garantir a sua segurança e privacidade.
Tela inicial
Na
tela inicial estão listados os recursos de segurança e as ferramentas
de gerenciamento do aplicativo. Deslize a tela para direita e esquerda
ou selecione as opções no menu para conhecer todas as ferramentas. E no
menu em lista, acessível no alto da tela, estão os botões de ativação
rápida do sistema de segurança.
Verificação de status
A
verificação de status do aparelho serve para saber das ocorrências de
malware, publicidade invasiva, aplicativos e configurações
potencialmente arriscadas. O CMS exibe os itens perigosos, seguros e
pendentes. Confirme a verificação na tela inicial do aplicativo.
Antivírus
O antivírus analisa o dispositivo regularmente para mantê-lo seguro, mas é possível fazer verificação rápida (apenas no dispositivo) e completa (dispositivo e memória SD) quando se desejar, e ainda listar as aplicações confiáveis, que não precisam ser analisadas. É importante atualizar os dados de vírus. Na aba “Segurança”, selecione “Antivírus” e escolha a verificação desejada. Se algo de errado for detectado, você pode excluir o software responsável.
O antivírus analisa o dispositivo regularmente para mantê-lo seguro, mas é possível fazer verificação rápida (apenas no dispositivo) e completa (dispositivo e memória SD) quando se desejar, e ainda listar as aplicações confiáveis, que não precisam ser analisadas. É importante atualizar os dados de vírus. Na aba “Segurança”, selecione “Antivírus” e escolha a verificação desejada. Se algo de errado for detectado, você pode excluir o software responsável.
Privacidade
O consultor de privacidade mostra os aplicativos com privilégios que podem comprometer a privacidade ou custar-lhe dinheiro em chamadas de saída identificadas. A ferramenta lista os aplicativos instalados, os que possuem privilégios de chamadas e de privacidade e os que gerenciam a inicialização.
O consultor de privacidade mostra os aplicativos com privilégios que podem comprometer a privacidade ou custar-lhe dinheiro em chamadas de saída identificadas. A ferramenta lista os aplicativos instalados, os que possuem privilégios de chamadas e de privacidade e os que gerenciam a inicialização.
Ao
selecionar a ferramenta na aba “Segurança”, o relatório dos aplicativos
com privilégios é exibido automaticamente. É possível conferir todos os
apps que, por exemplo, acessam lista de contatos, SMS, localização e
informações do dispositivo. Caso queria ativar a proteção contra invasão
de privacidade, selecione o botão “Proteção Desligada”.
Anti-Theft (antirroubo)
Ative a ferramenta antirroubo na aba “Segurança” e libere as funções de acesso remoto, como localização, alertas SIM, emissão de alarme, bloqueio de dispositivo, limpeza de dados e captura fotográfica de quem acessar o aparelho. É necessário cadastrar uma senha para acessar os recursos. Apenas quem souber a senha poderá desativar as configurações definidas.
Anti-Theft (antirroubo)
Ative a ferramenta antirroubo na aba “Segurança” e libere as funções de acesso remoto, como localização, alertas SIM, emissão de alarme, bloqueio de dispositivo, limpeza de dados e captura fotográfica de quem acessar o aparelho. É necessário cadastrar uma senha para acessar os recursos. Apenas quem souber a senha poderá desativar as configurações definidas.
Ao
ativar os recursos, o usuário recebe uma lista com os códigos que devem
ser enviados para o aparelho roubado por um outro número de telefone
cadastrado no momento da ativação. Ao receber uma mensagem, o aparelho
executa o comando solicitado e envia informações para o e-mail
cadastrado.
É possível testar a maioria das ferramentas. Ao selecionar a localização remota, por exemplo, surge na tela a opção de conferir uma demonstração do que o app é capaz de fazer. Toque em “Teste Demo” e receba, em poucos segundos, a localização exata do seu aparelho.
Vale a pena migrar do Android para o Windows Phone? Confira no Fórum
Otimizador de sistema
A primeira opção da aba “Ferramentas” é o otimizador de sistema, que é capaz de deixar o dispositivo mais rápido para abrir aplicativo, iniciar, entre outros processos. Ao selecionar a ferramenta, o app mostra a memória usada, os processos em execução e os arquivos em cache. Toque em “Otimizar Agora” para fechar e limpar tudo o que for desnecessário e que deixa o aparelho lento.
