terça-feira, 8 de abril de 2014

Cientistas querem criar 'fábrica de órgãos' para facilitar transplantes

Pesquisadores ingleses desenvolvem narizes e orelhas em laboratório.
Objetivo é ajudar pessoas que perderam órgãos após doenças.


Pesquisadores da University College of London, no Reino Unido, querem montar uma “fábrica de órgãos” com o objetivo de auxiliar pessoas que necessitam substituir quaisquer partes do corpo afetadas por alguma doença.
Uma das iniciativas é conduzida por Alexander Seifalian. Em 2013, ele e sua equipe produziram um nariz para um britânico, após o órgão ter sido afetado por um câncer.
O molde foi feito com a ajuda de uma solução de sal e açúcar, para imitar a textura esponjosa de um nariz real. As células-tronco utilizadas foram retiradas da gordura do paciente e cultivadas duas semanas antes de ser aplicada no órgão, implantado no antebraço do paciente até que autoridades reguladoras do Reino Unido permitam o transplante.

"É como fazer um bolo, só que usando um tipo de forno diferente", explica Alexander.
Engenharia de tecidos e órgãos
O trabalho é promissor, tanto que nesta terça-feira (8) o pesquisador se encontra com o prefeito de Londres, Boris Johnson, que vai anunciar uma iniciativa para atrair investimentos aos setores de saúde e ciência da Grã-Bretanha.
O objetivo é estimular o desenvolvimento comercial da pesquisa pioneira.

Outros cientistas, também envolvidos nesse trabalho, afirmam que a produção de determinados órgãos vai, em breve, abandonar o status de experimental.

“Estou convencida de que a engenharia de órgãos vai estar logo no mercado”, afirma Suchitra Sumitran-Holgersson, professora da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, e responsável por transplantes de vasos sanguíneos laboratoriais.
Engenharia de tecidos e órgãos é setor que tem crescido no mundo e está em desenvolvimento em diversas universidades (Foto: Matt Dunham/AP)Engenharia de tecidos e órgãos é setor que tem crescido no mundo e está em desenvolvimento em diversas universidades (Foto: Matt Dunham/AP)

quinta-feira, 6 de março de 2014

Conheça o DW2, máquina 3.600 vezes mais rápida que supercomputadores

Usando técnicas de computação quântica, o dispositivo é capaz de superar seus antecessores em potência e velocidade ao mesmo tempo em que consome bem menos energia e espaço físico
A computação quântica vem sendo exaltada como o futuro do processamento de dados, com a capacidade de realizar cálculos milhares de vezes mais rápido que os supercomputadores atuais ao mesmo tempo em que consome muito menos energia. Nos últimos dois anos, o único aparelho a usar esse conceito que já estava comercialmente disponível, o D-Wave One (DW1), dobrou sua já surpreendente capacidade. E agora ele tem um sucessor que o deixa no chinelo.
Com um hardware que o torna 300 mil vezes mais poderoso que seu antecessor, o D-Wave Two (DW2) atingiu 100 soluções em meio segundo durante um teste comparativo, produzindo resultados 3.600 vezes mais rápidos que as workstations mais avançadas rodando algoritmos de otimização CPLEX top de linha. As outras máquinas necessitaram de meia hora para atingir os mesmos resultados.

Como funciona?

Conheça o DW2, máquina 3.600 vezes mais rápida que supercomputadores (Fonte da imagem: Reprodução/BBC)
A computação quântica se diferencia do modelo clássico em seu nível mais fundamental. Enquanto os computadores tradicionais dependem dos estados de bits alternados de 1 e 0 para armazenar dados, os quânticos permitem que seus “qubits” existam como 1, 0 ou ambos simultaneamente – o que é chamado de superposição.
Dessa forma, enquanto um PC tradicional explora sequencialmente as soluções potenciais de um problema de otimização matemática, o sistema quântico observa todas as soluções potenciais simultaneamente e fornece não apenas a “melhor” resposta, mas também 10 mil alternativas aproximadas em menos de um segundo, um processo conhecido como “quantum annealing”.
Além disso, o modelo funciona de forma diferente dos computadores tradicionais, que usam portões lógicos para manipular os bits. O sistema D-Wave usa um portão adiabático, que consegue ler os estado de menos energia dos qubits para encontrar uma solução.

