quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Estudo apresentado por químico em conferência na Itália afirma que Terra não teria como suportar minerais que ajudaram na formação da vida.

Cientista sugere que vida começou em Marte


Um estudo apresentado em uma conferência científica sugere que a vida pode ter começado em Marte antes de chegar à Terra.
A teoria foi apresentada pelo químico Steven Benner, do Instituto de Ciência e Tecnologia de Westheimer (EUA), em na Conferência de Goldschmidt, em Florença, na Itália.
A forma como átomos se juntaram pela primeira vez para formar os três componentes moleculares dos seres vivos - RNA, DNA e proteínas - sempre foi alvo de especulação acadêmica.
As moléculas não são as mais complexas que aparecem na natureza, ainda assim não se sabe como elas surgiram. Acredita-se que o RNA (ácido ribonucleico) foi o primeiro a surgir na Terra, há mais de três bilhões de anos.
Hostil
Uma possibilidade para a formação do RNA a partir de átomos, como carbono, seria o uso de energia (calor ou luz). No entanto, isso produz apenas alcatrão.
Para criação do RNA, os átomos precisam ser alinhados de forma especial em superfícies cristalinas de minerais. Mas esses minerais teriam se dissolvido nos oceanos da Terra naquela época.
Benner diz que esses minerais eram abundantes em Marte. Ele sugere que a vida teria surgido primeiro em Marte, seguindo para a Terra em meteoritos.
Na conferência em Florença, o cientista apresentou resultados sugerindo que minerais que contém elementos como boro e molibdênio são fundamentais na formação da vida a partir dos átomos.
Ele diz que os minerais de boro ajudam na criação de aros de carboidrato, gerando químicos que são posteriormente realinhados pelo molibdênio. Assim surge o RNA.
O ambiente da Terra, nos primeiros anos do planeta, seria hostil aos minerais de boro e ao molibdênio.
'É apenas quando o molibdênio se torna altamente oxidado que ele é capaz de influenciar na formação da vida', diz Benner.
'Esta forma de molibdênio não existira na Terra quando a vida surgiu, porque há três bilhões de anos a Terra tinha muito pouco oxigênio. Mas Marte tinha bastante.'
Segundo ele, isso é 'outro sinal que torna mais provável que a vida na Terra tenha chegado por um meteorito que veio de Marte, em vez de surgido no nosso planeta'.
Outro fator que reforçaria a tese é o clima seco de Marte, mais propício para o surgimento de vida.
'As evidências parecem estar indicando que somos todos marcianos, na verdade, e que a vida veio de Marte à Terra em uma rocha', disse Benner à BBC.
'Por sorte, acabamos aqui - já que a Terra certamente é o melhor entre os dois planetas para sustentar vida. Se nossos hipotéticos ancestrais marcianos tivessem ficado no seu planeta, talvez nós não tivéssemos uma história para contar hoje.'

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

ONS diz que energia foi restabelecida em todas as capitais do Nordeste

Ainda pode haver falta de energia em cidades no interior, diz operador.
Houve queda de energia de grandes proporções no NE às 15h03, diz Aneel.
A energia foi restabelecida em todas as capitais do Nordeste do país, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O operador diz que ainda pode haver falta de energia, no entanto, nas cidades no interior.
O ONS diz ainda não saber a extensão do problema nem a causa.
A área de fiscalização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) disse que houve uma queda de energia de grandes proporções no Nordeste às 15h03, derrubando a carga para 10% do nível normal - de 10.000 megawatts para 1.000 megawatts.
A agência disse que, após a apuração das causas pelo ONS, fará a fiscalização do problema e, se houver culpados, aplicará multa.
"Não sabemos o que está acontecendo, não tem informação nenhuma, ainda estamos apurando, estamos verificando tudo isso. Está havendo (o apagão) e está sendo restabelecido (o serviço)", disse o Operador Nacional do Sistema (ONS).
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que acompanhava uma reunião na Petrobras, no Rio de Janeiro, na tarde desta quarta-feira, se dirigiu à sede do ONS assim que recebeu a notícia do apagão, segundo sua assessoria. A prioridade do ONS, de acordo com a assessoria do ministro, é restabelecer a energia o mais rápido possível.
Chesf
Segundo o superintendente de Operação da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), João Henrique Franklin, houve queda de energia no Nordeste, e foi registrada falta de energia no Piauí, Paraíba, Alagoas, Ceará,Sergipe, Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
O problema foi observado por volta das 15h desta quarta. O superintendente informou que está fazendo o diagnóstico do ocorrido na Central de Operações da Chesf, que fica no Recife.
No ano passado
Em 2012, a região Nordeste enfrentou apagões em setembro e outubro. Em 22 de setembro, segundo o ONS, um problema nas interligações Sudeste/Norte e Sudeste/Nordeste, atingiu o fornecimento de energia elétrica em parte da região Nordeste do país.
Em outubro, outra ocorrência afetou os nove estados do Nordeste do país no final da noite do dia 25 e início da madrugada do dia 26.