É possível testar a maioria das ferramentas. Ao selecionar a localização remota, por exemplo, surge na tela a opção de conferir uma demonstração do que o app é capaz de fazer. Toque em “Teste Demo” e receba, em poucos segundos, a localização exata do seu aparelho.
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Otimizador de sistema
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Espaço privado
No espaço privado, na aba “Ferramentas”, é possível estabelecer chamadas e mensagens visíveis apenas ao detentor da senha cadastrada. Aplicativos também podem ter o acesso bloqueado mediante senha. O usuário pode, por exemplo, bloquear redes sociais e e-mail. Por último, pastas armazenadas podem ser encriptadas. Basta selecionar a opção desejada para efetuar a restrição de acesso.
Bloqueio de chamadas e SMS
O CMS permite adicionar contatos à lista negra para bloquear chamadas e mensagens indesejadas. Basta selecionar a opção correspondente e tocar em “Adicionar à lista negra”. Você pode adicionar os contatos manualmente, importar para registro de chamadas ou para mensagens. Ao receber ligação ou mensagem de um número desconhecido, o aplicativo sugere a adição à lista. Já na lista branca são adicionadas as exceções.
Outras ferramentas
Na aba “Ferramentas”, o CMS disponibiliza também agendamento de tarefas, gerenciador de aplicativo backup de arquivos e economia de bateria Comodo. E na aba “Segurança”, você pode também monitorar o uso de dados de internet do seu aparelho e definir cotas.
Na aba “Ferramentas”, o CMS disponibiliza também agendamento de tarefas, gerenciador de aplicativo backup de arquivos e economia de bateria Comodo. E na aba “Segurança”, você pode também monitorar o uso de dados de internet do seu aparelho e definir cotas.
quinta-feira, 17 de julho de 2014
Israel decide atacar Gaza por terra após 10 dias de conflito
Operação deve começar na noite desta quinta-feira, na fronteira de Gaza.
Após breve trégua, bombardeios foram retomados em ambos os lados.
O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, ordenou nesta quinta-feira
(17) uma incursão militar por terra no território palestino controlado
pelo grupo islâmico Hamas, a Faixa de Gaza. Segundo o comunicado oficial
do governo, a operação começa na noite desta quinta-feira (horário
local) e tem como objetivo eliminar "túneis utilizados para atividades
terroristas em Israel."
A ofensiva vai incluir operações de infantaria, de artilharia e de
inteligência, apoiadas pela Força Aérea e pela Marinha, acrescentou o
exército. "A decisão foi aprovada pelo gabinete de segurança devido à
recusa do Hamas em aceitar o plano egípcio de um cessar-fogo e à
manutenção dos disparos de foguetes contra Israel", informou o
comunicado do governo israelense, que autorizou o exército a convocar
mais 18 mil reservistas.
O porta-voz do Hamas classificou a invasão por terra de "tola" e disse que a operação terá "consequências horríveis".
Enquanto isso, as forças de Israel
bombardeavam a Faixa de Gaza com grande intensidade pelo ar e pelo mar.
Também foram feitos disparos com tanques posicionados na fronteira.
Trégua
Após uma breve trégua de cinco horas no conflito entre Israel e o Hamas, iniciado há 10 dias, um foguete lançado a partir de Gaza atingiu a localidade israelense de Ashkelon, anunciou o exército, dando início novamente aos combates aéreos.
Após uma breve trégua de cinco horas no conflito entre Israel e o Hamas, iniciado há 10 dias, um foguete lançado a partir de Gaza atingiu a localidade israelense de Ashkelon, anunciou o exército, dando início novamente aos combates aéreos.
O foguete caiu exatamente às 15h locais (9h de Brasília), afirmou o
exército israelense em um comunicado. Os dois lados concordaram com um
cessar-fogo por motivos humanitários entre 10h e 15h (4h e 9h de
Brasília), a pedido da ONU.
Logo após o disparo palestino, aviões israelenses atacaram um espaço ao ar livre do norte de Gaza.
