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sábado, 12 de julho de 2014
segunda-feira, 7 de julho de 2014
Conheça os chefões da máfia da FIFA
Em todos os bares do mundo torcedores de futebol, irritados pela contínua corrupção da Fifa, gritam “A Fifa é uma máfia!”
Mas máfia? Agora eles foram longe demais, não?
Não. Confie nos torcedores. Eles fazem um bom julgamento. Quando a
presidente Dilma recebe os líderes do futebol mundial ela está acolhendo
uma gangue que preenche todos os requisitos na definição acadêmica do
que vem a ser um Sindicato do Crime Organizado.
1. A máfia
Olhe para o mundo do presidente Blatter: um chefe poderoso,
compromissado com o próprio enriquecimento através de atividades
criminosas que envolvem corrupção e propinas no fechamento de contratos.
E ainda há a manipulação de resultados das partidas e a extorsão de
bilhões de dólares de governos ingênuos – como o do Brasil.
Essa família criminosa tem até mesmo tribunais privados da Fifa e um
sistema de disciplina que não pode ser contestado nos tribunais civis. E
tem a cultura omertà, um código de honra e silêncio – você já ouviu algum funcionário da Fifa denunciado seus chefes?
Você já ouviu falar das Cinco Famílias de Nova Iorque, que dominavam a
máfia italiana nos EUA sob um poderoso chefão? Pois a Fifa tem seis
“famílias”. São as confederações que dominam cada continente: a Conmebol
na América Latina, a Concacaf no Caribe, América do Norte e Central, a
Uefa na Europa, a AFC na Ásia, A CAF na África e a OFC na Oceania.
Como os mafiosos de Nova Iorque, cada grupo é semi-autônomo e comanda
seu próprio crime organizado, mas todos devem uma fidelidade suprema
ao Capo di tutti i capi em Zurique.
Sempre me perguntam: “Depois de você ter exposto tanta corrupção na Fifa, como o Blatter ainda está no poder?”
Aqui vai a resposta. Não importa o que os torcedores, a mídia ou os
políticos pensem ou digam sobre esses impostores, Blatter é intocável.
A Fifa é o conjunto de 209 associações nacionais. Elas, e ninguém
mais, têm o poder de voto nos congressos da Fifa. A máquina de Blatter é
lubrificada por doações para “desenvolvimento” de milhões de dólares
para essas associações, que não são auditados, e pelo enorme comércio
clandestino dos preciosos ingressos da Copa do Mundo, que vão parar
debaixo do tapete.
O presidente Blatter se refere à sua “família do futebol”. Vamos corrigir isso: é a Família do Futebol do Crime Organizado.
Mas o que sabemos sobre Don Blatter e seus gângsteres que eles não querem que seja publicado?
Dois anos atrás uma fonte na Europa me deu uma lista de 170 propinas
pagas para os funcionários do alto escalão da Fifa, totalizando o
incrível valor de US$ 100 milhões.
Os nomes de João Havelange e Ricardo Teixeira estavam naquela lista e
eu tenho orgulho de ter ajudado a forçar a saída do velho do COI e de
seu ex-genro da CBF.
Curiosamente, a lista de propinas revela que mais de US$10 milhões
foram pagos em dinheiro vivo para uma pessoa anônima. Anos atrás me
contaram que Blatter era esperto o suficiente para não deixar rastro de
documentos sobre as suas propinas. Então será essa sua lista de propinas
nos contratos de marketing? Claro que ele nunca responde às minhas
perguntas.
E tem outra coisa que eu descobri sobre Don Blatter. Ele é um
predador sexual, e costuma se aproveitar das funcionárias do seu império
na Fifa. Elas são convocadas para uma suíte nos melhores hotéis do
mundo e na porta do quarto são confrontadas com a visão do Líder Máximo
abrindo seu robe de seda – e revelando seu equipamento de pontuação.
2. Os membros da organização criminosa
Agora, vamos nomear e envergonhar o assessor pessoal de Blatter,
Walter Gagg. Walter trabalha para Blatter na Fifa desde os anos 70 e
como seu chefe, vê as mulheres no futebol como oportunidades sexuais.
Uma vez Walter compartilhou uma amante com Havelange. Quando o
presidente descobriu, a mulher foi demitida.