Eike Batista renuncia à presidência do conselho da LLX

Para ocupar o cargo deixado por Eike, foi eleito Roberto D'Araujo Senna.
Controle será transferido para a EIG Management Company.

O empresário Eike Batista renunciou ao cargo de presidente do conselho da LLX, companhia de logística do grupo EBX, segundo informou a empresa em fato relevante divulgado nesta quarta-feira (28), seguindo o acordo de transferência do controle para a EIG Management Company anunciado em meados de agosto.
Para ocupar o cargo deixado por Eike, foi eleito Roberto D'Araujo Senna, que já fazia parte do conselho. Ainda segundo a LLX, Aziz Ben Ammar também renunciou ao seu cargo no conselho.
No último dia 14, a companhia anunciou ter firmado um termo de compromisso para receber investimento de R$ 1,3 bilhão da empresa do setor de energia EIG Management Company, que vai assumir o contole da companhia.
"O Grupo EIG se comprometeu a subscrever a totalidade das ações que poderiam ser subscritas pelo Acionista Controlador, que cederá gratuitamente seu direito de preferência ao Grupo EIG", diz o comunicado. O EIG também se comprometeu a subscrever a totalidade das ações não subscritas pelos acionistas minoritários, até o limite total de subscrição no montante de R$ 1,3 bilhão.
Na ocasião, a LLX também disse que o atual acionista controlador, Eike Batista, deixaria de integrar a administração da empresa, mas que continuaria sendo um acionista relevante.
"Quando a operação for concluída, o Grupo EIG se tornará o novo acionista controlador da LLX. O
atual acionista controlador deixará de integrar a administração da Companhia, mas continuará a
ser um acionista relevante, e preservará o direito de indicar um membro do conselho de
administração da LLX", diz o comunicado.
As ações que serão emitidas em decorrência do aumento do capital terão o preço de emissão
fixado em R$ 1,20 e será conferido aos acionistas minoritários, o direito de preferência para participação no aumento de capital.
MPX
Em julho, Eike Batista renunciou ao conselho de administração da MPX – empresa de energia com negócios complementares em geração elétrica e exploração e produção de gás natural na América do Sul. Também foi feito um aumento de capital privado de R$ 800 milhões para reforçar o caixa da companhia em meio a turbulências enfrentadas no mercado.
De acordo com a MPX, na operação, a empresa alemã E.ON - que detém 24,5% do capital da MPX e compartilha o controle da geradora térmica com o empresário - investirá até R$ 366 milhões, e o banco BTG Pactual, seu assessor financeiro, se comprometeu a dar o restante. Esse aumento de capital vai substituir a oferta pública de ações inicialmente prevista. A decisão foi tomada, de acordo com a empresa, diante da "deterioração das condições de mercado nas últimas semanas".

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Bovespa opera em baixa em meio a incertezas sobre Síria

Possível ação militar contra o governo sírio pesava sobre os mercados.
Na segunda, Ibovespa teve desvalorização de 1,47%, a 51.429 pontos.

O principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) iniciou a terça-feira (27) operando no vermelho, em um pregão em que incertezas sobre uma possível ação militar contra o governo da Síria pesavam sobre os mercados acionários globais e levavam investidores a buscar ativos menos arriscados, diz a agência Reuters.
 Às 13h24, o Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, recuava 1,67%, a 50.568 pontos, pressionado pela preferencial da Petrobras, que tinha desvalorização de mais de 2%.Veja cotação
A possibilidade iminente de um ataque de potências ocidentais contra a Síria para punir o presidente Bashar al-Assad pelo suposto uso de armas químicas contra civis levava investidores a se livrarem de aplicações mais arriscadas como ativos de países emergentes.
Nesta sessão, lideravam as perdas do Ibovespa os papéis da petroleira OGX, depois da empresa ter desistido da aquisição de blocos que arrematou sozinha na 11ª rodada de leilões de áreas de petróleo, realizada em maio.
As ações das construtoras Rossi, Gafisa, PDG e Cyrela também pressionavam a queda do índice.
Nesta terça-feira, Sondagem Conjuntural da Construçãodivulgada pela Fundação Getulio Vargas (FGV) apontou que o Índice de Confiança da Construção (ICST) recuou 4,7% no trimestre encerrado em agosto na comparação com um ano antes. No trimestre até julho, o índice havia recuado 4% na mesma comparação.
Na segunda-feira (26), o principal índice da Bovespa fechou em queda de 1,47%, em 51.429 pontos.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Bolsa fecha em queda com investidores embolsando lucros

Ibovespa teve desvalorização de 1,47%, para 51.429 pontos.
Petrobras e construtoras tiveram as maiores quedas e ajudaram na queda.

O principal índice da Bovespa fechou em queda na tarde desta segunda-feira (26), com investidores aproveitando a agenda fraca para vender ações e embolsar os lucros. Petrobras e de construtoras pressionaram a queda do índice, com quedas acima de 6%.
Ao longo da semana, haverá a divulgação de importantes dados econômicos.
O Ibovespa terminou com desvalorização de 1,47%, em 51.429 pontos, após ter encerrado a última sessão em seu maior nível em 11 semanas. Veja cotação
A queda foi generalizada -- das 71 ações que compõem o índice, apenas cinco avançaram. O giro financeiro do pregão foi de R$ 6,2 bilhões.
Sem prever outros impulsos para as ações continuarem subindo, após a alta da semana passada, alguns investidores embolsaram lucros nesta segunda. No mês de agosto, a bolsa tem alta de 6,62%, mas no ano tem queda de 15,62%.
"Tivemos um processo de alta bastante relevante em agosto, o que inspira cuidados por parte de investidores", afirmou o economista André Perfeito, da Gradual Investimentos.
A aceleração da queda aconteceu perto do fim da sessão, quando as bolsas americanas inverteram leve alta após uma declaração do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, que disse que todos os países devem se unir para esclarecer as responsabilidades pelo uso de armas químicas na Síria.
Estabilidade
O índice passou a maior parte do dia com pouca variação, perto da estabilidade, em um pregão também fraco nos mercados internacionais.
Nesta semana, a atenção do mercado está focada na divulgação dos dados do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no segundo trimestre, na quinta-feira, cujo resultado pode influenciar decisões do Fed sobre política monetária.
O resultado do PIB brasileiro no mesmo período deve ser conhecido na sexta-feira.
Ações
A ação preferencial da Petrobras exerceu a principal pressão de baixa no Ibovespa, após ter acumulado valorização de 13,9% em agosto até sexta-feira, em meio à expectativa de um reajuste nos preços de combustíveis.
As construtoras Rossi Residencial, Gafisa e B2W foram outros destaques de queda, com perdas de mais de 6%.
Também pesaram sobre o índice as ações da operadora Oi. Segundo o operador de renda variável Luiz Roberto Monteiro, da Renascença Corretora, os papéis foram afetados por uma notícia da revista "Veja" afirmando que um deputado do PT teria oferecido "honorários" para que um conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) agisse a favor da empresa, principalmente sobre às multas aplicadas pelo órgão regulador.
Em nota, a Oi negou as acusações e afirmou que "desautoriza qualquer pessoa que tente atuar indevidamente em seu nome em atos que estejam em desacordo com a lei".

domingo, 25 de agosto de 2013

Cientistas estudam migração misteriosa nos EUA

Postada sobre um penhasco solitário, sob o qual corre o poeirento rio San Pedro, a cerca de 50 km a leste de Tucson, Arizona, a velha ruína rochosa que os arqueológicos denominam sítio do rancho Davis parece incongruente. Da margem oposta, as paredes demolidas da ruína Reeve são igualmente surpreendentes. Cerca de 700 anos atrás, como parte de uma vasta migração, o povo anasazi, movido por motivos desconhecidos, veio do norte e formou assentamentos como esses, deixando sua marca única na região.

