domingo, 28 de fevereiro de 2016

TRADUÇÃO DA CARTA DE DEUS ESCRITA POR EISNTEIN

CARTA DE DEUS
Conhecida como a Einstein God-Letter , foi escrita em 1954,no final da sua vida. A proximidade da morte não fez do físico um crente;a carta não poupa nenhuma religião e dissipa dúvidas existentes até aqui sobre a sua atitude perante as religiões e à crença em algum deus. A carta redigida em alemão é curta e grossa:contém apenas 435 palavras. Afirma: " Para mim  a palavra Deus não é mais do que a expressão e o produto de fraquezas humanas e a bìblia não é mais do que uma coletânea de lendas dignas mas muito primitivas."
E continua,referindo-se à religião dos seus pais,o judaismo:"Para mim a religião judaica é como todas as outras religiões,uma encarnação da superstição primitiva". E o povo judeu para ele não tem a menor originalidade de essencia ,  não sendo melhor que nenhum outro grupo humano. "Por isso não consigo ver nele nada de povo eleito". O destinatário da carta, o filósofo Erich Gutkind [um pensador de pouca importância , diga-se] é duramente criticado na carta por pretender como judeu , a ter posição privilegiada.
VEJA A TRADUÇÃO 

TRADUÇÃO DA CARTA 
A palavra Deus é para mim nada mais do que a expressão e produto da fraqueza humana, a Bíblia é uma coleção de lendas honoráveis mas ainda assim primitivas que são, do mesmo modo, muito infantis. Nenhuma interpretação, não importa quão sutil seja, pode (para mim) mudar isso. Estas interpretações sutilizadas são altamente influenciadas de acordo com sua natureza e tem quase nada a ver com o texto original. Para mim a religião judaica, como todas as outras religiões, é uma encarnação das superstições mais infantis. E o povo judeu ao qual eu felizmente pertenço e com a mentalidade do qual eu tenho uma profunda afinidade não tem, para mim, qualquer qualidade diferente dos outros povos. De acordo com minha experiência, eles também não são melhores do que outros grupos humanos, embora sejam protegidos dos piores cânceres por falta de poder. De outra forma, eu não posso ver qualquer coisa "escolhida" a seu respeito.
No geral, eu acho doloroso que você clame uma posição privilegiada e tente defender esta ideia através de dois muros de orgulho, um externo como um homem e um interno como um judeu. Como um homem você demanda, de certa forma, uma dispensa da casualidade de outra forma aceita, e como um judeu o privilégio do monoteísmo. Mas uma casualidade limitada não é mais, de forma alguma, uma casualidade, como nosso maravilhoso Spinoza reconheceu incisivamente, provavelmente o primeiro a fazê-lo. E as interpretações anímicas das religiões da natureza não são, em princípio, anuladas pela monopolização. Com tais muros nós só podemos alcançar uma certa auto ilusão, mas nossos esforços morais não são melhorados por eles. Pelo contrário.
Agora que eu abertamente expus nossas diferenças em relação às convicções intelectuais, é ainda claro para mim que nós somos bem próximos no que se refere às coisas essenciais, ou seja, na nossa avaliação do comportamento humano. O que nos separa são somente proposições intelectuais e racionalizações na linguagem de Freud. Desta forma, eu acho que iriamos nos entender muito bem se falássemos de coisas concretas. Com agradecimentos amigáveis e os melhores desejos.
Seu, 
A. Einstein

Como desativar o Oi Wi-Fi Fon do modem; recurso compartilha conexão

O Wi-Fi Fon permite que clientes da Oi possam se conectar a milhões de hostspots espalhados pelo Brasil. De acordo com o plano, que pode ser tanto de banda larga fixa quanto de dados móveis, o usuário pode ter acesso ilimitado a Internet ao entrar nas redes com um cadastro.
No entanto, o que muita gente não sabe, é que se você é assinante da Oi Velox o seu próprio modem pode vir instalado por padrão para servir de ponto de acesso para o Wi-Fi Fon. Com isso, o assinante compartilha cerca de 1 MB de sua conexão, muitas vezes, sem o consentimento. Neste tutorial, aprenda a desabilitar o Oi Wi-Fi Fon do modem. O modelo utilizado no passo a passo foi o Sagemcom Fast 2704N.
Wi-Fi Fon por padrão pode vir habilitado em modens da Oi Velox (Foto: Divulgação/Sagemcom)Wi-Fi Fon por padrão pode vir habilitado em modens da Oi Velox (Foto: Divulgação/Sagemcom)
Passo 1. Antes de tudo, verifique se a rede Oi Wi-Fi Fon disponível é realmente do seu modem. Abra o navegador e digite o gateway padrão – geralmente 192.168.1.1 –  login e senha (admin/admin);
Entre nas menu de configurações do seu modem (Foto: Reprodução/Gabriel Ribeiro)Entre nas menu de configurações do seu modem (Foto: Reprodução/Gabriel Ribeiro)
Passo 2.  Em seguida, clique em ‘Sem Fio’ e selecione a opção FON. Aqui você pode constatar que realmente a rede Oi Wi-Fi Fon vem do seu modem, já que todas as opções estão sinalizadas (em verde) como ativas;
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Confirme se a rede Wi-Fi Fon vem mesmo do seu modem (Foto: Reprodução/Gabriel Ribeiro)Confirme se a rede Wi-Fi Fon vem mesmo do seu modem (Foto: Reprodução/Gabriel Ribeiro)
Passo 3. Para desabilitar o Oi Wi-Fi Fon, digite 192.168.1.1/fon no navegador;
No browser digite 192.168.1.1/fon (Foto: Reprodução/Gabriel Ribeiro)No browser digite 192.168.1.1/fon (Foto: Reprodução/Gabriel Ribeiro)
Passo 4. Na tela, desmarque a opção “Não quero ter acesso grátis aos milhões de pontos Wi-Fi da Rede Fon”. Clique em Avançar;
Selecione a opção e clique em avançar (Foto: Reprodução/Gabriel Ribeiro)Selecione a opção e clique em avançar (Foto: Reprodução/Gabriel Ribeiro)
Passo 5. Volte na tela de configuração do seu modem e reinicie o dispositivo.
Reinicie o modem. Você também pode utilizar o atalho na tela inicial. (Foto: Reprodução/Gabriel Ribeiro)Reinicie o modem. Você também pode utilizar o atalho na tela inicial. (Foto: Reprodução/Gabriel Ribeiro)
Pronto. A rede Oi Wi-Fi Fon do seu modem está desabilitada. Note que o SSID não aparece mais nas redes disponíveis. Se quiser habilitar novamente, siga o mesmo procedimento e clique em aceitar.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Deus das diversas Religiões e na Ciência

