sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Ficamos frustrados com resultado do grupo de Eike, diz presidente da bolsa

Edemir Pinto negou que empresas X tenham  manchado imagem da bolsa.
Declaração foi feita nesta quinta (29), em congresso internacional, em SP.
O presidente da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), Edemir Pinto, negou nesta quinta-feira (29) que o desempenho negativo das "empresas X", do empresário Eike Batista, tenha “manchado” a imagem da instituição no exterior, mas admitiu ter ficado frustrado com os resultados.
“Não acredito que manchou, não tenho ouvido isso de investidores estrangeiros. Isso acontece em projetos pré-operacionais, acontece em todo o mundo. Na verdade, a gente também se frustrou. O Eike, dada a condição de empreendedorismo que ele tem, a gente fica frustrado", disse.
"Obviamente, esse resultado não era o que ele imaginava, não era o objetivo dele”, completou, após a abertura do 6º Congresso Internacional de Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Bovespa fecha com leve alta e ações da OGX têm queda de cerca de 14%

Ibovespa fechou em alta de 0,11%, em 49.921 pontos.
OGX teve ações vendidas por Eike e transação com a Petronas adiada.


O principal índice da Bovespa reduziu os ganhos vistos mais cedo e fechou em leve alta na tarde desta quinta-feira (29), com a derrocada da ação da petroleira OGX e de blue chips pesando sobre a contribuição positiva dos setores financeiro, de construção e de consumo.
O Ibovespa fechou em alta de 0,11%, em 49.921 pontos. Veja cotação
Na semana, a bolsa tem queda de 4,47% e no ano, de 18,19%. No mês de agosto há alta de 3,38%.
Com queda de cerca de 14%, os papéis da OGX puxaram o índice para baixo, após a petroleira do grupo EBX dizer que a malaia Petronas não tem direito de adiar o fechamento financeiro de transação para a venda de participação em blocos na bacia de Campos, mas afirmar que está "empenhada em buscar uma solução que preserve o interesse de ambas".
A Petronas anunciou mais cedo nesta semana que aguarda a reestruturação da dívida da OGX para dar prosseguimento ao negócio de US$ 850 milhões com a petroleira de Eike Batista. "Basicamente, o que a Petronas falou é que não vai colocar dinheiro enquanto a OGX não arrumar a casa", disse o estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi.
Até o fechamento de quarta-feira, os papéis da OGX já acumulavam nesta semana queda de quase 30%.
Repercutia ainda no mercado a divulgação de que Eike se desfez de 1,54% das ações da OGX e que pretende vender mais ações da petroleira. Além disso, investidores digeriam a notícia que a parceria entre o BTG Pactual, de André Esteves, e a EBX, de Eike, está para ser desfeita, segundo a coluna Radar, da revista "Veja".
Ações
Mas as quedas nos papéis preferenciais das blue chips Petrobras e Vale também contribuíam para limitar ganhos do Ibovespa.
No outro sentido, contribuíam positivamente para o índice papéis do setor financeiro, principalmente os de Itaú Unibanco, Banco do Brasil e a preferencial do Bradesco. Ações do setor de construção e de consumo também eram destaque de alta.
O Ibovespa chegou a avançar 1,39% na máxima da sessão, acompanhando a alta das bolsas norte-americanas, em um dia em que os mercados internacionais se mostravam mais calmos após o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ter dito que ainda não tomou uma decisão sobre um ataque contra o governo sírio sob acusação de uso de armas químicas contra civis.
Síria
O temor de um conflito instaurou um clima de aversão ao risco nas praças financeiras globais no início da semana. Sinais de melhora da economia norte-americana também davam sustentação aos mercados, embora reforcem o argumento para que o Federal Reserve, banco central norte-americano, reduza seu programa de estímulos. O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu mais rápido que o esperado no segundo trimestre, e os pedidos de auxílio-desemprego no país caíram na semana passada.

LAMPIÃO: HERÓI OU BANDIDO?