» Veja fotos das ruínas
"Saldo policromático", diz um arquéologo visitante, revirando nas mãos um caco de cerâmica. Avermelhado do lado de fora e exibindo um padrão que alterna preto e branco por dentro, o fragmento se destaca na comparação com os utensílios bem mais simples produzidos pelos hohokam, cujo território os anasazi ocupariam.
Os imigrantes anasazi - os arqueólogos traçaram sua presença nas mesas e cânions em torno de Kayenta, Arizona, não muito longe da atual reserva indígena hopi - eram peculiares também de outras maneiras. Gostavam de construir em pedra (os hohokam usavam gravetos e barro), e seus kivas (câmaras de cerimônia), como aqueles que deixaram em sua terra de origem, eram inconfundíveis: retangulares, e não redondos, com um banco de pedra em torno do perímetro interno, um fogareiro central e um sipapu, ou poço dos espíritos, simbolizando a passagem pela qual os primeiros seres humanos emergiram das entranhas da terra.
"Poderíamos transferir tudo isso para Hopi e não sentiríamos a diferença", diz John Ware, o arqueólogo que está comandando a expedição, enquanto examina um kiva no rancho Davis. Encontrá-lo lá é como tropeçar em um pagode budista na savana africana.
Por cinco dias, no final de fevereiro, Ware, diretor da Fundação Amerind, um centro de pesquisa arqueológica em Denver, recepcionou 15 colegas para o estudo de uma questão incômoda e persistente na arqueologia do sudoeste dos Estados Unidos. Por que, no final do século XIII, milhares de anasazis deixaram seus assentamentos no altiplano do Colorado e se transferiram para o sul, rumo ao Arizona e Novo México?
Os cientistas no passado acreditavam que a resposta se devesse a fatores impessoais, como a chegada de uma grande seca ou de uma era glacial transitória. Mas com o acúmulo cada vez maior de indícios, essas hipóteses parecem um tanto frouxas - além de apegadas demais ao determinismo. Como os seres humanos atuais, os anasazi eram presumivelmente pessoas complexas, com a capacidade de tomar decisões - boas e más - sobre como reagir a mudanças em seu ambiente. Eles não eram vítimas de forças superiores, mas artífices de seu destino.
Alguns arqueólogos estão tentando ir além das alterações no clima e estudar os efeitos da guerra e da crescente complexidade da sociedade anasazi. Estão estudando com mais atenção os artefatos antigos e encontrando indícios de uma disputa ideológica e pistas quanto ao estado de espírito dos anasazi.
"O final do século 13 foi um período de substancial fermentação social, política e religiosa, e de experimentação", disse William Lipe, arqueólogo da Universidade Estadual de Washington.
"Não é possível que tenha existido uma situação na qual centenas de comunidades locais, por motivos individuais, específicos, tenham decidido se transferir, por simples acaso", disse Lipe. "É preciso que houvesse algo de mais geral em ação".
Quando os cientistas examinam a largura dessemelhante dos anéis das árvores, percebem uma seca cruel que afligiu o sudoeste durante o último quarto do século XIII, o pico do período de abandono. Mas já haviam acontecido secas severas antes disso. "As condições gerais eram bastante desfavoráveis nos anos 1200", disse Timothy Kohler, da Universidade Estadual de Washington. "Mas talvez não fossem de todo piores do que o acontecido no século 10 e as pessoas não deixaram sua área".
Até mesmo nas piores épocas, os grandes cursos aquáticos continuavam fluindo. "O rio Provo não secou", disse James Allison, arqueólogo da Universidade Brigham Young. "O rio San Juan não secou. O clima provavelmente explica muito. Mas havia lugares nos quais as pessoas podiam ter ficado e plantado e optaram por não fazê-lo", afirmou Allison.
Alguns habitantes deixaram o clima relativamente luxuriante do que hoje é o sul do Colorado pelas mesas sempre áridas das terras hopi. "O clima seria a explicação mais sensata para essa grande mudança de padrão", disse Lipe. "Mas aí você se pergunta quem iria a Hopi para escapar disso".
Hopi estava longe de ser anomalia. "Todo o processo de abandono dos Four Corners, pelo menos no Arizona, envolve pessoas se transferindo para lugares ainda piores", disse Jeffrey Dean, arqueólogo do laboratório de pesquisa arbórea da Universidade do Arizona.
Alguns arqueólogos propuseram que o resfriamento do clima é que precipitou o movimento. Medições da espessura da camada de pólen, acumulada ao longo de décadas no fundo de lagos e pântanos, sugerem que as estações de cultivo estavam encurtando. Mas mesmo quando combinada a uma seca, essa tendência pode ter representado golpe menos que decisivo.
Pouco depois do abandono, a seca acabou. "As reconstruções baseadas nos anéis de madeira das árvores demonstram que, entre 1300 e 1340, o clima foi notavelmente úmido", diz Larry Benson, paleoclimatologista do Projeto do Clima de Região Áridas, parte do Serviço de Levantamento Geológico dos Estados Unidos. "Se eles tivessem decidido ficar..." Mas mesmo quando as chuvas passaram, as pessoas nunca o fizeram.