A breve trégua trata-se do primeiro cessar-fogo aceito pelas duas
partes desde que Israel iniciou sua ofensiva militar 'Limite Protetor'
há dez dias. Segundo os serviços de emergência palestinos, 235 pessoas
morreram e 1,6 mil ficaram feridas na Faixa de Gaza até o momento - ao
menos um israelense morreu. O exército de Israel diz que militantes de
Gaza lançaram mais de 1.300 foguetes sobre Israel.
Negociações
Representantes de israelenses e do movimento islamita Hamas, que controla a Faixa de Gaza, estavam reunidos no Cairo, no Egito nesta quinta para tentar chegar a um acordo.
Representantes de israelenses e do movimento islamita Hamas, que controla a Faixa de Gaza, estavam reunidos no Cairo, no Egito nesta quinta para tentar chegar a um acordo.
Um oficial israelense chegou a afirmar que Israel e o Hamas alcançaram
um acordo para um cessar-fogo a partir de 6h desta sexta-feira (18) em
Gaza (0h de Brasília). Um porta-voz do Hamas, entretanto, negou a
existência de um acordo com Israel sobre um cessar-fogo, rejeitando
assim a versão israelense.
O Hamas rejeitou no início da semana uma primeira iniciativa de
cessar-fogo apresentada pelo Egito e que havia sido aceita por Israel.
Post Original http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/07/premie-israelense-ordena-operacao-militar-por-terra-em-gaza.html
Conflito em Gaza: entenda a guerra entre Israel e os palestinos
Um assunto que volta e meia ocupa as manchetes de jornais do mundo inteiro há décadas é
a questão sobre o conflito entre israelenses e palestinos na Faixa de
Gaza. Mas você sabe por que é que esses povos brigam tanto e há tanto
tempo?
A história sobre o embate é bastante complexa, e o enfoque muda drasticamente dependendo de quem está contando sua versão dos fatos. Ambos os envolvidos — muçulmanos de origem árabe que ocupam a Faixa de Gaza e os judeus israelenses — têm razões de sobra para justificar suas atitudes, assim como a hostilidade que sentem um pelo outro, como você verá na síntese a seguir. Assim, confira uma breve explicação que ajudará você a entender melhor a atual guerra que está acontecendo na Palestina:
Antes
de tudo, é importante ressaltar que a Palestina já era habitada por
judeus — remanescentes de incontáveis invasões históricas — há milênios,
e nos últimos séculos havia sido ocupada por uma maioria árabe. Além
disso, apesar de árabes e israelenses terem a mesma origem étnica, para
que o contexto fique mais claro, devemos lembrar que os judeus sofreram
diversas perseguições e não possuíam um estado próprio.
Assim, no final do século 19, um grupo de judeus de origem europeia — os sionistas — empenhado em criar uma pátria judia, após considerar regiões nas Américas e na África, decidiu colonizar a Palestina. No início, a imigração não causou maiores problemas com os povos que viviam ali. Contudo, com o passar do tempo, a chegada de imigrantes na região foi se intensificando, com muitos desses sionistas expressando seus desejos de “tomar” o território.
Naturalmente,
essa situação foi criando tensões com os palestinos que ocupavam a
região, e foi apenas uma questão de tempo até que os conflitos
começassem. Para piorar, Adolf Hitler surgiu no meio dessa história — e o
Holocausto — e isso, combinado aos esforços dos sionistas em evitar que
os judeus refugiados fossem enviados a países ocidentais, só aumentou o
fluxo de judeus para a Palestina. E a tensão foi aumentando
progressivamente.
Em vista da escalada da violência na região, em 1947 a ONU resolveu interferir e, em 1948, o Estado de Israel foi criado. Assim, sob considerável pressão dos sionistas, a organização recomendou que 55% da Palestina — que então era controlada pelos britânicos — fosse cedida aos judeus, embora esse grupo representasse apenas 30% da população total e possuísse menos de 7% do território. E, então... guerra.