As concepções sobre Deus têm variado ao longo do tempo e do espaço, conforme as diferentes culturas que as adotam. Historicamente é possível encontrar diversificadas definições sobre a divindade, desde tribos ancestrais até os princípios dogmáticos das religiões modernas.

Deus é concebido a maior parte das vezes como o Criador do Universo, Aquele que tudo rege. Na Teologia  Ele tem sido definido através de atributos como a onisciência, a onipotência, a onipresença, a suprema bondade, a sagrada modéstia, o sublime desvelo, Ser transcendente, eterno e desprovido de corpo, de quem nasce toda a moral. Tanto judeus quanto cristãos e muçulmanos têm tolerado estes conceitos com maior ou menor intensidade.

Na Idade Média, vários pensadores, como Santo Agostinho e Tomás de Aquino, elaboraram teorias defendendo a existência de Deus, lutando contra ilusórias incoerências inerentes às qualidades atribuídas à Divindade. Ao longo da História as idéias sobre Deus revelaram-se bem diversificadas. Desde o nascimento da Humanidade surgiram as diferentes formas de compreender o Sagrado – como a percepção abraâmica de Deus, também conhecida como monoteísmo do deserto; assim se denominam as religiões provenientes das convenções dos semitas, que têm como ícone a figura do patriarca Abraão, ou seja, o cabalismo judaico, o Islamismo e a trindade defendida pelo Cristianismo.

Outra visão importante de Deus provém dos cultos indianos, que não são homogêneos em sua forma de conceber a Divindade, mas se diferenciam de uma doutrina para a outra, conforme a área da Índia enfocada e a casta em questão, desde as que possuem uma crença monoteísta até as que professam o politeísmo. No Budismo Ele não é percebido do ponto de vista teísta, ou seja, da fé na existência de um único Deus, criador do Universo, pois apesar de postular a realidade de vários deuses, esta religião vê estas entidades tão somente como seres que residem, por algum tempo, em universos divinos que oferecem aos seus habitantes uma intensa felicidade, mas que ao mesmo tempo estão submetidos ao jugo da morte e à ocasional reencarnação em mundos inferiores.

Hoje aparecem novos conceitos sobre Deus, como a Teologia do Processo ou Teologia Neoclássica, segundo a qual esta entidade não pode ser considerada onipotente se isto indicar que Ele deve ser repressor, e a Divindade não seria perfeita se fosse restringida pela presença de determinados atributos, entre outros princípios; e o Teísmo Aberto, teologia que rejeita a onipotência, a onipresença e a onisciência de Deus.

No Ocidente, atualmente, chega-se a autores que defendem a morte de deus, na verdade não do Ser em si, mas do conceito que predomina sobre a Divindade na esfera ocidental, revelando o desencanto do mundo, no sentido da idéia defendida pelo filósofo Max Weber. Isto significa que a idéia sobre o Divino estaria exilada dos distintos círculos da existência humana, tanto do social quanto do pessoal.

Alguns também lançam hipóteses sobre uma origem extraterrena de Deus, na linhagem de escritores como Erich Von Däniken, autor de Eram os Deuses Astronautas, enquanto outros, como o também escritor de ficção científica, Arthur C. Clarke, defendem a possibilidade Dele ser futuramente gerado pelo Homem, como uma espécie de inteligência artificial. Há igualmente estudiosos que consideram as religiões e, portanto, Deus, nada mais do que mitos, frutos do medo da morte e daquilo que não se conhece.


A visão científica condena os dogmas, rejeitando assim as religiões que se baseiam nestes princípios, os quais vão contra as mais recentes descobertas científicas, e assim não atualizam seus postulados, o que gera um inevitável confronto entre a Ciência e a Religião. Até mesmo os que têm fé em Deus hoje questionam determinados ensinamentos dogmáticos transmitidos pelas crenças que neles se fundamentam, o que abre um vasto campo para o crescimento do materialismo e do ateísmo declarado. As religiões atingem neste momento um impasse nunca antes vivenciado, pois o desenvolvimento tecnológico invalida, em nossos dias, muitos dos dogmas até agora considerados verdadeiros alicerces das crenças partidárias do dogmatismo. 

domingo, 18 de outubro de 2015

Yacouba-Sawadogo - O homem que parou o deserto

Yacouba-Sawadogo2

No mundo existem alguns casos interessantes de pessoas que realizam proezas que parecem impossíveis. Certas histórias nos mostram como às vezes basta um único indivíduo para mudar algo que para nossos olhos seria preciso governos, milhões, maquinas, investimentos…

O caso de Yacouba Sawadogo é um caso emblemático. Ele sozinho, conseguiu lutar e vencer um deserto. Uma história interessantíssima.