sábado, 24 de agosto de 2013

Serviço de telefonia VoIP da Telexfree é clandestino, informa Anatel

Empresa foi autuada por fornecer a tecnologia sem aval e pode ser indiciada pela PF
O sistema de telefonia por internet (VoIP, na sigla em inglês) da Telexfree é clandestino, informou a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Por essa razão, a empresa foi autuada pelo órgão e poderá ser investigada pela Polícia Federal.
A Telexfree está com as atividades suspensas há 66 dias por decisão judicial , acusada pelo Ministério Público do Acre (MP-AC) de ser a maior pirâmide financeira do País. Cerca de 1 mihão de pessoas aderiram ao negócio, e pagaram taxas de adesão que vão de R$ 722 a R$ 3.322.
Para os promotores, o faturamento da empresa depende sobretudo dessas taxas. Por isso, quando não houver mais gente interessada, o esquema quebra.
Leia também: Saiba diferenciar pirâmide de marketing multinível e esquema Ponzi
Lucro viria do VoIP
Os representantes da empresa negam irregularidades e argumentam que os recursos da empresa vêm, justamente, da venda de pacotes de telefonia VoIP.
Mas, em maio, uma equipe de fiscalização da Anatel visitou a sede da Telexfree em Vitória (ES) e constatou que a empresa não tem a autorização para operar Serviço de Comunicação Multimídia (SCM). Esse aval é necessário, pois os serviços VoIP da Telexfree permitem a ligação para telefones convencionais.
A Anatel multou a Telexfree em R$ 4 mil. Além disso, o caso foi comunicado à Superintendência da Polícia Federal em Vitória, no dia 27 de junho. Procurada no fim da tarde desta quinta-feira (22), a corporação não informou se foi aberto algum inquérito.
Aquisição
Em março deste ano, a Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda (Seae/MF) já havia sugerido que a Telexfree não tinha infraestrutura para oferecer o VoIP no Brasil e nem acordo com alguma operadora de telefonia.
Questionado pela reportagem à época, Carlos Costa, um dos diretores da Telexfree, afirmou que esse contrato era feito com uma operadora de telefonia nos Estados Unidos . Ele se recusou, porém, a indicar o nome.
Nesta quarta-feira (21), em audiência pública na Câmara dos Deputados , perguntado sobre o fato, Costa argumentou que a Telexfree havia adquirido a Voxbras, uma empresa que possui autorização para prestar os serviços VoIP.
"Como o nosso serviço trabalha dos EUA para cá, porque nosso data center [ centro de dados ] fica nos EUA, nós tomamos a providência. Quando a Anatel em abril começou a cobrar da gente a exigência, nós adquirimos a Voxbras, que é uma empresa brasileira com todas as regulamentações da Anatel", disse Costa.
Insuficiente
Mas, de acordo com a agência reguladora, essa aquisição não é suficiente, até o momento, para permitir que a Telexfree opere no mercado de telefonia VoIP. Isso porque ainda não foi feita, junto à Anatel, a alteração da composição societária da Voxbras.
"Há um pedido de alterações societárias ocorridas no grupo Simternet Tecnologia da Informação Ltda. [ razão social da Voxbras ] e no momento a atualização documental por parte da Simternet está pendente. A Anatel oficiou para complementar as informações trazidas aos autos para poder se pronunciar de forma definitiva", informou a agência, em nota.
Procurada no fim da tarde desta quinta-feira (22), a procuradora da Voxbras junto à Anatel disse que não estava disponível imediatamente para comentar o assunto. A reportagem deixou recado no telefone de Draico Vaz, indicado pela procuradora, mas não recebeu resposta.
Os representantes da Telexfree não comentaram.
 