Walter toma mais cuidado agora e fica longe das vítimas de Blatter.
Seus alvos são mulheres bem jovens. Um amigo em Zurique me deu alguns
e-mails de Walter. Ele havia deixado os e-mails no seu computador e eles
acabaram sendo fonte de diversão para todo mundo no prédio da Fifa.
Mas cuidado! Walter tem um novo título – chefe da segurança dos
estádios – e ele usa isso como uma desculpa para visitar o Brasil e dar
uma olhada nas garotas.
Uma foto pode valer mil palavras. Olhe para o caso amoroso entre
Ricardo Teixeira e o secretário geral da Fifa, Jerome Valcke. Se o
brasileiro é, como vocês sabem, um ladrão, fraudador e mentiroso
certificado que voou para a Flórida para escapar da Justiça, o que isso
diz sobre o secretário-geral do futebol?
Isso mesmo! Você acertou! Valcke é um mentiroso profissional. A
reputação dele foi jogada no lixo em um tribunal de Manhattan em 2006
quando o MasterCard processou a Fifa por mentir para eles sobre um
contrato de patrocínio. Em segredo, Jerome Valcke, então Diretor de
Marketing da Fifa, estava fazendo acordos sujos com o rival Visa.
O advogado Martin Hyman, do MasterCard, disse ao juiz “Nós aprendemos
com o Grupo de Marketing da Fifa sobre os seis graus de prevaricação:
mentiras brancas, mentiras comerciais, blefes, mentiras puras, mentiras
diretas e perjúrio. O senhor Valcke mentiu até quando testemunhou sobre
suas mentiras. Mas no mundo da Fifa, isso é perfeitamente normal.”
O juiz concordou e condenou Valcke como mentiroso. O presidente
Blatter não teve escolha e demitiu Valcke. Isso foi em dezembro de 2006.
Mas seis meses depois um novo Chefe Executivo da Fifa foi nomeado. Adivinhe? Era Jerome Valcke.
Por que Blatter mudaria de ideia? Estaria Valcke o chantageando?
Pode ser. Em abril de 2001, Valcke fazia parte de um grupo de
empresários tentando fazer negócios com a Fifa. Durante as negociações –
que acabaram fracassando – Blatter enviou uma carta a Valcke (e nós
temos essa carta) com um surpreendente comentário: “A posição da Fifa de
nenhuma maneira será alterada por ameaças ou tentativas de chantagem”.
3. De tio para sobrinho
A Família Fifa do Crime Organizado realmente quer
dizer família. Sepp Blatter tem o poder de ganhar os lucrativos
direitos televisivos para a Copa de qualquer canal do mundo. Ele deu 50%
destes direitos para a Infront, uma empresa suíça de marketing de
esportes. O chefe da empresa é seu sobrinho, Philippe Blatter.
Mas o sobrinho Philippe ganha ainda mais. O tio Sepp tem o ajudado a
adquirir um investimento na empresa Byrom que – comercializando sob o
nome MATCH – tem o monopólio do negócio lucrativo das acomodações para a
Copa do Mundo de 2014 no Brasil.
São aqueles camarotes exclusivos que estão sendo construídos no
Maracanã e em outros estádios para os homens de negócios mais ricos do
mundo.
Atenção, amigo brasileiro: não pense nem por um segundo que você poderia comprar um lugar ali e provar a experiência gourmet que eles oferecem. Contente-se com um hambúrguer medíocre do McDonald’s e com um lugar, se você tiver sorte, atrás do gol.
A empresa Byrom é dos irmãos mexicanos Jaime e Enrique. Sua família
tem tradição no futebol mexicano, e eles são melhores amigos do
recebedor-de-propinas Havelange.
Aqui um pouco sobre a Big One. Ela é a agência de ingressos oficial
da Fifa. Incrivelmente, controla a venda de todos os ingressos para
2014.
Ainda nesse ano eu vou escrever a história (eu tenho os documentos!)
sobre o que exatamente eles, da Big One, fizeram para persuadir os
líderes da Fifa a dar essas maravilhosas e lucrativas concessões.
Então o sobrinho presidencial está indo muito bem com o evento que
está sendo pago pela população que paga impostos no Brasil. Eu tenho que
perguntar, será que ele está pagando propina para o tio Sepp?