Yacouba Sawadogo é conhecido por ter conseguido sozinho resolver uma crise que até mesmo cientistas e organizações globais de desenvolvimento não conseguiram. As técnicas de reflorestamento e conservação de solo desse velho fazendeiro simples são tão eficazes que foram definitivos para mudar o destino de desertificação das terras no norte de Burkina Faso.

A terra acabou exaurida após excessiva agricultura sem investimento em qualificar o solo. Posteriormente, houve um excesso de pastagem e os impactos da grande densidade populacional, de modo que ao longo dos anos, isso resultou em forte erosão do solo e seca nesta nação do Oeste Africano. Embora os pesquisadores nacionais e internacionais cheios de boas intenções estivessem tentando corrigir a grave situação, suas ações não faziam muita diferença.

Então, em 1980, o velho Yacouba decidiu arregaçar as mangas e resolver ele mesmo o problema.

Os estranhos métodos de Yacouba eram tão diferentes que seus colegas agricultores o ridicularizavam. Somente quando suas técnicas começaram a regenerar com sucesso a floresta, eles foram forçados a engolir as piadinhas, vestir as sandálias da humildade e aprender com ele.

Yacouba não inventou a roda. Ele apenas reviveu uma prática agrícola Africana antiga chamada “zai”, que levou ao crescimento da floresta e ao aumento da qualidade do solo.
A Zai é uma técnica de cultivo muito simples e de baixo custo. Usando uma pá ou um machado, pequenos buracos são cavados no chão duro, que é enchido com adubo de fezes animais. Então, sementes de árvores, milho ou sorgo são plantadas no composto. Os buracos funcionam como funis, para pegar água durante a estação chuvosa, de modo que eles são capazes de reter a umidade e os nutrientes durante a estação seca.

De acordo com as regras do Zai, Yacouba deveria preparar as terras na época da seca – exatamente o oposto do que se fazia no local.

Por isso, outros agricultores e chefes de terras riram dele, mas logo perceberam que ele não apenas não era burro como diziam, mas sim um gênio.

Em apenas 20 anos, ele converteu uma área completamente estéril em uma floresta de 30 hectares, e em expansão, com mais de 60 espécies de árvores diferentes. Uma pessoa só, contra o deserto e o clima severo.

De acordo com Chris Reji, especialista em gestão de recursos naturais do Centro de Cooperação Internacional:

Dezenas de milhares de hectares de terra que eram completamente improdutivos foram tornados produtivos novamente, graças às técnicas de Yacouba.

Yacouba optou por não manter para si os seus segredos. Em vez disso, ele passou a organizar workshops em sua fazenda, ensinando os visitantes e reunir as pessoas num espírito de amizade. “Eu quero que esse programa de treinamento seja o ponto de partida para muitas trocas frutíferas em toda a região”, disse ele.

Agricultores de aldeias vizinhas foram visitá-lo para pedir aconselhamento e sementes de qualidade.

“Se você ficar em seu próprio cantinho, todo o seu conhecimento não tem qualquer utilidade para a humanidade.”
Em 2010, o premiado cineasta Mark Dodd criado um documentário baseado nas experiências de Yacouba, chamado de “O homem que parou o Deserto”.

O filme conta como os esforços de um único homem salvou milhares de agricultores em toda a região do Sahel da África – um dos mais atingidos pela desertificação no mundo. O filme ajuda a desafiar a noção de que a África precisa de ajuda externa para resolver os seus próprios problemas.

O filme tem ajudado a aumentar a conscientização sobre o trabalho de Yacouba e também resultou em mais doações. Com o apoio da Oxfam América, ele está agora promovendo o uso de técnicas de escoamento lento, para que a água dos poços vá pingar no solo. Isto tem se provado uma técnica muito bem sucedida.

“O que Yacouba fez também pode ser feito por muitos outros agricultores em todo o Sahel. O grande desafio é que nos próximos 5 a 10 anos, teremos que tentar motivar milhões de agricultores a investir em árvores, porque elas vão ajudá-los a melhorar a sua segurança alimentar e, ao mesmo tempo que também irá ajudá-los a adaptarem-se às mudanças climáticas”, disse Reji.

Mas fazer isso acontecer não é tão fácil quanto parece. Apesar do sucesso do documentário, Yacouba já está enfrentando problemas há algum tempo. Dessa vez, questões fundiárias. Casas já estão sendo construídas em sua terra, e o impacto já começa a ameaçar novamente a floresta.

Apesar destes contratempos, Yacouba não perdeu a esperança. Atualmente, ele está tentando levantar US$ 20.000 para comprar sua floresta de volta. Ele sabe que seu trabalho é importante e dobrou seus esforços de cultivo e expansão da floresta em terras vizinhas hoje estéreis.

O velho agricultor que insurgiu contra a destruição do meio ambiente e a desertificação do solo é claro com seu ponto de vista:

Se você cortar dez árvores por dia e não conseguir plantar nem uma por ano, está caminhando para a destruição.
Aqui esta o trailer do documentário sobre ele:



Especialistas concordam que este sujeito, sozinho, teve mais impacto na recuperação da desertificação do que todos os esforços e dinheiro internacionais somados.

Batata Ruffles envia para Dilma o processo tecnológico de estocar vento

Para o engenheiro da Ruffles o processo é fácil e pode ser feito em casa


Após demonstrar interesse em uma tecnologia para estocar o vento a fabricante das batatas Ruffles encaminhou para Dilma o projeto tecnológico que utilizam para estocar o vento dentro das suas embalagens. 

Para a assessoria do governo agora sim o Brasil dará um grande passo para frente. “Dilma vai ficar feliz em saber que existe e que é possível estocar o vento”, disse a assessoria do governo. 