Um guerreiro visionário, destemido e inteligente. Ninguém nega as virtudes de Lampião. Agora pesquisadores questionam o verdadeiro papel histórico de Virgulino Ferreira
por Lira Neto
Eles faziam do assassinato um ritual macabro. O longo punhal, de até 80 centímetros de comprimento, era enfiado com um golpe certeiro na base da clavícula – a popular “saboneteira” – da vítima. A lâmina pontiaguda cortava a carne, seccionava artérias, perfurava o pulmão, trespassava o coração e, ao ser retirada, produzia um esguicho espetaculoso de sangue. Era um policial ou um delator a menos na caatinga – e um morto a mais na contabilidade do cangaço. Quando não matavam, faziam questão de ferir, de mutilar, de deixar cicatrizes visíveis, para que as marcas da violência servissem de exemplo. Desenhavam a faca feridas profundas em forma de cruz na testa de homens, desfiguravam o rosto de mulheres com ferro quente de marcar o gado.
Exatos 70 anos após a morte do principal líder do cangaço, Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, a aura de heroísmo que durante algum tempo tentou-se atribuir aos cangaceiros cede terreno para uma interpretação menos idealizada do fenômeno. Uma série de livros, teses e dissertações acadêmicas lançados nos últimos anos defende que não faz sentido cultuar o mito de um Lampião idealista, um revolucionário primitivo, insurgente contra a opressão do latifúndio e a injustiça do sertão nordestino. Virgulino não seria um justiceiro romântico, um Robin Hood da caatinga, mas um criminoso cruel e sanguinário, aliado de coronéis e grandes proprietários de terra. Historiadores, antropólogos e cientistas sociais contemporâneos chegam à conclusão nada confortável para a memória do cangaço: no Brasil rural da primeira metade do século 20, a ação de bandos como o de Lampião desempenhou um papel equivalente ao dos traficantes de drogas que hoje seqüestram, matam e corrompem nas grandes metrópoles do país.
Cangaceiros e traficantes
Foram os cangaceiros que introduziram o seqüestro em larga escala no Brasil. Faziam reféns em troca de dinheiro para financiar novos crimes. Caso não recebessem o resgate, torturavam e matavam as vítimas, a tiro ou punhaladas. A extorsão era outra fonte de renda. Mandavam cartas, nas quais exigiam quantias astronômicas para não invadir cidades, atear fogo em casas e derramar sangue inocente. Ofereciam salvo-condutos, com os quais garantiam proteção a quem lhes desse abrigo e cobertura, os chamados coiteiros. Sempre foram implacáveis com quem atravessava seu caminho: estupravam, castravam, aterrorizavam. Corrompiam oficiais militares e autoridades civis, de quem recebiam armas e munição. Um arsenal bélico sempre mais moderno e com maior poder de fogo que aquele utilizado pelas tropas que os combatiam.
“A violência é mais perversa e explícita onde está o maior contingente de população pobre e excluída. Antes o banditismo se dava no campo; hoje o crime organizado é mais evidente na periferia dos centros urbanos”, afirma a antropóloga Luitgarde Oliveira Cavalcanti Barros, professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e autora do livro A Derradeira Gesta: Lampião e Nazarenos Guerreando no Sertão. A professora aponta semelhanças entre os métodos dos cangaceiros e dos traficantes: “A maioria dos moradores das favelas de hoje não é composta por marginais. No sertão, os cangaceiros também eram minoria. Mas, nos dois casos, a população honesta e trabalhadora se vê submetida ao regime de terror imposto pelos bandidos, que ditam as regras e vivem à custa do medo coletivo”.
Além do medo, os cangaceiros exerciam fascínio entre os sertanejos. Entrar para o cangaço representava, para um jovem da caatinga, ascensão social. Significava o ingresso em uma comunidade de homens que se gabavam de sua audácia e coragem, indivíduos que trocavam a modorra da vida camponesa por um cotidiano repleto de aventuras e perigos. Era uma via de acesso ao dinheiro rápido e sujo de sangue, conquistado a ferro e a fogo. “São evidentes as correlações de procedimentos entre cangaceiros de ontem e traficantes de hoje. A rigor, são velhos professores e modernos discípulos”, afirma o pesquisador do tema Melquíades Pinto Paiva, autor de Ecologia do Cangaço e membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
Homem e lenda
Virgulino Ferreira da Silva reinou na caatinga entre 1920 e 1938. A origem do cangaço, porém, perde-se no tempo. Muito antes dele, desde o século 18, já existiam bandos armados agindo no sertão, particularmente na área onde vingou o ciclo do gado no Nordeste, território onde campeava a violência, a lei dos coronéis, a miséria e a seca. A palavra cangaço, segundo a maioria dos autores, derivou de “canga”, peça de madeira colocada sobre o pescoço dos bois de carga. Assim como o gado, os bandoleiros carregavam os pertences nos ombros.
Um dos precursores do cangaço foi o lendário José Gomes, o endiabrado Cabeleira, que aterrorizou as terras pernambucanas por volta de 1775. Outro que marcou época foi o potiguar Jesuíno Alves de Melo Calado, o Jesuíno Brilhante (1844-1879), famoso por distribuir entre os pobres os alimentos que saqueava dos comboios do governo. Mas o primeiro a merecer o título de Rei do Cangaço, pela ousadia de suas ações, foi o pernambucano Antônio Silvino (1875-1944), o Rifle de Ouro. Entre suas façanhas, arrancou os trilhos, perseguiu engenheiros e seqüestrou funcionários da Great Western, empresa inglesa que construía ferrovias no interior da Paraíba.
Lampião sempre afirmou que entrou na vida de bandido para vingar o assassinato do pai. José Ferreira, condutor de animais de carga e pequeno fazendeiro em Serra Talhada (PE), foi morto em 1920 pelo sargento de polícia José Lucena, após uma série de hostilidades entre a família Ferreira e o vizinho José Saturnino. No sertão daquele tempo, a vingança e a honra ofendida caminhavam lado a lado. Fazer justiça com as próprias mãos era considerado legítimo e a ausência de vingança era entendida como sintoma de frouxidão moral. “Na minha terra,/ o cangaceiro é leal e valente:/ jura que vai matar e mata”, diz o poema “Terra Bárbara”, do cearense Jáder de Carvalho (1901-1985).
No mesmo ano de 1920, Virgulino Ferreira entrou para o grupo de outro cangaceiro célebre, Sebastião Pereira e Silva, o Sinhô Pereira – segundo alguns autores, quem o apelidou de Lampião. Como tudo na biografia do pernambucano, é controverso o motivo do codinome. Há quem diga que o batismo se deveu ao fato de ele manejar o rifle com tanta rapidez e destreza que os tiros sucessivos iluminavam a noite. O olho direito, cego por decorrência de um glaucoma, agravado por um acidente com um espinho da caatinga, não lhe prejudicou a pontaria. Outros acreditam na versão atribuída a Sinhô Pereira, segundo a qual Virgulino teria usado o clarão de um disparo para encontrar um cigarro que um colega havia deixado cair no chão.
O cangaço não tinha um líder de destaque desde 1914, quando Antônio Silvino