A verdade é que o Brasil está sendo seriamente ferrado.
Os Byrom fracassaram em 2010 na Copa da África do Sul, porque
cobraram muito caro por pacotes de acomodação. Eles admitem que a perda
foi de pelo menos US$ 50 milhões. Agora, planejam recuperar o que
perderam em 2014 e ainda lucrar mais. O tio e seu
companheiro Ric Trapaceiro convenceram Lula a garantir para a Byrom e
outros parasitas da Fifa isenção nos impostos brasileiros sobre seus
lucros. Talvez os torcedores devessem protestar na frente do escritório
de Jaime e Enrique no Rio.
Tem mais. Você sabia que existe um clube maçônico secreto para
empresários conhecido como Corporação McKinsey? Eles falam uma língua
com barulhos incompreensíveis, que chamam de “jargão da administração”. E
também parecem se assemelhar à máfia.
A McKinsey foi contratada por Sepp Blatter no final dos anos 90 para
“reorganizar” a Fifa. Ele assinou cheques gordos para a McKinsey.
Adivinhe de novo! O sobrinho Philippe era então sócio da McKinsey.
Além dele, tinha um camarada chamado Markus Kattner. Depois de alguns
anos, o sobrinho Philippe passou a ser chefe na Infront. O Sr. Kattner
também deixou a McKinsey – para se tornar o Diretor de Finanças na Fifa.
Pense no quanto ele deve saber sobre os acordos de dinheiro sujo feitos
no bunker de Blatter em Zurique.
Esperamos que jornalistas brasileiros – e torcedores – façam algumas perguntas a ele.
4. O Bullying da Fifa
Homens minúsculos se envaidecem e se tornam arrogantes quando vão
trabalhar para a Fifa. Um típico exemplo é o Sr. Jörg Vollmüller, que
detém o grande título de Chefe do Departamento de Comércio Legal da
Fifa.
E o que ele faz? Ameaça governos que não se curvam à Fifa e a seus
patrocinadores, como a Coca-Cola. “Beije a bunda de Blatter”, ele diz,
“ou vocês não vão ter a Copa do Mundo”.
O governo Lula então se viu forçado a beijar a bunda de Blatter, de Ricardo Teixeira, de José Maria Marin e Marco del Nero – e de sua namorada, Carolina Galan – além de Joanna Havelange e João Havelange.
No meu site tem um exemplo das cartas de bullying que
o sr. Vollmüller gosta de escrever. Essa é para a associação de futebol
da Holanda, dizendo que o governo holandês não está beijando bundas o
suficiente, já que não dá abonos tributários o suficiente e, portanto,
não vai levar a Copa do Mundo.
De fato, não levou.
Eu gostaria de ver o Sr. Vollmüller andando por uma favela e
instruindo os moradores a se mudarem porque Sepp Blatter quer construir
uma estrada ou um hotel. Aí nós veríamos o quão valentão ele é.
Atenção: tenham cuidado também com Franz Beckenbauer. A partir de
agora ele vai entrar e sair do Brasil, procurando boas oportunidades de
negócio. Olhe atentamente e você vai ver que um passo atrás de Franz
está um cavalheiro volumoso com cabelo branco à escovinha. Voilá. Conheçam Fedor Radmann. Fedor é da “Máfia de Munique”, uma subdivisão da Família Fifa do Crime Organizado.
Fedor é famoso por entregar malas com grandes quantias de dinheiro,
com o propósito de ajudar os funcionários do esporte a votar da maneira
que ele quer.
Foi ele quem entregou as malas de propina para os líderes da Fifa em
2000, definindo a decisão de dar a Copa do Mundo de 2006 para a
Alemanha. Eu sei disso porque tenho os documentos.
O dinheiro veio do magnata da TV alemã, Leo Kirch, que também pagou
US$1 milhão para um amigo de Havelange no Rio, Elias Zaccour. O dinheiro
foi para uma conta de Zaccour em um banco em Luxemburgo. E depois de
lá, para onde? Ricardo? Sepp? João?
Outro mafioso da Fifa é o homem-da-mala, Jean-Marie Weber. Ele
trabalhou como cobrador júnior para o lendário empresário alemão Horst
Dassler – da família Adidas – que fundou a empresa de marketing ISL, que
parecia subornar quase todo líder esportivo do mundo para fechar um
negócio. Quando Dassler morreu, apenas Weber tinha a lista de
funcionários gananciosos.