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Tendência é que seca e falta de água piorem no mundo

Se já foi muito ruim a seca no Nordeste este ano, tudo indica que vai piorar. Patrick Thomas, superintendente adjunto de regulação da Agência Nacional das Águas (ANA), disse ontem que o armazenamento de água na região está 15% menor do que no ano passado. O estudo que Thomas mostrou para a plateia de convidados do Seminário Água e Agricultura que aconteceu ontem em São Paulo dá conta de um fenômeno cruel: o Brasil tem muita água onde não tem gente, e água insuficiente onde está a maioria da população:
—- Dados das nossas bacias hidrográficas mostram que há 74% de disponibilidade de água na Região Amazônica, onde só tem 5% da população, e 26% de água no resto do país, onde moram 95% da população – disse ele.
Para se ter uma ideia do que isso representa, a Sabesp (companhia de água de São Paulo) já está precisando buscar água na Bacia de Piracicaba para prover a população paulistana porque a Bacia do Tietê já não tem água suficiente para a demanda. Sem falar na qualidade da água, que em regiões metropolitanas já é muito prejudicada.
E a tendência, como já se tem falado bastante, é só aumentar a demanda, no Brasil e no mundo. O último gráfico da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) traz um estudo com projeção para 2050 mostrando que a procura por água no planeta vai crescer 53%. Para os Brics (Brasil, Russia, Índia, China e África do Sul) a projeção é de que haja um aumento ainda maior, de 80%, já que são países que estão em desenvolvimento.
— A mensagem é a seguinte: se não aprendermos a gerenciar o uso da água, vamos parar de crescer – disse o especialista.
Desde 2006, o governo federal lançou o Plano Nacional de Recursos Hídricos, em parte para tentar fazer esse gerenciamento de maneira mais racional. Em 2000 já havia sido criada a ANA, um degrau acima da Lei das Águas, de março de 1997, que substituiu o Código de 1934, tempo de fartura, que dizia o seguinte: se a pessoa comprasse uma fazenda, por exemplo, a água que encontrasse nela lhe pertencia. Hoje a história é outra. Quem outorga o direito à água é a ANA, e todas as instituições financeiras são obrigadas a exigir outorga para implantação, financiamento e custeio de qualquer projeto.
—- O Banco Central estima, em média, cem mil contratos ao ano para todo o país e 10% dos usuários da ANA são federais. Em 2012, foram 500 outorgas, o que quer dizer que teremos que aumentar em 20 vezes a quantidade de outorgas. Vamos precisar simplificar o processo e aumentar equipe para dar conta – disse Thomas.
Pois tudo isso foi dito num espaço onde os outros debatedores praticamente determinavam a necessidade de se aumentar a produção agrícola no país, um discurso que vai se tornando anacrônico à medida que se vai fazendo contato com o complexo binômio: aumento de população versus desgaste dos recursos naturais. Marcos Jank, que durante cinco anos presidiu a União de Indústria de Cana-de-Açúcar e agora é empresário, foi o próximo a falar e lembrou que os últimos cálculos dão conta de que seremos 9,6 bilhões de pessoas no planeta em 2050, dos quais a estimativa é que 1,6 bilhão migrarão para as cidades. E que vai ser preciso ter alimento para todos.
Levando em conta que 97,5% da água do planeta é salgada, os estudos que estão sendo feitos para dessalinizá-la já estão bastante adiantados, garantiu Jank. Comparando com a Ásia, porém, que tem 59% de população para 36% de água, o Brasil, mesmo com tanta seca, ainda assim é privilegiado: tem 15% de água para 3% de população.
— Os países asiáticos estão numa situação muito ruim. A China, por exemplo, tem 85% de autosuficiência de milho mas vai diminuir para 71%. Importar vai ter que ser a solução para estes países. E nós, do Brasil, somos parte desta solução – disse Jank.
Especialistas que pensam uma economia mais inclusiva veem com bastante cuidado o crescimento econômico baseado em produções gigantescas. A questão é que para exportar é preciso apostar em monocultura. E, se exportar produtos baseados na monocultura, o Brasil estará, assim, exportando também grandes mazelas.
Em entrevista que fiz com o ex-presidente do Consea (Conselho de Segurança Alimentar) Renato Maluf para a edição de outubro de 2011 do “Razão Social” (suplemento do jornal O Globo extinto em 2012), ele listou as tais mazelas:
— Posso dizer que mazelas são: uma parte da produção exportada baseada na monocultura, com elevada quantidade de agrotóxicos; um elevado nível de mecanização; comprometimento de biodiversidade e tudo isso com uma concentração fundiária, que é uma das causas da desigualdade social no Brasil – disse ele.
Para Maluf, cada vez é mais claro que os modelos baseados em agricultura familiar podem dar conta do recado de alimentar a população mundial se receberem incentivos por parte do Estado.
O seminário, para o qual eu fui convidada, foi organizado pela ONG Conservação Internacional, que desde 2008 faz, em parceria com a Monsanto, um programa de proteção de florestas da região Nordeste, focado no pagamento para os moradores manterem intactas as árvores que lhes pertencem. A questão é que, como lembrou Bertha Becker, geógrafa especializada em Amazônia (morta no mês passado), que entrevistamos também para o “Razão Social”, este tipo de pagamento para manter a floresta em pé pode causar uma certa letargia nos pequenos proprietários. “Ganhar dinheiro para não fazer nada?”, perguntava ela.
André Guimarães, diretor da ONG, em consonância com o discurso da empresa, garante que o caminho para o Brasil é produzir mais e mais para garantir alimento e bem estar para a população.
— Não conseguiríamos abastecer a população hoje com menos produção de soja, por isso não concordo com aqueles que veem antagonismo entre conservação e produção.
São questões importantes para se pensar, para se debater. Mas não dá para acreditar e ter como norma que o modelo que vem sendo utilizado até agora é eficaz e precisa ser multiplicado. Até porque, é bom lembrar que este mesmo modelo foi arquitetado num tempo em que se acreditava que a água era um bem infinito. Como já está fartamente documentado, não é.