Estudo apresentado por químico em conferência na Itália afirma que Terra não teria como suportar minerais que ajudaram na formação da vida.

Cientista sugere que vida começou em Marte


Um estudo apresentado em uma conferência científica sugere que a vida pode ter começado em Marte antes de chegar à Terra.
A teoria foi apresentada pelo químico Steven Benner, do Instituto de Ciência e Tecnologia de Westheimer (EUA), em na Conferência de Goldschmidt, em Florença, na Itália.
A forma como átomos se juntaram pela primeira vez para formar os três componentes moleculares dos seres vivos - RNA, DNA e proteínas - sempre foi alvo de especulação acadêmica.
As moléculas não são as mais complexas que aparecem na natureza, ainda assim não se sabe como elas surgiram. Acredita-se que o RNA (ácido ribonucleico) foi o primeiro a surgir na Terra, há mais de três bilhões de anos.
Hostil
Uma possibilidade para a formação do RNA a partir de átomos, como carbono, seria o uso de energia (calor ou luz). No entanto, isso produz apenas alcatrão.
Para criação do RNA, os átomos precisam ser alinhados de forma especial em superfícies cristalinas de minerais. Mas esses minerais teriam se dissolvido nos oceanos da Terra naquela época.
Benner diz que esses minerais eram abundantes em Marte. Ele sugere que a vida teria surgido primeiro em Marte, seguindo para a Terra em meteoritos.
Na conferência em Florença, o cientista apresentou resultados sugerindo que minerais que contém elementos como boro e molibdênio são fundamentais na formação da vida a partir dos átomos.
Ele diz que os minerais de boro ajudam na criação de aros de carboidrato, gerando químicos que são posteriormente realinhados pelo molibdênio. Assim surge o RNA.
O ambiente da Terra, nos primeiros anos do planeta, seria hostil aos minerais de boro e ao molibdênio.
'É apenas quando o molibdênio se torna altamente oxidado que ele é capaz de influenciar na formação da vida', diz Benner.
'Esta forma de molibdênio não existira na Terra quando a vida surgiu, porque há três bilhões de anos a Terra tinha muito pouco oxigênio. Mas Marte tinha bastante.'
Segundo ele, isso é 'outro sinal que torna mais provável que a vida na Terra tenha chegado por um meteorito que veio de Marte, em vez de surgido no nosso planeta'.
Outro fator que reforçaria a tese é o clima seco de Marte, mais propício para o surgimento de vida.
'As evidências parecem estar indicando que somos todos marcianos, na verdade, e que a vida veio de Marte à Terra em uma rocha', disse Benner à BBC.
'Por sorte, acabamos aqui - já que a Terra certamente é o melhor entre os dois planetas para sustentar vida. Se nossos hipotéticos ancestrais marcianos tivessem ficado no seu planeta, talvez nós não tivéssemos uma história para contar hoje.'