Ao longo dos anos, Jean-Marie Weber levou em malas US$100 milhões
para Havelange, Teixeira e Blatter – e até entregou um pagamento que foi
parar na sede da Fifa por engano. Blatter sabia das propinas e ao
permitir que seus colegas as recebessem, garantiu seus longos anos no
poder.
Quem mais levou dinheiro do homem-da-mala Weber?
O diretor do Comitê de Organização para 2014 da Fifa é um verdadeiro
buraco negro para dinheiro sujo. É ninguém menos que o presidente do
Conmebol desde 1986, o paraguaio Nicolas Leoz. Ele recebeu,
comprovadamente, cinco propinas que totalizam US$ 730 mil de Weber. Eu
acho que havia muito mais, mas Leoz conseguiu esconder as contas nas
quais o dinheiro foi parar.
O vice de Leoz no comitê para a Copa do Mundo de 2014 é outra esponja
de propinas. Issa Hayatou comanda o futebol na África quando não está
tirando dinheiro de ninguém. Eu denunciei ambos em um programa da TV BBC
em 2010, mas não houve até agora nenhuma atitude da família da máfia
Fifa para expulsá-los.
Então, amigo brasileiro, proteja também suas economias, chaves de carro, laptops, celulares e sapatos.
5. Vaias em nome da Copa
Nós podemos estar excluídos do poder do futebol mas ainda temos
nossas vozes nas ruas e estádios. As campanhas e o slogan “Fora
Teixeira” ajudaram a perseguir aquele bandido para fora de sua casa no
Rio até o seu esconderijo em Boca Ratón, na Flórida – um nome muito
apropriado.
Blatter odeia ser tratado desrespeitosamente. E vocês, torcedores,
têm muito poder em seus pulmões. Blatter foi vaiado durante a Copa do
Mundo na Coréia. Com medo de um repeteco, ele não ousou aparecer para
entregar o troféu na final da Copa da Alemanha em 2006. Também tem sido
vaiado na Inglaterra.
Seria ótimo ler o slogan “Vaie Blatter” pintado em todos os muros no
Brasil. Ao lado, poderia estar rabiscada a verdadeira equação: “FIFA =
Máfia”.
Então vamos começar já, praticando, respirando fundo, e: BUUUUUUUUUUUUUU!
Executivo ligado à Fifa é preso em ação contra cambistas
Raymond Whelan é diretor da Match, empresa que vende ingressos da Copa. Ele foi detido em hotel de luxo no Rio.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu na tarde desta segunda-feira
(7), no Copacabana Palace, na Zona Sul, o inglês Raymond Whelan,
principal executivo (CEO) da Match Services, empresa que tem direitos
exclusivos sobre a venda de ingressos para a Fifa, por suspeita de que
ele seja um dos chefes de quadrilha internacional de cambistas que agia
durante a Copa do Mundo. Com ele, a polícia encontrou cem ingressos para
os jogos. A prisão temporária de cinco dias, expedida pelo Juizado
Especial do Torcedor, faz parte da operação "Jules Rimet", que já havia prendido 11 pessoas, incluindo o argelino Mohamed Lamíne Fofana.
De acordo com o delegado Fábio Barucke, que comanda a investigação,
Raymond, também conhecido como Ray, era um "facilitador" para a
quadrilha ter acesso a ingressos e teria sido flagrado em escutas
telefônicas negociando ingressos com Fofana. Segundo a polícia, foram
mais de 900 ligações.
De acordo com o delegado Fábio Barucke, que comanda a investigação,
Raymond, também conhecido como Ray, era um "facilitador" para a
quadrilha ter acesso a ingressos e teria sido flagrado em escutas
telefônicas negociando ingressos com Fofana. Segundo a polícia, foram
mais de 900 ligações.
Por volta das 17h40, o executivo chegou à 18ª Delegacia de Polícia, na
Praça da Bandeira, responsável pelo inquérito. Ray será enquadrado no
Artigo 41 do Estatuto do Tocedor, por fornecer, desviar ou facilitar a
distribuição de ingressos para venda por preço superior ao estampado no
bilhete. A pena para o crime é de até quatro anos de prisão. O
passaporte dele foi apreendido.