Após alta de quase 2%, Bovespa opera em baixa nesta sexta-feira

Na quinta-feira (23), bolsa subiu 1,97%, para 51.397 pontos.
Dados da China e ações da Petrobras ajudaram para resultado.


O principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em baixa nesta sexta-feira (23), com investidores monitorando a reação do câmbio a medidas do governo para tentar conter a escalada do dólar. Logo no início dos negócios, contudo, o índice chegou a operar em alta.
Às 12h29, o Ibovespa recuava 0,16%, a 51.316 pontos. Veja cotação
No final desta semana, marcada por expectativas com os rumos da política monetária norte-americana e por uma alta mais forte na quinta-feira após dados positivos da China, dos Estados Unidos e da zona do euro, a bolsa tinha um dia de poucos negócios.
"Hoje a agenda está relativamente fraca (...) Ações como as de siderúrgicas, que foram influenciadas positivamente pela alta do dólar, estão tendo uma leve realização", afirmou à Reuters o analista Aloisio Villeth Lemos, da Ágora Corretora.
O dólar abriu esta manhã em queda, reagindo ao anúncio do Banco Central, na noite da véspera, de intervir diariamente no câmbio, num programa potencial de US$ 60 bilhões até o fim do ano.
As medidas do BC ocorrem após o dólar ter acumulado alta de cerca de 20% ante o real de maio até o fechamento de quinta-feira, causando preocupações em relação à inflação e ao endividamento das empresas brasileiras em moeda estrangeira.
Na véspera, números positivos da China e evidências de estabilização da economia global contribuíram e o principal índice da Bovespa fechou em alta. Também impulsionaram as ações da Petrobras, em meio a expectativas de reajuste no preço dos combustíveis.
A bolsa subiu 1,97%, para 51.397 pontos, depois de encerrar as duas sessões anteriores no vermelho, acompanhando a valorização das bolsas norte-americanas e europeias.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Consumida moderadamente, cerveja é benéfica para coração de esportista