Superando o passado

Quando o DW1 original foi lançado, em maio de 2011, ele contava com um chip-set de 128 qubits – o que já é muitas magnitudes mais rápido que a tecnologia de supercomputadores existente – e foi prontamente comprado por laboratórios de pesquisa e companhias de defesa contratadas pelo governo norte-americano. No entanto, o novo DW2 deixa tudo isso para trás, apresentando um arranjo com nada menos que 512 qubits.
Cada qubit é um pequeno processador supercondutor que explora efeitos mecânicos quânticos – que por sua vez são amplificados à medida que mais qubits forem ligados entre si. Caso todos os 509 qubits funcionais do DW2 estivessem conectados uns aos outros, o sistema apresentaria poderes de processamento com 100 ordens de magnitude a mais que seu antecessor.
No entanto, como cada qubit do computador se comunica diretamente apenas com outros sete, formando nodos de oito que se ligam entre si, o DW2 acaba atingindo um desempenho “apenas” 300 mil vezes maior do que o DW1. Nada de se jogar fora, considerando o enorme poderio que a primeira versão já possui.

Custos do poder

Conheça o DW2, máquina 3.600 vezes mais rápida que supercomputadores (Fonte da imagem: Reprodução/The Washington Post)
Tanta força não vem sem alguns requisitos, no entanto, e o DW2 precisa de condições bastante específicas para funcionar – para não falar extremas. O aparelho opera a temperatura de apenas 0,02 Kelvin, o que é algo 150 vezes mais frio do que as profundezas do espaço interestelar e fica assustadoramente perto do “zero absoluto”. Tudo isso em um vácuo 10 bilhões de vezes mais baixo que a pressão atmosférica padrão.
O dispositivo sofre 50 mil vezes menos interferência magnética graças aos escudos pesados colocados sobre ele. Surpreendentemente, todos esses valores são atingidos com o consumo de 15,5 kW e o aparelho ocupa um espaço de apenas dez metros quadrados – o que é quase nada quando comparado aos milhares de quilowatts e armazéns inteiros tomados pelos supercomputadores tradicionais.
Empresas e instituições de peso, como a Google, a NASA e a Associação de Pesquisa Espacial das Universidades dos EUA, adquiriram seus DW2 em maio do ano passado, o que ajuda a explicar por que a Gigante das Buscas anda comprando empresas de desenvolvimento de IA e robótica. A D-Wave Systems não informa os preços do aparelho, mas a BBC estima um custo de aproximadamente U$ 15 milhões (equivalente a cerca de R$ 34,7 milhões).

Post Original http://www.tecmundo.com.br/computacao-quantica/52056-conheca-o-dw2-maquina-3-600-vezes-mais-rapida-que-supercomputadores.htm

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Aprovada a Lei que obriga o brasileiro a pintar a casa de verde e amarelo para a Copa Governo deve custear parte da tinta para os brasileiros com baixa renda

Aprovada a Lei que obriga o brasileiro a pintar a casa de verde e amarelo para a Copa
Governo deve custear parte da tinta para os brasileiros com baixa renda
 

A Lei denominada de "O Brasil é Verde e Amarelo", que obriga o brasileiro a pintar a residência com as cores verde e amarela, para assim entrar no clima da Copa e torcer pela seleção brasileira, foi aprovada pelo Congresso Nacional.
De acordo com o texto da Lei 69.666/2014-51, todo brasileiro deve pintar a parte externa de sua residência, mesmo que seja alugada, usando as cores verde e amarela, exclusivamente para o mundial de 2014.
O proprietário da casa também pode enfeitar a mesma com decorações para a Copa. Quem não pintar a casa, será penalizado com uma multa, que pode chegar de 5 a 50 mil reais, de acordo com o valor do imóvel.
Quando a Copa do Mundo terminar, o brasileiro fica livre para pintar a casa novamente com a cor anterior ou qualquer uma de preferencia.
Para facilitar, o governo pretende custear a tinta para os brasileiros pintarem as casas. Quem ganha até um salário mínimo deve receber o beneficio Bolsa Copa do Mundo. O dinheiro deve ser usado para comprar tinta e decoração.
 