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

ONS diz que energia foi restabelecida em todas as capitais do Nordeste

Ainda pode haver falta de energia em cidades no interior, diz operador.
Houve queda de energia de grandes proporções no NE às 15h03, diz Aneel.
A energia foi restabelecida em todas as capitais do Nordeste do país, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O operador diz que ainda pode haver falta de energia, no entanto, nas cidades no interior.
O ONS diz ainda não saber a extensão do problema nem a causa.
A área de fiscalização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) disse que houve uma queda de energia de grandes proporções no Nordeste às 15h03, derrubando a carga para 10% do nível normal - de 10.000 megawatts para 1.000 megawatts.
A agência disse que, após a apuração das causas pelo ONS, fará a fiscalização do problema e, se houver culpados, aplicará multa.
"Não sabemos o que está acontecendo, não tem informação nenhuma, ainda estamos apurando, estamos verificando tudo isso. Está havendo (o apagão) e está sendo restabelecido (o serviço)", disse o Operador Nacional do Sistema (ONS).
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que acompanhava uma reunião na Petrobras, no Rio de Janeiro, na tarde desta quarta-feira, se dirigiu à sede do ONS assim que recebeu a notícia do apagão, segundo sua assessoria. A prioridade do ONS, de acordo com a assessoria do ministro, é restabelecer a energia o mais rápido possível.
Chesf
Segundo o superintendente de Operação da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), João Henrique Franklin, houve queda de energia no Nordeste, e foi registrada falta de energia no Piauí, Paraíba, Alagoas, Ceará,Sergipe, Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
O problema foi observado por volta das 15h desta quarta. O superintendente informou que está fazendo o diagnóstico do ocorrido na Central de Operações da Chesf, que fica no Recife.
No ano passado
Em 2012, a região Nordeste enfrentou apagões em setembro e outubro. Em 22 de setembro, segundo o ONS, um problema nas interligações Sudeste/Norte e Sudeste/Nordeste, atingiu o fornecimento de energia elétrica em parte da região Nordeste do país.
Em outubro, outra ocorrência afetou os nove estados do Nordeste do país no final da noite do dia 25 e início da madrugada do dia 26.

Eike Batista renuncia à presidência do conselho da LLX

Para ocupar o cargo deixado por Eike, foi eleito Roberto D'Araujo Senna.
Controle será transferido para a EIG Management Company.