Para o engenheiro da Ruffles o processo de estocar o vento é simples e pode ser feito em casa: "Basta você pegar um saco plástico, sem furo, soprar e fechar rapidamente antes que o vento escape", disse.

Post original http://www.g17.com.br/noticia/tecnologia/batata-ruffles-envia-para-dilma-o-processo-tecnolgico-de-estocar-vento.html

terça-feira, 30 de junho de 2015

Yacouba Sawadogo O Homem que Parou o Deserto


No mundo existem alguns casos interessantes de pessoas que realizam proezas que parecem impossíveis. Certas histórias nos mostram como às vezes basta um único indivíduo para mudar algo que para nossos olhos seria preciso governos, milhões, maquinas, investimentos…
O caso de Yacouba Sawadogo é um caso emblemático. Ele sozinho, conseguiu lutar e vencer um deserto. Uma história interessantíssima.
Yacouba Sawadogo é conhecido por ter conseguido sozinho resolver uma crise que até mesmo cientistas e organizações globais de desenvolvimento não conseguiram. As técnicas de reflorestamento e conservação de solo desse velho fazendeiro simples são tão eficazes que foram definitivos para mudar o destino de desertificação das terras no norte de Burkina Faso.
A terra acabou exaurida após excessiva agricultura sem investimento em qualificar o solo. Posteriormente, houve um excesso de pastagem e os impactos da grande densidade populacional, de modo que ao longo dos anos, isso resultou em forte erosão do solo e seca nesta nação do Oeste Africano. Embora os pesquisadores nacionais e internacionais cheios de boas intenções estivessem tentando corrigir a grave situação, suas ações não faziam muita diferença.
Então, em 1980, o velho Yacouba decidiu arregaçar as mangas e resolver ele mesmo o problema.
Yacouba-Sawadogo-550x366
Os estranhos métodos de Yacouba eram tão diferentes que seus colegas agricultores o ridicularizavam. Somente quando suas técnicas começaram a regenerar com sucesso a floresta, eles foram forçados a engolir as piadinhas, vestir as sandálias da humildade e aprender com ele.
Yacouba não inventou a roda. Ele apenas reviveu uma prática agrícola Africana antiga chamada “zai”, que levou ao crescimento da floresta e ao aumento da qualidade do solo.
A Zai é uma técnica de cultivo muito simples e de baixo custo. Usando uma pá ou um machado, pequenos buracos são cavados no chão duro, que é enchido com adubo de fezes animais. Então, sementes de árvores, milho ou sorgo são plantadas no composto. Os buracos funcionam como funis, para pegar água durante a estação chuvosa, de modo que eles são capazes de reter a umidade e os nutrientes durante a estação seca.
Yacouba-Sawadogo2
De acordo com as regras do Zai, Yacouba deveria preparar as terras na época da seca – exatamente o oposto do que se fazia no local.
Por isso, outros agricultores e chefes de terras riram dele, mas logo perceberam que ele não apenas não era burro como diziam, mas sim um gênio.
Em apenas 20 anos, ele converteu uma área completamente estéril em uma floresta de 30 hectares, e em expansão, com mais de 60 espécies de árvores diferentes. Uma pessoa só, contra o deserto e o clima severo.
De acordo com Chris Reji, especialista em gestão de recursos naturais do Centro de Cooperação Internacional:
Dezenas de milhares de hectares de terra que eram completamente improdutivos foram tornados produtivos novamente, graças às técnicas de Yacouba.
Yacouba optou por não manter para si os seus segredos. Em vez disso, ele passou a organizar workshops em sua fazenda, ensinando os visitantes e reunir as pessoas num espírito de amizade. “Eu quero que esse programa de treinamento seja o ponto de partida para muitas trocas frutíferas em toda a região”, disse ele.
Agricultores de aldeias vizinhas foram visitá-lo para pedir aconselhamento e sementes de qualidade.
“Se você ficar em seu próprio cantinho, todo o seu conhecimento não tem qualquer utilidade para a humanidade.”
Em 2010, o premiado cineasta Mark Dodd criado um documentário baseado nas experiências de Yacouba, chamado de “O homem que parou o Deserto”.
O filme conta como os esforços de um único homem salvou milhares de agricultores em toda a região do Sahel da África – um dos mais atingidos pela desertificação no mundo. O filme ajuda a desafiar a noção de que a África precisa de ajuda externa para resolver os seus próprios problemas.
O filme tem ajudado a aumentar a conscientização sobre o trabalho de Yacouba e também resultou em mais doações. Com o apoio da Oxfam América, ele está agora promovendo o uso de técnicas de escoamento lento, para que a água dos poços vá pingar no solo. Isto tem se provado uma técnica muito bem sucedida.
“O que Yacouba fez também pode ser feito por muitos outros agricultores em todo o Sahel. O grande desafio é que nos próximos 5 a 10 anos, teremos que tentar motivar milhões de agricultores a investir em árvores, porque elas vão ajudá-los a melhorar a sua segurança alimentar e, ao mesmo tempo que também irá ajudá-los a adaptarem-se às mudanças climáticas”, disse Reji.
Mas fazer isso acontecer não é tão fácil quanto parece. Apesar do sucesso do documentário, Yacouba já está enfrentando problemas há algum tempo. Dessa vez, questões fundiárias. Casas já estão sendo construídas em sua terra, e o impacto já começa a ameaçar novamente a floresta.