FALE GRATIS PARA QUALQUER FIXO DO BRASIL

Como fazer ligações de graça para telefone fixo pelo Viber Out


A briga entre os mensageiros online está boa e quem vem ganhando são os usuários. Após WhatsApp Messenger anunciar a chegada de chamadas de voz ao serviço em 2014, o Viber contra-atacou com a liberação de chamadas gratuitas para telefones fixos. Antes, esse tipo de ligação só era possível com a aquisição de créditos. Veja como usar o Viber Out e aproveitar a vantagem.
Passo 1. Acesse o Viber e selecione um contato de sua lista telefônica.
Escolha um contato (Foto: Reprodução/Paulo Alves)Escolha um contato (Foto: Reprodução/Paulo Alves)
Passo 2. Toque em ‘Viber Out’. A chamada deverá ser iniciada imediatamente, desde que o número seja de um telefone fixo no Brasil;
Viber Out é a função de chamadas de voz do app (Foto: Reprodução/Paulo Alves) (Foto: Viber Out é a função de chamadas de voz do app (Foto: Reprodução/Paulo Alves))Viber Out é a função de chamadas de voz do app (Foto: Reprodução/Paulo Alves)


Passo 3. Caso você deseje inserir um número de telefone manualmente, basta navegar até o histórico de chamadas, arrastando a tela para a esquerda até a tela com ícone de relógio.

Vá até o histórico de mensagens e ligações (Foto: Reprodução/Paulo Alves) (Foto: Vá até o histórico de mensagens e ligações (Foto: Reprodução/Paulo Alves))Vá até o histórico de mensagens e ligações (Foto: Reprodução/Paulo Alves)


Passo 4. Toque em ‘Abrir teclado’ e digite o número desejado. Depois, toque no símbolo de telefone ao centro. Para ligar para números de outros estados, não esqueça de incluir o DDD antes. Não é necessário inserir código de país.
Digite o número fixo e prossiga com a chamada. Ela é completada rapidamente e com qualidade aceitável (Foto: Reprodução/Paulo Alves) (Foto: Digite o número fixo e prossiga com a chamada. Ela é completada rapidamente e com qualidade aceitável (Foto: Reprodução/Paulo Alves))Digite o número fixo e prossiga com a chamada. Ela é completada rapidamente  (Foto: Reprodução/Paulo Alves) 


Pronto! Agora você já sabe como realizar chamadas de forma completamente gratuita para telefones fixos no Brasil via internet, usando o Viber. Vale lembrar que é necessária uma conexão ativa para usar o serviço, de preferência uma rede Wi-Fi de alta velocidade.
 

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Manifestantes invadem prédios oficiais em cidades a oeste da Ucrânia

Segundo a mídia local e a polícia, sedes administrativas foram tomadas.
Prédio usado pela oposição pegou fogo em Kiev.