Evidentemente,
os palestinos não ficaram muito satisfeitos com as recomendações da
ONU, e logo uma série de atentados, represálias e contrarrepresálias
começou a deixar um rastro de violência e morte sem que ninguém tivesse
controle sobre a situação. Foi então que vários regimentos do Exército
de Liberação Árabe resolveram interferir, e praticamente todas as
batalhas ocorreram em solo destinado aos palestinos.
Contudo, os árabes perderam a guerra e, ao final do conflito, Israel havia conquistado 78% da Palestina, com 750 mil palestinos se tornando refugiados. Além disso, 500 cidades e vilarejos foram destruídos e um novo mapa da região foi criado, no qual cada rio, localidade e morro foi rebatizado com um nome hebreu, apagando qualquer vestígio da cultura palestina.
No entanto, de acordo com as leis internacionais, é inadmissível que um território seja “adquirido” por meio de guerras. Portanto, para os palestinos, essas áreas não deveriam pertencer a Israel, e por isso eles seguem ali defendendo seu espaço. Durante a Guerra dos Seis Dias, partes do Egito e da Síria também foram ocupadas, sendo que os territórios egípcios foram “devolvidos” desde então, e os que pertenciam aos sírios continuam sob ocupação israelense.
Os
sionistas formam um pequeno grupo extremista e fundamentalista que
acredita que os fatos presentes no Velho Testamento são absolutamente
inquestionáveis e servem de prova que Israel e os territórios ocupados
pertencem por direito aos judeus. Portanto, a única solução seria que os
palestinos negassem todas as suas reivindicações de propriedade de uma
vez por todas.
Israel, entretanto, é uma democracia liberal que durante muitos anos foi regida por governos de coalisão e, evidentemente, essas visões tão radicais sempre tenderam a refletir a opinião de uma pequena minoria. O problema é que nos últimos anos esses grupos ultrarreligiosos foram ganhando cada vez mais influência, e atualmente controlam as questões relacionadas com a política externa de Israel.
Segundo
o acordo de Oslo — firmado em 1993 —, esses territórios ocupados
deveriam ter sido evacuados e reconhecidos como palestinos. Mas a demora
no cumprimento das ordens gerou uma onda de ataques terroristas em
Israel e o assassinato de Yitzhak Rabin, primeiro ministro israelense
que arquitetou o acordo.
Com isso, a tensão voltou a se aumentar e no ano 2000, Ariel Sharon, o então ministro de defesa israelense, resolveu fazer uma visita ao bairro muçulmano de Jerusalém, criando um sentimento de revolta no mundo árabe, e a “Intifada” teve início. Nos anos subsequentes, Sharon trabalhou ativamente para conseguir uma trégua, mas em 2006, após sofrer um aneurisma e entrar em coma, as negociações de paz foram fortemente afetadas.
Existem
dois motivos primários no centro dessa briga toda: a população que
ocupava a palestina era composta por 96% de muçulmanos e cristãos que
hoje são proibidos de regressar aos seus lares, e os que vivem dentro do
Estado judeu sofrem com a discriminação sistemática. Além disso, a
ocupação israelense e o controle na Faixa de Gaza são extremamente
opressivos, e os palestinos que vivem ali têm bem pouco direito sobre
suas próprias vidas.
Além disso, as forças de Israel controlam as fronteiras palestinas — incluindo as internas — e muitas vezes a distribuição de alimentos e medicamentos é bloqueada, assim como energia elétrica, água, moeda e meios de comunicação, piorando a crise humanitária que aflige a região.
Se
você tem acompanhado as últimas notícias sobre as batalhas entre
palestinos e israelenses, deve ter ouvido bastante sobre o “Hamas”. Esse
grupo consiste em uma organização política islâmica fundada em 1987
que, desde que foi eleito democraticamente em 2007, governa a Faixa de
Gaza. Seus militantes são acusados de investir contra Israel através de
ataques terroristas e bombardeios com o objetivo de reinstaurar o Estado
Palestino.
Além
disso, o Hamas também é acusado de ser um grupo terrorista que não
reconhece a existência do Estado de Israel, que vem fortalecendo seu
arsenal e usa endereços residenciais para esconder suas armas e
militantes. A batalha que estamos testemunhando agora teve início depois
de Israel responsabilizar categoricamente o Hamas pelo sequestro e
assassinato de três jovens israelenses em junho, resultando no envio de
tropas a Gaza e na prisão de centenas de ativistas do Hamas.