Apesar destes contratempos, Yacouba não perdeu a esperança. Atualmente, ele está tentando levantar US$ 20.000 para comprar sua floresta de volta. Ele sabe que seu trabalho é importante e dobrou seus esforços de cultivo e expansão da floresta em terras vizinhas hoje estéreis.
O velho agricultor que insurgiu contra a destruição do meio ambiente e a desertificação do solo é claro com seu ponto de vista:
Se você cortar dez árvores por dia e não conseguir plantar nem uma por ano, está caminhando para a destruição.
Aqui esta o trailer do documentário sobre ele:

Especialistas concordam que este sujeito, sozinho, teve mais impacto na recuperação da desertificação do que todos os esforços e dinheiro internacionais somados.
O cara é Gump.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Calor excessivo inspira memes nas redes sociais; veja alguns deles

Nesta segunda-feira, São Paulo registrou temperatura mais alta do ano. Piadas na web trazem Chapolin, Fagner e Monalisa reclamando do calor.


O calor excessivo que afeta grande parte do país tem inspirado memes e piadas nas redes sociais. Nesta segunda-feira (19), São Paulo registrou a temperatura mais alta do ano: às 15h, de acordo com a medição feita no Mirante de Santana, os termômetros atingiram 36,5ºC. Já no Rio de Janeiro, a temperatura máxima registrada nesta segunda fio de 37,1ºC na Vila Militar, com sensação térmica de 44ºC. Veja alguns dos memes compartilhados:
'Pau de selfie' vira 'pau de ventilador' em montagem que circula na internet (Foto: Reprodução) 
'Pau de selfie' vira 'pau de ventilador' em montagem que circula na internet (Foto: Reprodução)
Muitos ventiladores para aplacar o calor (Foto: Reprodução/Twitter com humor)Muitos ventiladores para aplacar o calor (Foto: Reprodução/Twitter com humor)
Meme usa imagem de Chapolin em piada sobre calor (Foto: Reprodução/Twitter/andredrs)Meme usa imagem de Chapolin em piada sobre calor (Foto: Reprodução/Twitter/andredrs)
Meme brinca com pintura de Salvador Dali (Foto: Reprodução/Twitter/Artes Depressão)Meme brinca com pintura de Salvador Dali (Foto: Reprodução/Twitter/Artes Depressão)
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Internautas brincam com música de Fagner para falar de calor (Foto: Reprodução/Facebook)Internautas brincam com música de Fagner para falar de calor (Foto: Reprodução/Facebook)
'Tão calor que preciso ligar um ventilador pra mim e outro pro ventilador' (Foto: Reprodução/Facebook) 
'Tão calor que preciso ligar um ventilador pra mim e outro pro ventilador' (Foto: Reprodução/Facebook)
Frase faz referência a música do Djavan (Foto: Reprodução/Facebook)Frase faz referência a música do Djavan (Foto: Reprodução/Facebook)
Imagem mostra carro derretendo de tanto calor (Foto: Reprodução/Facebook)Imagem mostra carro derretendo de tanto calor (Foto: Reprodução/Facebook)
Imagem mostra ventilador 'derretido' por causa do calor (Foto: Reprodução/Facebook)Imagem mostra ventilador 'derretido' por causa do calor (Foto: Reprodução/Facebook)
Baby, personagem da Família Dinossauros, também virou meme sobre calor (Foto: Reprodução/Twitter)Baby, personagem da Família Dinossauros, também virou meme sobre calor (Foto: Reprodução/Twitter)
Piada sobre calor intenso (Foto: Reprodução/Geradormemes.com)Piada sobre calor intenso (Foto: Reprodução/Geradormemes.com)
Ar-condicionado: maior desejo neste verão (Foto: Reprodução/Twitter/Artes Depressão)Ar-condicionado: maior desejo neste verão (Foto: Reprodução/Twitter/Artes Depressão)
Meme sobre calor cita Senhor dos Anéis (Foto: Reprodução/Relike.com.br)Meme sobre calor cita Senhor dos Anéis (Foto: Reprodução/Relike.com.br)

Escritora australiana que expôs 'bolha' de hedonismo e drogas em paraíso de turistas vê na morte de Archer um aviso sombrio de mudança de tempos.

Execução 'abala vida de fantasia' de traficantes brasileiros na Indonésia

Nevando em Bali, livro que expõe em detalhes o submundo das drogas na mais famosa ilha do arquipélago que forma a Indonésia, chama a atenção não apenas pela descrição da mistura de crime e hedonismo no paraíso turístico que recebe mais de 2 milhões de visitantes por ano.
Muitos dos traficantes entrevistados pela escritora e jornalista australiana Kathryn Bonella para o livro eram brasileiros. Entre eles, Marco Archer, que no último sábado se tornou o primeiro brasileiro executado no exterior.
Para Bonella, no entanto, o mais significativo foi o fato de Archer ter sido também o primeiro ocidental a receber a pena de morte na Indonésia.

"Bolha"
Para a australiana, a morte estourou o que ela chama de "bolha da fantasia" para os brasileiros envolvidos com o tráfico no país.
"A morte de Marco foi decididamente o que se pode chamar do fim de uma fase. Sempre se soube que o tráfico na Indonésia é punido com a pena de morte, mas as autoridades indonésias jamais tinham ido até o fim na punição a ocidentais", afirma Bonella, em entrevista à BBC Brasil.
"Ao mesmo tempo que isso não vai acabar com o tráfico em Bali, eu imagino que muitos brasileiros vão pensar duas vezes diante da próxima oportunidade de contrabandear drogas para a Indonésia. Mas duvido que isso vá durar para sempre. Há uma grande demanda por drogas em Bali, é um lugar para onde turistas do mundo inteiro vão para se divertir sem os mesmos limites vistos na maioria dos lugares do mundo."
"Rafael", um dos traficantes brasileiros mais ativos em Bali, tinha uma mansão que contava com um trampolim para pular do quarto à piscina
Para Bonella, a frequência com que encontrou brasileiros envolvidos com o tráfico na Indonésia - de transportadores de droga a ricos intermediários entre os grandes barões - é explicada pelo perfil da maioria dos viajantes do país para o arquipélago.
"Os brasileiros que encontrei tinham basicamente o mesmo perfil. Eram surfistas que viram no tráfico, em especial de cocaína, uma chance de se manter em Bali e viver uma vida de fantasia, pegando ondas, indo a festas e encontrando belas mulheres. A proximidade do Brasil com os mercados produtores de cocaína na América do Sul ajuda no acesso à droga. E, ao contrário dos habitantes de muitos países, os brasileiros viajam normalmente pelo mundo", argumenta Bonella.
Perfil diferenciado
 