Manifestantes antigoverno invadiram prédios governamentais em algumas cidades do oeste da Ucrânia, informou a mídia local e a polícia na noite desta terça-feira (18). Segundo a agência de notícias Reuters, sedes administrativas em Ivano-Frankivsk e em Lviv foram tomadas, assim como uma delegacia de polícia em Ternopil.
  O legislador oposicionista Oleksander Aronets disse que manifestantes também tomaram o escritório do procurador-geral de Ternopil. Eles "queimaram todos os casos contra os heróis ucranianos", disse o legislador em seu perfil do Facebook. 
O presidente Viktor Yanukovytch esteve reunido com o oposicionista Vitali Klitschko na noite desta terça mas, segundo o ativista, as tentativas de diálogo falharam ao tentar encontrar uma solução pacífica para o conflito. "Infelizmente eu não trago nenhuma boa notícia das conversas", disse Klitschko, segundo o site Ukrainska Pravda. De acordo com o oposicionista, a conversa acabou após o presidente exigir que a Praça da Independência, usada pelos manifestantes em Kiev, fosse incondicionamente esvaziada.
O edifício usado pela oposição ucraniana na praça pegou fogo durante uma manifestação na noite desta terça, segundo mostraram redes de TV. Os ativistas deixavam o prédio na praça central de Kiev, ocupada desde dezembro pelos opositores ao governo, e alguns estavam sendo retirados em macas.
O número total oficial de mortes nos tumultos desta terça aumentou para 18, segundo a agência de noticias Reuters.
As manifestações contra o governo começaram em novembro, depois que o presidente cedeu à pressão da Rússia e desistiu de um tratado comercial com a União Europeia, preferindo a ajuda financeira do Kremlin.
A oposição havia prometido uma "ofensiva pacífica" para pressionar os deputados no Parlamento, reunindo 20 mil pessoas para uma passeata que degenerou em violentos confrontos.
A polícia utilizou bombas de efeito moral e balas de borracha contra os manifestantes, que responderam com pedras contra os agentes que protegiam o local.
Mais de 200 manifestantes atacaram durante a manhã a sede do partido do presidente com coquetéis molotov e quebraram as portas com machados. Os ativistas chegaram a invadir e ocupar o local, mas precisaram se retirar com a aproximação das forças de segurança.
Rússia x UE
Estes foram os primeiros confrontos em Kiev desde o fim de janeiro, quando os enfrentamentos deixaram quatro mortos e mais de 500 feridos.
Durante a manhã, o comando da oposição, na Praça da Independência, ocupada há três meses pelos manifestantes hostis ao presidente Yanukovytch, tentava evitar os confrontos entre os elementos mais radicais dos protestos e a polícia.
"Nosso objetivo é cercar o Parlamento e bloquear o local para impedir que os deputados nomeiem um primeiro-ministro 'russo'', declarou Andrii Parubii, deputado de oposição e integrante do partido da ex-primeira-ministra Yulia Timochenko.
Uma ala da oposição acredita que Yanukovytch poderia nomear nesta terça-feira um novo primeiro-ministro.
A oposição acusa o governo ucraniano de ceder às pressões de Moscou desde que Yanukovytch desistiu de assinar, em novembro, um acordo de associação com a União Europeia e optou por uma negociação com a Rússia.
O embaixador americano na Ucrânia, Geoffrey Pyatt, lamentou "a retomada da violência" na capital do país. "É preciso que a política seja feita no Parlamento, e não na rua", escreveu em sua conta no Twitter.
Por sua vez, a diplomacia russa declarou que este retorno à violência é o resultado da política dos ocidentais que encorajaram a escalada de tais atos. "O que acontece atualmente na Ucrânia é o resultado direto da política e apaziguamento dos políticos ocidentais e das estruturas europeias que, desde o início da crise, fecham os olhos para atos agressivos das forças radicais no país, incentivando a escalada e as provocações contra a autoridade legal", considerou o ministério russo das Relações Exteriores em um comunicado.
"Nós pedimos mais uma vez à oposição ucraniana para que renuncie às ameaças e aos ultimatos e que inicie um diálogo com o poder a fim de permitir uma saída para a crise", acrescentou o ministério.
O governo afirmou que, a partir de 0h desta quarta, vai limitar o tráfego de carros em Kiev para tentar deter a escalada dos protestos.

Após opositor se entregar, manifestantes lotam ruas de Caracas

Prisão de Leopoldo López poderá inflamar a oposição e estimular protestos.
'Que minha prisão possa servir para acordar o povo', disse ele.