Segundo estudos, bebidas fermentadas apresentam substâncias protetoras da saúde e podem ajudar na redução dos níveis de colesterol ruim
Não tem polêmica, apenas uma surpresa para alguns desavisados. Há vinte anos, vários estudos sobre bebidas fermentadas - cerveja e vinho - surgiram entre as pesquisas sobre a famosa Dieta Mediterrânea. A presença de substâncias protetoras da saúde – polifenóis (flavonoides e isoflavona) e fitosteróis (resveratrol) - tanto no vinho como na cerveja explicam o paradoxo de consumidores de muita gordura animal que têm baixa incidência de aterosclerose no coração na população da região mediterrânea. O vinho se consolidou como bebida saudável, se não passar de uma ou duas taças por dia.
A cerveja com álcool, uma das bebidas mais consumidas no mundo - o Brasil é o terceiro em produção e 17º em consumo per capita - agora teve também demonstrado que, se consumida moderadamente - 600 a 700ml/dia por homens e 350ml por mulheres-, produz benefíciossemelhantes aos do vinho. Ela ainda poderia ser reidratante na sua versão sem álcool, já que é composta de aproximadamente 95% de água.
Estas pesquisas científicas foram apresentadas em Congressos de Cardiologia dos EUA e da Europa, e publicadas em revistas científicas de grande impacto. Pesquisadores do Instituto de Saúde da Universidade de Griffith- Austrália criaram uma cerveja com teor alcoólico reduzido que diminui a desidratação através da adição de eletrólitos. Após um teste piloto, constataram que esta “nova versão” hidratou os indivíduos 1/3 a mais do que as outras cervejas testadas.
Citada no antigo testamento, a cerveja fez parte da dieta mediterrânea antiga e supõe-se que tenha surgido do líquido resultante do simples armazenamento da cevada em recipientes de barro expostos à chuva. Os estudos das bebidas fermentadas foram aprofundados em países como Alemanha, Grécia e Espanha. Recentes pesquisas feitas em Barcelona pela vice-presidente da Sociedade Espanhola de Cardiologia, a professora Lina Badimon, que também já atuou como pesquisadora no Mount Sinai Hospital de NY, analisaram porcos, que possuem características semelhantes aos humanos no que se refere à doença aterosclerótica.
Os animais foram divididos em três grupos, todos com dieta bem gordurosa: um grupo recebeu diariamente cerveja com teor alcoólico reduzido por 10 dias, outro grupo recebeu cerveja com teor alcoólico regular (3 a 8%) e o terceiro recebeu cerveja sem álcool. Os resultados mostraram que o grupo que mais se beneficiou da ação antioxidante no organismo foi o grupo que recebeu cerveja regular.
Nos humanos, o consumo moderado de cerveja pode trazer benefícios, principalmente para os níveis de colesterol - aumentando o HDL e diminuindo o LDL - e elevando a produção interna de óxido nítrico, o mais potente vaso dilatador e antioxidante biológico e em alguns dos fatores de coagulação sanguínea. Importante notar que, apesar de mais discretos, a cerveja sem álcool também apresentou efeitos cardioprotetores.
A cerveja nunca será um remédio, mas, sim, um hábito de vida. Para não correr o risco de alcoolismo, deve ser muito bem esclarecido que o consumo dela deve ser obrigatoriamente moderado. Crianças, gestantes, cardíacos, doentes do fígado ou que estejam usando medicações incompatíveis com o álcool não devem consumir bebidas alcoólicas.

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