Outro fator que diferencia os traficantes brasileiros que a australiana encontrou na Indonésia é o perfil social.
"Eles eram todos de classe média, com escolaridade e conhecimento razoável de inglês. Entraram no tráfico pela curtição, não por uma necessidade econômica. Queriam viver tendo do bom e do melhor. Bem diferentes das 'mulas' (transportadores de droga), que recebem pouco dinheiro para muito risco. Um dos brasileiros que conheci em Bali podia ganhar uma fortuna com uma viagem bem-sucedida", conta a australiana.
Um dos grandes exemplos foi um carioca conhecido como "Rafael", um surfista que durante anos foi uma das principais engrenagens no tráfico de cocaína em Bali e que não fazia muita questão de esconder seus lucros: dava festas homéricas em sua mansão à beira-mar, onde uma das atrações era um trampolim do qual ele saltava de seu quarto diretamente para a piscina.
A pena capital para o tráfico não impediu a Indonésia de concentrar a circulação e o uso de drogas no Sudeste Asiático
Bonella esteve na Indonésia no fim de semana e acompanhou através da mídia e de relatos de contatos a execução de Marco Archer. Embora faça questão de criticar a opção do brasileiro pelo tráfico, a australiana disse ter ficado chocada com o desfecho de um dos personagens mais citados em Nevando em Bali - numa das passagens, Bonella conta que Archer dominava o fornecimento de maconha em Bali e tinha até registrado a marca de um tipo de erva que vendia, a Lemon Juice.
"Visitei Marco na prisão durante a pesquisa para o livro. Sabia o que ele estava fazendo e de maneira nenhuma endosso o tráfico. Mas ele era carismático e até cozinhou na prisão para mim, e parecia ter muitos amigos na Indonésia, pois recebi uma série de mensagens lamentando sua morte. Sou pessoalmente contra a pena capital, em especial a tortura psicológica que foi Marco ter vivido mais de dez anos com a possibilidade de execução pairando sobre sua cabeça."
Surfistas brasileiros, segundo Bonella, usaram o tráfico como forma de manter um estilo de vida confortável na Indonésia
Numa das visitas, Bonella foi apresentada a Rodrigo Gularte, o outro brasileiro condenado à morte e cuja execução poderá ocorrer ainda este ano. Foi no livro da australiana que veio à tona uma suposta tentativa de suicídio do brasileiro após o anúncio da sentença, em 2005.
"Não pude comprovar, mas me pareceu claro que Rodrigo tinha sido afetado de maneira bem diferente de Marco", disse.
 'Mais perigoso'

A australiana disse não acreditar que a pressão internacional sofrida pela Indonésia nos últimos dias, inclusive com a retirada dos embaixadores de Brasil e Holanda (que também teve um cidadão executado no fim de semana), poderá mudar o destino do brasileiro e dois australianos também no corredor da morte.
"Não me parece que os protestos vão alterar a política de Joko Widodo (o presidente da Indonésia). Há um forte sentimento antidrogas entre a população local", avalia.
"Os traficantes devem estar assustados, mas o tráfico não vai parar. Há muita demanda, até porque a Indonésia é usada como centro de distribuição das drogas para outros países asiáticos e mesmo a Austrália. Só que agora os envolvidos sabem que a situação ficou ainda mais perigosa", opina Bonella.

Peritos não encontram vestígios de pólvora na mão de promotor argentino.

Bilhete deixado para empregada coloca em dúvida hipótese de suicídio. Presidente Cristina Kirchner volta a comentar morte de Alberto Nisman no Facebook


BUENOS AIRES — A promotora argentina Viviana Fein, que investiga a causa da morte de Alberto Nisman, afirmou nesta terça-feira que não foram encontrados vestígios de pólvora nas mãos do promotor que denunciou a presidente Cristina Kirchner, segundo o jornal argentino “La Nación”. A partir desta terça-feira, o caso ficará a cargo da juíza Fabiana Emma Palmaghini.
Viviana Fein explicou que a autópsia indicava que o promotor teria se matado, porque não houve “intervenção de terceiros”, mas ela não descartou a possibilidade de suicídio induzido.
Outro dado que coloca em dúvida a hipótese de suicídio foi a descoberta de um bilhete escrito por Nisman para a empregada com a lista de compras que ela deveria fazer na segunda-feira.
De acordo com relatos preliminares, o promotor deu um tiro na cabeça com uma pistola calibre 22, horas antes de apresentar no Congresso detalhes sobre sua investigação, na qual acusa Cristina de acobertar a participação de iranianos no atentado contra a sede da Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA) em 1994.
O chefe do Gabinete argentino, Jorge Capitanich, pediu nesta terça-feira para investigar se houve “pressão ou extorsão” na morte de Nisman.
— É absolutamente imprescindível fazer várias perguntas: por que no sábado (o promotor) pediu uma arma. Se sofria pressão, se sofria algum tipo de ameaça. Se as ameaças vinham de agentes de inteligência ou de estrangeiros. Por que interrompeu uma viagem.
Nesta terça-feira, a presidente voltou a comentar no Facebook a morte do promotor. Em sua página oficial, ela repetiu a frase publicada no dia anterior, na qual dizia que a denúncia de Nisman contra ela buscava “desviar, mentir, encobrir e confundir”.
Manifestantes atenderam à convocação das redes sociais e saíram às ruas na segunda-feira nas províncias de Beunos Aires, Tucumán, Mendoza, Rosario, Salta e Córdoba para exigir esclarecimentos sobre a morte do promotor e expressar consternação com um dos episódios de maior gravidade institucional ocorridos na última década na Argentina.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