Após a acusação, um rapaz palestino também foi sequestrado e queimado vivo em Jerusalém. Seis suspeitos judeus foram presos em Israel, e três confessaram o crime. O Hamas, no entanto, não assumiu nem negou sua participação nas mortes dos garotos israelenses. Contudo, o grupo respondeu à prisão dos militantes e à morte do jovem palestino com o lançamento de foguetes, atraindo ataques aéreos de Israel como represália.
Um
problema com a Faixa de Gaza é que esse território conta com uma
superfície de 360 quilômetros quadrados e uma população de
aproximadamente 1,5 milhão de habitantes. Isso significa que se trata de
uma área densamente povoada — mais de 4 mil hab./km2. Então,
imagine o estrago quando uma bomba cai por lá. Portanto, qualquer
ofensiva aérea em Gaza inevitavelmente vai resultar na morte de civis.
Porém, a questão é ainda mais grave.
Apesar
de o Hamas estar respondendo aos ataques israelenses, Israel conta com
uma infraestrutura defensiva extremamente moderna e muito superior à
palestina, capaz de evitar que os foguetes do Hamas atinjam seus alvos.
Assim, em nove dias de combates, o número de mortos é estimado em 230 na
Faixa de Gaza — além de mais de 1,6 mil feridos —, enquanto apenas uma
vítima fatal foi registrada no lado israelense.
Toda essa questão relacionada com as mortes dos adolescentes, na verdade, parece estar servindo como justificativa tanto para Israel como para o Hamas. Os israelenses, por um lado, poderiam aproveitar a situação para finalmente dominar o que resta do território palestino e torná-lo parte de Israel. Já o Hamas, por outro lado, se perder a Faixa de Gaza para os israelenses, perde seu poder e se torna uma organização política irrelevante na região.
Parece
que autoridades israelenses e palestinas haviam fechado um acordo
proposto pelo Egito de cessar-fogo que deveria ter início amanhã pela
manhã. Apesar disso, tudo indica que o compromisso não será respeitado,
pois existem notícias de que o primeiro ministro israelense, Benjamin
Netanyahu, teria ordenado a invasão da Faixa de Gaza de por terra.
Assim, uma coisa é certa: infelizmente os conflitos estão bem longe de terminar, e quem mais sofre com isso é a população civil. Quem sabe o que falta neste conflito sejam líderes em ambos os lados que entendam que a violência apenas serve para perpetuar e motivar ainda mais violência. Existem grupos tanto em Israel como na Faixa de Gaza que trabalham juntos para encontrar uma saída para a crise, e esse talvez esse seja um bom ponto de partida.
Post Original http://www.megacurioso.com.br/guerras/44956-conflito-em-gaza-entenda-a-guerra-entre-israel-e-os-palestinos.htm
A história sobre o embate é bastante complexa, e o enfoque muda drasticamente dependendo de quem está contando sua versão dos fatos. Ambos os envolvidos — muçulmanos de origem árabe que ocupam a Faixa de Gaza e os judeus israelenses — têm razões de sobra para justificar suas atitudes, assim como a hostilidade que sentem um pelo outro, como você verá na síntese a seguir. Assim, confira uma breve explicação que ajudará você a entender melhor a atual guerra que está acontecendo na Palestina:
Criação do Estado Judeu
Assim, no final do século 19, um grupo de judeus de origem europeia — os sionistas — empenhado em criar uma pátria judia, após considerar regiões nas Américas e na África, decidiu colonizar a Palestina. No início, a imigração não causou maiores problemas com os povos que viviam ali. Contudo, com o passar do tempo, a chegada de imigrantes na região foi se intensificando, com muitos desses sionistas expressando seus desejos de “tomar” o território.
Tensões
Em vista da escalada da violência na região, em 1947 a ONU resolveu interferir e, em 1948, o Estado de Israel foi criado. Assim, sob considerável pressão dos sionistas, a organização recomendou que 55% da Palestina — que então era controlada pelos britânicos — fosse cedida aos judeus, embora esse grupo representasse apenas 30% da população total e possuísse menos de 7% do território. E, então... guerra.