Dezenas de milhares de manifestantes inundaram as ruas da capital da Venezuela nesta terça-feira (18) depois que forças de segurança prenderam o líder da oposição Leopoldo López, acusado de fomentar a agitação contra o governo e a violência que já matou pelo menos quatro pessoas.
Manifestantes vestidos de branco tentavam bloquear o tráfego nas ruas de Caracas enquanto um veículo de segurança transportava o economista de 42 anos, depois que ele se rendeu às forças de segurança durante uma manifestação da oposição.
A prisão de López poderá inflamar a oposição e estimular mais manifestações de rua contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, embora não haja nenhum sinal imediato de que os protestos poderiam derrubar o líder socialista.
"Não tenho nada a esconder", disse ele a partidários antes de sua detenção.
Minutos depois, ele se entregou a militares, com o punho fechado e entrando no veículo com uma bandeira venezuelana em uma mão e uma flor branca na outra.
"Eu me apresento a um judiciário injusto... Que minha prisão possa servir para acordar o povo", acrescentou no discurso.
López era procurado para responder a várias acusações, incluindo assassinato e terrorismo, mas ele diz que está sendo usado como bode expiatório de um governo ditatorial.
De dentro do veículo militar, ele pediu aos manifestantes que abrissem caminho para que as autoridades pudessem levá-lo. Enquanto seus partidários gritavam "Leopoldo, o povo está com você", ele foi transferido para uma van preta e levado embora.
Seus partidários seguiram o carro por vários quilômetros até que foi levado a uma base militar, com a polícia fechando o acesso a várias avenidas para controlar a multidão.
Os manifestantes permaneceram concentrados nos arredores da base aérea de La Carlota, no leste de Caracas, e em outros lugares.
Morte de trabalhador
A ministra da Informação, Delcy Rodríguez, disse via Twitter que um trabalhador têxtil de Caracas foi morto a tiros nesta terça-feira por "grupos violentos" que buscam promover um golpe planejado pelos Estados Unidos. As autoridades não responderam aos pedidos de informações adicionais.
Na cidade costeira de Carupano, no leste do país, moradores disseram que um estudante de 17 anos atropelado por um carro morreu depois de uma manifestação contra o governo. Além dele houve outras três mortes, na semana passada, em Caracas, de pessoas atingidas por tiros.
As manifestações lideradas por estudantes se multiplicaram no país, no maior desafio para Maduro desde sua eleição no ano passado, após a morte de Hugo Chávez. A Venezuela tem 29 milhões de habitantes e é membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
Os manifestantes exigem a renúncia de Maduro, cujo governo é de linha socialista, e relacionam um grande número de queixas, como inflação, criminalidade, corrupção e escassez de produtos.
"O país está numa situação insustentável", disse o cineasta José Sahagun, de 47 anos, vestido de branco como a maioria dos milhares de manifestantes que se uniram a López no leste de Caracas. "A máscara do governo caiu. Esse homem (Maduro) está no poder há dez meses e a deterioração está sendo rápida."
No entanto, o número de manifestantes era menor do que nos protestos em lugares como Brasil, Ucrânia e Oriente Médio, e há poucos indícios de que os venezuelanos vão se unir em massa, como os centenas de milhares que saíram nas ruas do país uma década atrás.
Não há também nenhuma evidência de que os militares possam se voltar contra Maduro, de 51 anos.
"As Forças Armadas sempre estarão do lado da justiça e do desenvolvimento da pátria", disse a ministra da Defesa, Carmen Meléndez. "Cada ato de violência nos leva de volta à intolerância."
Milhares de trabalhadores do setor petrolífero, partidários de Maduro e usando o vermelho do Partido Socialista fizeram também uma manifestação nesta terça-feira, com música e uma atmosfera festiva.
"Camarada presidente Nicolás Maduro pode contar com a classe trabalhadora", disse o líder sindical Wills Rangel.

Ministro do STF libera 'supersalários' para servidores do Congresso

Marco Aurélio Mello já havia dado decisão semelhante em pedido individual.
Decisão vale também a quem teve salário cortado na Câmara e no Senado.


O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou em liminar (decisão provisória) que a Câmara dos Deputados e o Senado voltem a pagar salário superior ao teto constitucional de R$ 29,4 mil a todos os servidores que tiveram o benefício suspenso.
A decisão foi assinada no sábado (15), e o ministro determinou nesta terça-feira (18) que Câmara e Senado sejam comunicados.
O entendimento do ministro é de que os servidores não foram ouvidos antes da determinação de corte de vencimentos. A liminar valerá até que o plenário do Supremo analise o caso, o que ainda não tem prazo para acontecer.
Em outubro do ano passado, após recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU), a Câmara e o Senado oficializaram o corte dos salários de 1,8 mil funcionários que ganhavam acima do teto, atualmente em R$ 29,4 mil (equivalente ao vencimento dos ministros do STF).
Conforme auditores do TCU, somente na Câmara, o prejuízo com o pagamento de salários irregulares soma R$ 517 milhões por ano. Nas contas dos técnicos da corte de fiscalização, 18,75% dos gastos da Casa com pessoal estão irregulares.
O ministro já havia concedido o direito a um servidor que fez pedido individual, e agora a decisão foi dada em pedido do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e do Tribunal de Contas da União (Sindilegis), beneficiando todos os servidores que foram atingidos com a recomendação do TCU.
Na liminar, o ministro determinou que, antes dos cortes nos salários, os servidores sejam ouvidos. "Câmara dos Deputados e Senado Federal, em nenhum momento, intimaram os servidores potencialmente afetados pelo cumprimento das decisões do órgão de controle a se manifestarem nos procedimentos internos destinados a atender ao que assentado. Em síntese, deixou-se de observar o contraditório necessário na via administrativa."
Marco Aurélio Mello destacou que o "afã de se ter melhores dias" não pode representar "um recuo na concretização dos ditames constitucionais, considerado o fato de órgãos de envergadura maior olvidarem as garantias inerentes ao devido processo asseguradas na Carta da República".
O ministro acrescentou que, caso haja processo individualizado em que cada servidor seja ouvido sobre o corte, a liminar poderá perder a validade.
No pedido ao Supremo, o Sindilegis argumentou que a aplicação do teto constitucional a servidores é "matéria altamente controvertida [...], sendo imperioso viabilizar a ampla defesa e do contraditório".
O sindicato destacou que há risco por conta da "abrupta redução da remuneração e os embaraços por ela representados para equilíbrio dos orçamentos familiares e a satisfação de obrigações assumidas perante terceiros".
Economia
Os chamados "supersalários" são decorrência do entendimento do Legislativo de que o pagamento por função comissionada não entraria no cálculo para adaptar as remunerações ao teto constitucional. O TCU, porém, considerou o pagamento como ilegal.