O empresário Eike Batista renunciou ao cargo de presidente do conselho da LLX, companhia de logística do grupo EBX, segundo informou a empresa em fato relevante divulgado nesta quarta-feira (28), seguindo o acordo de transferência do controle para a EIG Management Company anunciado em meados de agosto.
Para ocupar o cargo deixado por Eike, foi eleito Roberto D'Araujo Senna, que já fazia parte do conselho. Ainda segundo a LLX, Aziz Ben Ammar também renunciou ao seu cargo no conselho.
No último dia 14, a companhia anunciou ter firmado um termo de compromisso para receber investimento de R$ 1,3 bilhão da empresa do setor de energia EIG Management Company, que vai assumir o contole da companhia.
"O Grupo EIG se comprometeu a subscrever a totalidade das ações que poderiam ser subscritas pelo Acionista Controlador, que cederá gratuitamente seu direito de preferência ao Grupo EIG", diz o comunicado. O EIG também se comprometeu a subscrever a totalidade das ações não subscritas pelos acionistas minoritários, até o limite total de subscrição no montante de R$ 1,3 bilhão.
Na ocasião, a LLX também disse que o atual acionista controlador, Eike Batista, deixaria de integrar a administração da empresa, mas que continuaria sendo um acionista relevante.
"Quando a operação for concluída, o Grupo EIG se tornará o novo acionista controlador da LLX. O
atual acionista controlador deixará de integrar a administração da Companhia, mas continuará a
ser um acionista relevante, e preservará o direito de indicar um membro do conselho de
administração da LLX", diz o comunicado.
As ações que serão emitidas em decorrência do aumento do capital terão o preço de emissão
fixado em R$ 1,20 e será conferido aos acionistas minoritários, o direito de preferência para participação no aumento de capital.
MPX
Em julho, Eike Batista renunciou ao conselho de administração da MPX – empresa de energia com negócios complementares em geração elétrica e exploração e produção de gás natural na América do Sul. Também foi feito um aumento de capital privado de R$ 800 milhões para reforçar o caixa da companhia em meio a turbulências enfrentadas no mercado.
De acordo com a MPX, na operação, a empresa alemã E.ON - que detém 24,5% do capital da MPX e compartilha o controle da geradora térmica com o empresário - investirá até R$ 366 milhões, e o banco BTG Pactual, seu assessor financeiro, se comprometeu a dar o restante. Esse aumento de capital vai substituir a oferta pública de ações inicialmente prevista. A decisão foi tomada, de acordo com a empresa, diante da "deterioração das condições de mercado nas últimas semanas".

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Bovespa opera em baixa em meio a incertezas sobre Síria

Possível ação militar contra o governo sírio pesava sobre os mercados.
Na segunda, Ibovespa teve desvalorização de 1,47%, a 51.429 pontos.

O principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) iniciou a terça-feira (27) operando no vermelho, em um pregão em que incertezas sobre uma possível ação militar contra o governo da Síria pesavam sobre os mercados acionários globais e levavam investidores a buscar ativos menos arriscados, diz a agência Reuters.
 Às 13h24, o Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, recuava 1,67%, a 50.568 pontos, pressionado pela preferencial da Petrobras, que tinha desvalorização de mais de 2%.Veja cotação
A possibilidade iminente de um ataque de potências ocidentais contra a Síria para punir o presidente Bashar al-Assad pelo suposto uso de armas químicas contra civis levava investidores a se livrarem de aplicações mais arriscadas como ativos de países emergentes.
Nesta sessão, lideravam as perdas do Ibovespa os papéis da petroleira OGX, depois da empresa ter desistido da aquisição de blocos que arrematou sozinha na 11ª rodada de leilões de áreas de petróleo, realizada em maio.
As ações das construtoras Rossi, Gafisa, PDG e Cyrela também pressionavam a queda do índice.
Nesta terça-feira, Sondagem Conjuntural da Construçãodivulgada pela Fundação Getulio Vargas (FGV) apontou que o Índice de Confiança da Construção (ICST) recuou 4,7% no trimestre encerrado em agosto na comparação com um ano antes. No trimestre até julho, o índice havia recuado 4% na mesma comparação.
Na segunda-feira (26), o principal índice da Bovespa fechou em queda de 1,47%, em 51.429 pontos.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Bolsa fecha em queda com investidores embolsando lucros

Ibovespa teve desvalorização de 1,47%, para 51.429 pontos.
Petrobras e construtoras tiveram as maiores quedas e ajudaram na queda.