O segredo dos Hunza, o povo que não envelhece

Mulheres de 40 anos com aparência de adolescentes, outras dão à luz aos 65 e maioria das pessoas vive mais de 110 anos. Conheça os Hunza, o povo que "não envelhece".
O vale do rio Hunza, na fronteira com a Índia e o Paquistão, é chamado de "oásis de juventude", e não é em vão: os habitantes da região vivem até 110-120 anos, quase nunca ficam doentes e possuem uma aparência muito jovem.
O povo de Hunza destaca-se em muitos aspectos entre as nações vizinhas tanto que fisicamente lembram os europeus e falam sua própria língua-o burushaski- que é diferente de qualquer outra no mundo, e professam um Islã especial, o ismaelita, informa o site Marketium.
No entanto, o mais surpreendente desta pequena nação situado entre as serras da região é a sua notável capacidade de manter sua juventude e saúde: os hunza banham-se em água gelada, mesmo a 15 graus abaixo de zero, jogam jogos desportivos, inclusive após os 100 anos, mulheres 40 anos parecem adolescentes e de 65 dão à luz. No verão, comem frutas e vegetais crus; no inverno, damascos secos, brotos de feijão e queijo de ovelha.
O médico escocês Robert McCarrison, que foi o primeiro a descrever o 'Vale Feliz', enfatizou que os Hunza consomem quase nenhuma proteína. Um dia, em média, comem 1.933 calorias, incluindo 50 gramas de proteína, 36 gramas de gordura e 365 gramas de carboidratos.
De acordo com as conclusões de McCarrison, precisamente a dieta é o principal fator da longevidade desta nação. Por exemplo, as nações vizinhas, que vivem nas mesmas condições climáticas, mas não comem adequadamente, sofrem de uma variedade de doenças e têm uma expectativa de vida 2 vezes mais curta.
Outro especialista, R. Bircher, destacou os seguintes benefícios do padrão alimentar dessa nação incrível: é vegetariano, tem uma grande quantidade de alimentos crus, frutas e vegetais predominam na dieta, os produtos são totalmente naturais e têm períodos regulares de jejum.
Sobre o segredo de sua longevidade, o povo de Hunza recomendam manter uma dieta vegetariana, trabalhar e estar em constante movimento. Entre outros benefícios desta forma de vida, figuram a alegria incluem - os hunza sempre estão de bom humor - e controle dos nervos, não conhecem o stress.
Vale de Hunza com riacho vindo das montanhas geladas (retirado de Wikipedia)
Povo do Vale de Hunza
Este povo está situado nas montanhas do Himalaia no extremo norte da Índia, onde se juntam os territórios de Caxemira, Índia e Paquistão. São apenas 30 mil habitantes em um vale paradisíaco com 2500 mil metros de altitude, nas montanhas do Kush Hindu
Vale de Hunza com as montanhas geladas e o córrego proveniente das geleiras
A região onde vive os Hunza é chamada de “Oasis da Juventude”. Seus habitantes amigáveis e hospitaleiros quase nunca ficam doentes, eles aparentam serem muito mais jovens do que realmente são e lá processo de envelhecimento parece caminhar mais lento. Inclusive pessoas com 100 anos disputam partidas a céu aberto. Não é raro os anciões atingirem os 130 anos e alguns deles os 145 anos, segundo Chrisitan H Godefroy autor do livro ”Os Segredos de Saúde dos Hunzas”.

Foi um médico escocês, Mac Carrisson que descobriu esse povo e com ele conviveu por 7 anos. Primeiramente constatou que os Hunzas eram dotados de uma saúde excepcional. Parece que eram imunizados contra as doenças modernas principalmente o câncer e o infarto do miocárdio e que não conheciam a palavra, doença. De fato, eles estão resguardados da artrite, varizes, obstipação intestinal, úlceras gástricas, apendicites e o mais surpreendente é que as crianças não apresentam caxumba, sarampo ou varicela e a mortalidade infantil é muito baixa. Não é raro ver os Hunzas de 90 anos procriarem e as mulheres com mais de 80 anos passarem por mulheres ocidentais com 40 anos, isto se estiverem em plena forma.
O Dr. Mac Carrisson referiu ter encontrado mulheres Hunza “com mais de 80 anos que executavam, sem a menor aparência de fadiga, trabalhos físicos extremamente árduos durante horas. Vivendo nas montanhas, elas são obrigadas a subir desníveis consideráveis para realizar as suas tarefas quotidianas. Além disso, mesmo em idade avançada as mulheres Hunza permanecem esbeltas e têm um porte de rainha, caminhando com agilidade e elegância. Elas não conhecem a existência da palavra dieta e ainda menos a da obesidade. A celulite também não tem qualquer significado para elas. Os homens são igualmente surpreendentes devido à resistência e vigor, apesar da idade”.

Segundo o livro acima citado, a regra de base da alimentação desse povo é a frugalidade: “Uma frugalidade que não seria excessivo qualificar de extrema.

Os Hunza só tomam duas refeições por dia. A primeira refeição é ao meio-dia. Ora como os Hunza se levantam todas as manhãs por volta das cinco horas, isto pode surpreender-nos, a nós que estamos habituados a tomar almoços copiosos, embora a nossa vida seja essencialmente sedentária. Os Hunza conseguem realizar os seus trabalhos árduos de agricultura durante toda a manhã com o estômago vazio”.