A Câmara, embora tenha cortado os salários acima do teto, não determinou a devolução dos valores recebidos indevidamente. O Senado, porém, entendeu que os servidores devem restituir a quantia aos cofres públicos, o que será decidido pelo Supremo em outro processo.
De acordo com a diretoria-geral da Câmara, o corte nas remunerações pode gerar uma economia de R$ 6,7 milhões por mês, o equivalente a cerca de R$ 80 milhões por ano.

sábado, 4 de janeiro de 2014

MEC divulga as notas do Enem 2013

Candidatos podem consultar nota individualmente pela internet.
Inscrição para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) começa segunda (6).
O Ministério da Educação divulgou na noite desta sexta-feira (3) o resultado da edição de 2013 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). As notas já podem ser consultadas no site do Enem. Para ver o resultado, o candidato precisa inserir seu CPF ou número de inscrição, além da senha cadastrada no sistema. O site traz um link para recuperar a senha, caso o candidato tenha perdido.
O MEC havia prometido divulgar a nota do Enem entre esta sexta-feira e o sábado (4), o que levou muitos estudantes a passar o dia todo consultando o site do exame à espera dos resultados.
O Enem foi realizado nos dias 26 e 27 de outubro. Mais de 5 milhões de candidatos fizeram as provas em todo o país. Eles responderam a questões de quatro áreas do conhecimento do ensino médio (ciências da natureza, ciências humanas, matemática e linguagens) e fizeram uma redação, que teve como tema a Lei Seca.
Os candidatos poderão usar a nota do exame para concorrer a uma das 171.756 vagas da edição do primeiro semestre de 2014 do Sisu oferecidas pelas 115 instituições de ensino superior participantes.
Por enquanto, o sistema está disponível apenas para consulta. Nele, o candidato pode pesquisar as vagas oferecidas pelas instituições. As inscrições terão início na próxima segunda-feira (6) e vão até as 23h59 do dia 10 de janeiro.
A nota do Enem também serve para outros programas do governo federal, como o de cursos do ensino técnico (Sisutec), de bolsas de estudos em universidades particulares (Prouni), financiamento estudantil (Fies) e intercâmbio no exterior (Ciência sem Fronteiras).

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Bovespa tem pior desempenho entre as bolsas em 2013, aponta ranking

No ano, Ibovespa caiu 16,10%, ficando na lanterna em lista de 48 países.
Levantamento mundial foi feito pelo analisa Jason Vieira, do MoneYou