Guerra civil
Contudo, os árabes perderam a guerra e, ao final do conflito, Israel havia conquistado 78% da Palestina, com 750 mil palestinos se tornando refugiados. Além disso, 500 cidades e vilarejos foram destruídos e um novo mapa da região foi criado, no qual cada rio, localidade e morro foi rebatizado com um nome hebreu, apagando qualquer vestígio da cultura palestina.
A tormentosa Faixa de Gaza
O conflito na Faixa de Gaza existe desde o final da década de 60, quando Israel venceu a Guerra dos Seis Dias. O enfrentamento teve origem quando as forças israelenses lançaram um ataque surpresa contra uma coalisão árabe formada por Egito, Jordânia, Síria e Iraque. Nessa ocasião, Israel conquistou os restantes 22% do território palestino que restavam, ou seja, a Península do Sinai, Cisjordânia, Altos de Golan, o leste de Jerusalém e a Faixa de Gaza.No entanto, de acordo com as leis internacionais, é inadmissível que um território seja “adquirido” por meio de guerras. Portanto, para os palestinos, essas áreas não deveriam pertencer a Israel, e por isso eles seguem ali defendendo seu espaço. Durante a Guerra dos Seis Dias, partes do Egito e da Síria também foram ocupadas, sendo que os territórios egípcios foram “devolvidos” desde então, e os que pertenciam aos sírios continuam sob ocupação israelense.
Democracia Liberal
Israel, entretanto, é uma democracia liberal que durante muitos anos foi regida por governos de coalisão e, evidentemente, essas visões tão radicais sempre tenderam a refletir a opinião de uma pequena minoria. O problema é que nos últimos anos esses grupos ultrarreligiosos foram ganhando cada vez mais influência, e atualmente controlam as questões relacionadas com a política externa de Israel.
Batalha contínua
Com isso, a tensão voltou a se aumentar e no ano 2000, Ariel Sharon, o então ministro de defesa israelense, resolveu fazer uma visita ao bairro muçulmano de Jerusalém, criando um sentimento de revolta no mundo árabe, e a “Intifada” teve início. Nos anos subsequentes, Sharon trabalhou ativamente para conseguir uma trégua, mas em 2006, após sofrer um aneurisma e entrar em coma, as negociações de paz foram fortemente afetadas.
Além disso, as forças de Israel controlam as fronteiras palestinas — incluindo as internas — e muitas vezes a distribuição de alimentos e medicamentos é bloqueada, assim como energia elétrica, água, moeda e meios de comunicação, piorando a crise humanitária que aflige a região.
Conflito atual
Após a acusação, um rapaz palestino também foi sequestrado e queimado vivo em Jerusalém. Seis suspeitos judeus foram presos em Israel, e três confessaram o crime. O Hamas, no entanto, não assumiu nem negou sua participação nas mortes dos garotos israelenses. Contudo, o grupo respondeu à prisão dos militantes e à morte do jovem palestino com o lançamento de foguetes, atraindo ataques aéreos de Israel como represália.
E agora?
Toda essa questão relacionada com as mortes dos adolescentes, na verdade, parece estar servindo como justificativa tanto para Israel como para o Hamas. Os israelenses, por um lado, poderiam aproveitar a situação para finalmente dominar o que resta do território palestino e torná-lo parte de Israel. Já o Hamas, por outro lado, se perder a Faixa de Gaza para os israelenses, perde seu poder e se torna uma organização política irrelevante na região.
Cessar-fogo?
Assim, uma coisa é certa: infelizmente os conflitos estão bem longe de terminar, e quem mais sofre com isso é a população civil. Quem sabe o que falta neste conflito sejam líderes em ambos os lados que entendam que a violência apenas serve para perpetuar e motivar ainda mais violência. Existem grupos tanto em Israel como na Faixa de Gaza que trabalham juntos para encontrar uma saída para a crise, e esse talvez esse seja um bom ponto de partida.
Post Original http://www.megacurioso.com.br/guerras/44956-conflito-em-gaza-entenda-a-guerra-entre-israel-e-os-palestinos.htm
sábado, 12 de julho de 2014
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