É interessante comentar que a atividade física ou exercício feito em jejum proporciona os maiores efeitos de indução enzimática das enzimas antioxidantes, SODCu-Zn citoplasmática e a SODMn mitocondrial, entretanto devemos salientar que o aumento da capacidade antioxidante não proporciona longevidade de 110- 120 anos.

Já a frugalidade, com uma restrição calórica de 30% é a única maneira provada na literatura médica de bom nível de aumentar a expectativa de vida de mamíferos.

Ainda de acordo com o livro de Godefroy, “Os Hunza alimentam-se principalmente de cereais, incluindo a cevada, o milho miúdo, o trigo mourisco e o trigo candial (novo). Consomem igualmente, com regularidade, frutas e legumes que, de um modo geral, comem frescos e crus ou cozidos apenas muito ligeiramente.

Entre os seus frutos e legumes prediletos, contam-se a batata, as ervilhas, o feijão, a cenoura, o nabo, a abóbora, o espinafre, a alface, a maçã, a pêra, o pêssego, abricó (apricot), as cerejas e as amoras. O caroço do abricó é particularmente apreciado e sempre presente na mesa dos Hunza. Eles consomem a amêndoa do caroço do abricó ao natural ou extraem-lhe o óleo através de um processo transmitido de geração em geração.
O leite e o queijo são para os Hunzas uma importante fonte de proteínas animais. Quanto à carne, não é completamente banida da mesa, mas só é consumida em ocasiões raras, por exemplo, em casamentos ou em festas, e mesmo aí as porções são extremamente reduzidas. A carne é cortada em pequenos bocados e cozida muito lentamente. É rara a carne de vaca e a de carneiro, já que a de criação é mais acessível. Mas o que é mais importante reter é que, sem serem totalmente vegetarianos, os Hunzas, em grande parte devido a razões exteriores, não concedem lugar à carne no seu menu quotidiano”.  
O iogurte ocupa, tal como os legumes, um lugar importante na alimentação. Não foram somente os Hunza que compreenderam as propriedades do iogurte. Os Búlgaros, que são grandes adeptos do iogurte, contam na sua população mais de 1666 nonagenários por milhão de habitantes. No ocidente, temos apenas nove nonagenários por milhão de habitantes. A diferença, que é considerável, dá o que pensar e incentiva certamente o consumo de iogurtes. Entretanto, nonagenários com doenças é muito diferente do que estamos tratando aqui.

“As nozes, as amêndoas, as avelãs e os frutos ocupam um lugar importante no menu Hunza. Acompanhados de frutas ou de verduras, por exemplo, na salada, constitui para eles uma refeição completa. Não se pode falar devidamente da alimentação do povo Hunza sem fazer referência a um alimento que é a sua base, ou seja, um pão especial chamado chapatti. Os Hunzas comem este pão em todas as refeições. Os especialistas acreditam que o consumo regular deste pão especial tem influência no fato de um Hunza de 90 anos ainda conseguir fecundar uma mulher, o que, no Ocidente, não passaria de uma fantástica proeza. O chapatti contém realmente todos os elementos essenciais, pois na sua composição entram a farinha de trigo integral, incluindo o gérmen da semente e as farinhas de cevada, de trigo mourisco (sarraceno) e de milho miúdo”
No livro de Godefroy encontramos a receita deste pão, alimento indispensável na mesa deste povo. “As quantidades que indicamos dão para dez doses. A preparação não é muito demorada, exigindo menos de uma hora. Em primeiro lugar, obtenha grãos de moagem recente. Uma mistura de 250 gramas de trigo candial (novo) e de trigo sarraceno dá excelentes resultados nas seguintes proporções: 1/3 de trigo candial e 2/3 de trigo sarraceno, ou seja, no caso que apresentamos, cerca de 80 gramas de trigo candial e 170 gramas de trigo sarraceno, meia colher das de café de sal grosso e 100 gramas de água. Comece por misturar o sal com a farinha. Acrescente lentamente a água, misturando bem para obter uma mistura homogênea, sem grumos. Logo que acabe de colocar toda a água, trabalhe a massa sobre uma superfície enfarinhada, até ela deixar de se colar aos dedos. Embrulhe-a num pano úmido e deixe-a em repouso durante meia hora. Em seguida faça bolas de cerca de 4 cm de diâmetro e calque-as de modo a formar uma espécie de bolachas muito finas. Coze-las em fogo brando, sobre grelha fina ligeiramente untada. Vire-as a meio da cozedura. O chapatti pode ser servido de diversas maneiras, com queijo, compotas, mel...” 
“É importante ressaltar que para o povo Hunza não existe a aposentadoria, as pessoas mesmo com idade avançada, além do respeito com que são tratadas continuam as suas atividades com alegria e disposição. Os idosos são alvo de uma grande admiração por parte dos jovens. Em vez de interromperem bruscamente as suas atividades, eles optam por modificar gradualmente a natureza das mesmas, o que, de resto, não os dispensa sequer das atividades físicas às quais se entregam até uma idade avançada”, segundo o livro referência.
Infelizmente o autor não lança nenhuma hipótese para o que está acontecendo em Hunza, exceto o nobre convite para nós ocidentais imitarmos o quanto possível a alimentação e o estilo de vida deste povo. Como já ressaltamos dieta ou estilo de vida não explica a grande longevidade sem doenças encontradas nestas regiões, entretanto, esses preceitos são de enorme importância para uma vida com saúde.

Chrisitan H Godefroy autor do livro ”Os Segredos de Saúde dos Hunzas”.


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