A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) deve fechar o ano com o pior desempenho entre as bolsas do mundo, aponta levantamento do analista Jason Vieira, diretor-geral do portal de informações financeiras MoneYou.
Segundo o ranking das principais bolsas de 48 países, a Bovespa aparece na lanterna.
De janeiro até o fechamento do último pregão de segunda-feira (23), o Ibovespa acumulou queda de 16,1%. Em 2012, o principal índice da bolsa brasileira terminou o ano com ganho de 7,4%."O Ibovespa tem sido o pesadelo dos investidores no Brasil e no exterior", afirma Vieira.
O segundo pior desempenho em 2013 em moeda local, segundo o ranking, é o da bolsa do Chile (IGPA ), com desvalorização de 13,35%. Na sequência, estão as bolsas da Colômbia (IGBC) e da Turquia (XU100), que perderam no ano, respectivamente, 9,32% e 9,27%.
Das 48 bolsas analisadas, 10 acumulam perdas no ano.
Na outra ponta, o destaque positivo é o índice Nikkei 225, do Japão, que avançou 59,85% no ano. Também com alta de mais de 50% estão as bolsas dos Emirados Árabes (57,29%) e do
Paquistão (50,47%).
As bolsas com maior valorização no ano são as da Venezuela (485,7%) e da Argentina (92,95%). O levantamento cita, porém, a falta de credibilidade das economias destes países. "Retiraria os números disformes de Venezuela e Argentina, nos quais há sempre uma grande dificuldade em se acreditar, principalmente considerando o estado péssimo de ambos os países, porém os inclui de forma a mostrar que, em ambos os casos, a bolsa se tornou praticamente a única fonte de investimentos", afirma o economista.
Causas
Entre os fatores que explicam o mal desempenho da Bovespa em 2013, o diretor da MoneYou cita o temor de risco regulatório por parte dos estrangeiros, os juros altos, o PIB decepcionante, o tombo das ações do grupo EBX, de Eike Batista, e a falta de rumo para as ações de estímulo econômico.
"Apesar do desempenho do mercado de trabalho, com baixo desemprego, o PIB tem decepcionado a cada divulgação. Não existem reduções de IPI o suficiente para impulsionar a economia em estado de "bolha" e além disso, a alta da inflação no meio do ano, aliada aos protestos afundou a confiança na economia. Não há Copa que salve", analisa Vieira. "A comunicação do governo através de seu grande ministro e a falta de um rumo concreto para as ações de estímulo econômico também afetaram em grande monta a noção de risco, o que afasta os investidores das bolsas de valores", acrescenta.
Confira o ranking de desempenho das bolsas em 2013:
(Variação no ano até 23/12)
1º Venezuela (IBVC) - 485,70%
2º Argentina (MERVAL) - 92,48%
3º Japão (NIKKEI 225) - 59,85%
4º Emirados Árabes Unidos (ADX General) - 57,29%
5º Paquistão (KSE100) - 50,47%
6º Nigéria (NSE 30) - 40,66%
7º Irlanda (ISEQ) - 33,10%
8º Dinamarca (OMX Copenhagen) - 25,72%
9º Egito (EGX30) - 25,18%
10º Arábia Saudita (TASI) - 24,42%
11º Alemanha (DAX) - 24,26%
12º Estados Unidos (Dow Jones) - 24,02%
13º Grécia (ASE) - 23,99%
14º Finlândia (HEX25) - 23,81%
15º Noruega (OBX 544) - 21,28%
16º Suécia (OMX 30) - 19,19%
17º Suíça (SMI) - 17,67%
18º Espanha (IBEX 35) - 17,58%
19º Bélgica (BEL20) - 16,57%
20º Área do Euro (EURO STOXX 50) - 15,95%
21º Portugal (PSI20) - 15,76%
22º Israel (TA-25) - 15,60%
23º França (CAC 40) - 15,40%
24º Austrália (S&P/ASX 200) - 14,93%
25º Holanda (AEX) - 14,80%
26º Itália (FTSE MIB) - 14,47%
27º África do Sul (FTSE/JSE) - 14,20%
28º Taiwan (TWSE) - 12,22%
29º Reino Unido (FTSE 100) - 12,17%
30º Malásia (FTSE KLCI) - 10,12%
31º Índia (SENSEX) - 9,59%
32º Canadá (S&P/TSX) - 8,71%
33º Polônia (WIG) - 8,18%
34º Áustria (WBI) - 3,30%
35º Hong Kong (HSI) - 2,83%
36º Rússia (MICEX) - 2,41%
37º Coréia do Sul (KOSPI) - 1,00%
38º Filipinas (PSEi) - 0,53%
39º Cingapura (STI) - (-1,30%)
40º Indonésia (JCI) - (-1,59%)
41º México (IPC) - (-2,36%)
42º China (SSE Composite) - (-3,21%)
43º Tailândia (SET) - (-3,61%)
44º República Checa (SE PX) - (-5,15%)
45º Colômbia (IGBC) - (-10,63%)
46º Turquia (XU100) - (-11,94%)
47º Chile (IGPA) - (-13,72%)
48º Brasil (Ibovespa) - (-15,82%)

Temu, rival da Shein e da Shopee, inicia vendas no Brasil com descontos e frete grátis

  Estreia no país vem um dia após Senado retomar taxação de importados. Plataforma chinesa oferece de roupas a utilidades domésticas apostan...