Segundo o delegado, Raymond negou, em depoimento informal, qualquer
participação no esquema. Até as 20h, seus advogados não haviam decidido
se ele vai prestar depoimento formal ou se iria falar apenas em juízo. O
inglês passará a noite na 18ª DP e deve ser levado nesta terça (8) para
a Polínter, na Cidade da Polícia.
Ainda seguno Barucke, ele negou que tenha amizade com o argelino Mohamed Lamíni Fofana e confirmou que a empresa fez um contrato de compra de vendas de ingresso com o argelino em maio de 2013. Raymond disse que não teve negociações com Fofana durante a Copa do Mundo. "Isso nós temos de prova. Foram 900 ligações durante o evento. Nós temos isso de prova e ele nega", disse o delegado.
O crime que será imputado a Whelan é o de facilitar a distribuição de ingressos para venda de cambistas e associação criminosa por ter facilitado a venda de ingressos para o cambista. Nesta terça-feira (8), será apresentada a prisão preventiva dos integrantes da quadrilha e a caberá à Justiça decidir quando ela será decretada.
Ainda seguno Barucke, ele negou que tenha amizade com o argelino Mohamed Lamíni Fofana e confirmou que a empresa fez um contrato de compra de vendas de ingresso com o argelino em maio de 2013. Raymond disse que não teve negociações com Fofana durante a Copa do Mundo. "Isso nós temos de prova. Foram 900 ligações durante o evento. Nós temos isso de prova e ele nega", disse o delegado.
O crime que será imputado a Whelan é o de facilitar a distribuição de ingressos para venda de cambistas e associação criminosa por ter facilitado a venda de ingressos para o cambista. Nesta terça-feira (8), será apresentada a prisão preventiva dos integrantes da quadrilha e a caberá à Justiça decidir quando ela será decretada.
Post Original http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2014/07/membro-de-empresa-ligada-fifa-e-preso-por-ligacao-com-cambistas.html
domingo, 6 de julho de 2014
Polícia investiga tentativa de explosão de coluna do monotrilho em S
Dinamites foram colocadas em obra da Linha 15-Prata na Av. Sapopemba.
Ação ocorreu em 29 de junho e teve participação de quatro pessoas.
Kleber Tomaz
Do G1 São Paulo
Quatro pessoas não identificadas tentaram explodir uma das colunas da
obra do monotrilho da Linha 15-Prata do Metrô, na Zona Leste de São Paulo,
na madrugada de 29 de junho, segundo investigação da Polícia Civil.
Previsto para ser inaugurado em setembro, o primeiro trecho do
monotrilho vai ligar as estações Vila Prudente e Oratório. O incidente
ocorreu em um trecho mais adiante, na Avenida Sapopemba, altura do nº
10.200.
Duas bananas de dinamite e 2 m de pavio de pólvora foram afixados com fita adesiva a um dos pilares na Av. Sapopemba. O G1 teve acesso a imagem que mostra o material fixado no concreto com fitas adesivas (veja acima).
O delegado Marco Antonio Desgualdo, diretor do Departamento de Capturas
e Delegacias Especializadas (Decade), informou que a Delegacia do
Metropolitano (Delpom) suspeita de "grupos desordeiros". Os criminosos
que colocaram os artefatos fugiram após ver um vigilante da obra. Os
explosivos foram apreendidos pelo Grupo de Ações Táticas Especiais
(Gate) da Polícia Militar.
Olha, eu acho que isso aí não foi nada de atentado. É um explosivo,
mas muito antigo. (...) Me pareceu aí pelo que o pessoal disse que seria
meio inócuo. Está cheirando mais molecagem"
Marco Antonio Desgualdo,
diretor do Departamento de Capturas e Delegacias Especializadas (Decade)
diretor do Departamento de Capturas e Delegacias Especializadas (Decade)
Com medo, o vigia da obra que acompanhou a chegada do grupo disse que
optou por pedir demissão. “Por causa disso eu até saí fora já, nem estou
mais”, disse ao G1, pedindo anonimato.
Atentado descartado
O diretor do Decade explicou que os cartuchos estavam sem detonador e, mesmo que fossem acionados, não teriam potencial para derrubar ou abalar a estrutura da coluna.
O diretor do Decade explicou que os cartuchos estavam sem detonador e, mesmo que fossem acionados, não teriam potencial para derrubar ou abalar a estrutura da coluna.
Para Desgualdo, o mais provável é que um "grupo de desordeiros" colocou a bomba para chamar a atenção.
O delegado lembrou que o país vive uma onda de protestos em meio a
cenários de disputas políticas e críticas aos gastos públicos com a Copa
do Mundo - as dinamites foram afixadas a pilastra 10 horas depois de o
Brasil ter vencido o Chile pelo mundial de futebol.
“Olha, eu acho que isso aí não foi nada de atentado. É um explosivo,
mas muito antigo", disse o delegado. "Me pareceu aí pelo que o pessoal
disse que seria meio inócuo. Está cheirando mais a molecagem”.
O diretor afirmou que nenhuma hipótese de autoria está descartada. "O
leque [da investigação] está aberto, mas não tem nada assim de grande
potencial. Você tem que apurar circunstâncias, motivos e autoria”, disse
o delegado.
Até a publicação desta reportagem, os suspeitos do crime não foram
identificados ou presos e o motivo da ação também não foi esclarecido.
"Local ermo, não tem imagem nenhuma. Mas nós estamos correndo”, disse
Desgualdo.
Sem detonador
Policiais ouvidos pelo G1 disseram que, no material apreendido, não havia um detonador. O caso foi registrado como tentativa de explosão no 69º Distrito Policial (DP), Teotônio Vilela. Depois, seguiu para investigação do 70º DP, Vila Ema, e agora está sob responsabilidade da Delegacia do Metropolitano.
Além de policiais, vigilantes da obra e testemunhas disseram à equipe de reportagem que suspeitam que a tentativa de explosão da coluna do monotrilho não foi realizada por criminosos profissionais. Para eles, quem afixou os cartuchos explosivos não tinha conhecimento do seu poder de detonação.
Policiais ouvidos pelo G1 disseram que, no material apreendido, não havia um detonador. O caso foi registrado como tentativa de explosão no 69º Distrito Policial (DP), Teotônio Vilela. Depois, seguiu para investigação do 70º DP, Vila Ema, e agora está sob responsabilidade da Delegacia do Metropolitano.
Além de policiais, vigilantes da obra e testemunhas disseram à equipe de reportagem que suspeitam que a tentativa de explosão da coluna do monotrilho não foi realizada por criminosos profissionais. Para eles, quem afixou os cartuchos explosivos não tinha conhecimento do seu poder de detonação.
obra do monotrilho; ele aponta para coluna onde
desconhecidos colocaram duas bananas de
dinamite e fio para acionar pólvora.
(Foto: Kleber Tomaz / G1)
Em busca de câmeras e teorias
O sapateiro Joseilton de Moura, de 44 anos, é vizinho do canteiro de obras. Ele disse que funcionários buscam teorias para a motivação do crime.
O sapateiro Joseilton de Moura, de 44 anos, é vizinho do canteiro de obras. Ele disse que funcionários buscam teorias para a motivação do crime.
"Outros operários me contaram que esse grupo queria explodir a coluna
do monotrilho para causar e chamar a atenção para essa gastança do
dinheiro público (por causa da Copa)”, disse Moura.
De acordo com Moura, que há mais de um ano tem uma sapataria voltada para a Avenida Sapopemba, um delegado do 70º DP o visitou e perguntou se ele tinha câmera de segurança voltada para a rua. “Isso aconteceu no dia 30, um depois da ameaça de tentativa de explodir a bomba na coluna da obra”, afirmou. "Mas não tenho câmera aqui", relatou.
De acordo com Moura, que há mais de um ano tem uma sapataria voltada para a Avenida Sapopemba, um delegado do 70º DP o visitou e perguntou se ele tinha câmera de segurança voltada para a rua. “Isso aconteceu no dia 30, um depois da ameaça de tentativa de explodir a bomba na coluna da obra”, afirmou. "Mas não tenho câmera aqui", relatou.
Ainda segundo o sapateiro, o delegado havia lhe informado que
criminosos planejavam roubar e por isso estavam com explosivos. "Ele só
não me disse roubar o quê. Para mim foi estranho porque o burburinho que
ficou aqui é de que queriam explodir a pilastra. Afinal de contas: o
que tinha para se roubar num canteiro de obras?”, afirmou.
O G1 apurou que os explosivos apreendidos no monotrilho são os mesmos usados por criminosos para destruir caixas eletrônicos. De acordo com o boletim de ocorrência, policiais militares foram acionados pelo Centro de Operações da PM (Copom) por volta das 3h do dia 29 de junho “para atender ocorrência de ameaça de bomba”.
O G1 apurou que os explosivos apreendidos no monotrilho são os mesmos usados por criminosos para destruir caixas eletrônicos. De acordo com o boletim de ocorrência, policiais militares foram acionados pelo Centro de Operações da PM (Copom) por volta das 3h do dia 29 de junho “para atender ocorrência de ameaça de bomba”.
Chegando ao local, “constataram a existência de duas bananas de
dinamite (cartucho) e dois metros de pavio de pólvora”.Em seguida, a
equipe do esquadrão de bombas da PM foi até a obra do monotrilho, onde
apreendeu os artefatos.
“No local, em entrevista com o vigilante responsável pela obra ali realizada (Monotrilho Prata), soube-se que quatro indivíduos desconhecidos ali se encontravam em atos preparatórios para realizar a detonação das dinamites, não concretizando a ação tendo em vista a chegada do vigilante, evadindo-se todos a pé para rumo ignorado, e que devido ao horário, não fora possível efetuar a descrição dos mesmos”, informa o registro policial feito no 69º DP.
“No local, em entrevista com o vigilante responsável pela obra ali realizada (Monotrilho Prata), soube-se que quatro indivíduos desconhecidos ali se encontravam em atos preparatórios para realizar a detonação das dinamites, não concretizando a ação tendo em vista a chegada do vigilante, evadindo-se todos a pé para rumo ignorado, e que devido ao horário, não fora possível efetuar a descrição dos mesmos”, informa o registro policial feito no 69º DP.
Desde o início da Copa, quarenta pontos da cidade de São Paulo estão sendo vigiados 24 horas
por dia por um efetivo composto por 4.265 policiais militares. São
hotéis, centros de treinamento, áreas de festa e vias considerados
potenciais alvos de ameaças durante a Copa do Mundo. Entre os pontos
estratégicos estão estações e linhas do Metrô.
Monotrilho previsto para setembro
De acordo com a Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos, o monotrilho da Linha 15-Prata do Metrô, na Zona Leste de São Paulo, deverá funcionar a partir de setembro deste ano. Provavelmente, a partir do próximo dia 26 deste mês, o novo modal será aberto ao público, mas para visitas monitoradas e nos finais de semana.
A previsão é que a Linha 15 tenha 26,6 quilômetros operacionais e 18 estações, ligando Vila Prudente à Cidade Tiradentes. Ela custará R$ 6, 4 bilhões.
De acordo com a Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos, o monotrilho da Linha 15-Prata do Metrô, na Zona Leste de São Paulo, deverá funcionar a partir de setembro deste ano. Provavelmente, a partir do próximo dia 26 deste mês, o novo modal será aberto ao público, mas para visitas monitoradas e nos finais de semana.
A previsão é que a Linha 15 tenha 26,6 quilômetros operacionais e 18 estações, ligando Vila Prudente à Cidade Tiradentes. Ela custará R$ 6, 4 bilhões.
Em junho, um acidente
em outra obra do monotrilho deixou um morto. O acidente ocorreu na
Avenida Washington Luís, na Zona Sul de São Paulo, em estrutura da
futura Linha 17-Ouro do Metrô.
Beldades da copa
Torcedoras gostosas da copa do mundo 2014
E, por fim, temos essa loira espetacular. A mexicana Vanessa Huppenkothen, de 29 anos, veio ao Brasil para cobrir a Copa pelo Canal 5 – e encantar os brasileiros por onde passar. Você pode acompanhar seu Twitter, se quiser saber onde ela anda.
Melissa é uma jornalista francesa que trabalha para o canal M6. Ela é internacionalmente reconhecida por sua beleza, sendo que alguns jornais já a elegeram como a repórter mais bonita do mundo. E gostosa também.
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