O principal índice da Bovespa fechou em queda na tarde desta segunda-feira (26), com investidores aproveitando a agenda fraca para vender ações e embolsar os lucros. Petrobras e de construtoras pressionaram a queda do índice, com quedas acima de 6%.
Ao longo da semana, haverá a divulgação de importantes dados econômicos.
O Ibovespa terminou com desvalorização de 1,47%, em 51.429 pontos, após ter encerrado a última sessão em seu maior nível em 11 semanas. Veja cotação
A queda foi generalizada -- das 71 ações que compõem o índice, apenas cinco avançaram. O giro financeiro do pregão foi de R$ 6,2 bilhões.
Sem prever outros impulsos para as ações continuarem subindo, após a alta da semana passada, alguns investidores embolsaram lucros nesta segunda. No mês de agosto, a bolsa tem alta de 6,62%, mas no ano tem queda de 15,62%.
"Tivemos um processo de alta bastante relevante em agosto, o que inspira cuidados por parte de investidores", afirmou o economista André Perfeito, da Gradual Investimentos.
A aceleração da queda aconteceu perto do fim da sessão, quando as bolsas americanas inverteram leve alta após uma declaração do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, que disse que todos os países devem se unir para esclarecer as responsabilidades pelo uso de armas químicas na Síria.
Estabilidade
O índice passou a maior parte do dia com pouca variação, perto da estabilidade, em um pregão também fraco nos mercados internacionais.
Nesta semana, a atenção do mercado está focada na divulgação dos dados do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no segundo trimestre, na quinta-feira, cujo resultado pode influenciar decisões do Fed sobre política monetária.
O resultado do PIB brasileiro no mesmo período deve ser conhecido na sexta-feira.
Ações
A ação preferencial da Petrobras exerceu a principal pressão de baixa no Ibovespa, após ter acumulado valorização de 13,9% em agosto até sexta-feira, em meio à expectativa de um reajuste nos preços de combustíveis.
As construtoras Rossi Residencial, Gafisa e B2W foram outros destaques de queda, com perdas de mais de 6%.
Também pesaram sobre o índice as ações da operadora Oi. Segundo o operador de renda variável Luiz Roberto Monteiro, da Renascença Corretora, os papéis foram afetados por uma notícia da revista "Veja" afirmando que um deputado do PT teria oferecido "honorários" para que um conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) agisse a favor da empresa, principalmente sobre às multas aplicadas pelo órgão regulador.
Em nota, a Oi negou as acusações e afirmou que "desautoriza qualquer pessoa que tente atuar indevidamente em seu nome em atos que estejam em desacordo com a lei".

domingo, 25 de agosto de 2013

Cientistas estudam migração misteriosa nos EUA

Postada sobre um penhasco solitário, sob o qual corre o poeirento rio San Pedro, a cerca de 50 km a leste de Tucson, Arizona, a velha ruína rochosa que os arqueológicos denominam sítio do rancho Davis parece incongruente. Da margem oposta, as paredes demolidas da ruína Reeve são igualmente surpreendentes. Cerca de 700 anos atrás, como parte de uma vasta migração, o povo anasazi, movido por motivos desconhecidos, veio do norte e formou assentamentos como esses, deixando sua marca única na região.

» Veja fotos das ruínas
"Saldo policromático", diz um arquéologo visitante, revirando nas mãos um caco de cerâmica. Avermelhado do lado de fora e exibindo um padrão que alterna preto e branco por dentro, o fragmento se destaca na comparação com os utensílios bem mais simples produzidos pelos hohokam, cujo território os anasazi ocupariam.
Os imigrantes anasazi - os arqueólogos traçaram sua presença nas mesas e cânions em torno de Kayenta, Arizona, não muito longe da atual reserva indígena hopi - eram peculiares também de outras maneiras. Gostavam de construir em pedra (os hohokam usavam gravetos e barro), e seus kivas (câmaras de cerimônia), como aqueles que deixaram em sua terra de origem, eram inconfundíveis: retangulares, e não redondos, com um banco de pedra em torno do perímetro interno, um fogareiro central e um sipapu, ou poço dos espíritos, simbolizando a passagem pela qual os primeiros seres humanos emergiram das entranhas da terra.
"Poderíamos transferir tudo isso para Hopi e não sentiríamos a diferença", diz John Ware, o arqueólogo que está comandando a expedição, enquanto examina um kiva no rancho Davis. Encontrá-lo lá é como tropeçar em um pagode budista na savana africana.
Por cinco dias, no final de fevereiro, Ware, diretor da Fundação Amerind, um centro de pesquisa arqueológica em Denver, recepcionou 15 colegas para o estudo de uma questão incômoda e persistente na arqueologia do sudoeste dos Estados Unidos. Por que, no final do século XIII, milhares de anasazis deixaram seus assentamentos no altiplano do Colorado e se transferiram para o sul, rumo ao Arizona e Novo México?
Os cientistas no passado acreditavam que a resposta se devesse a fatores impessoais, como a chegada de uma grande seca ou de uma era glacial transitória. Mas com o acúmulo cada vez maior de indícios, essas hipóteses parecem um tanto frouxas - além de apegadas demais ao determinismo. Como os seres humanos atuais, os anasazi eram presumivelmente pessoas complexas, com a capacidade de tomar decisões - boas e más - sobre como reagir a mudanças em seu ambiente. Eles não eram vítimas de forças superiores, mas artífices de seu destino.
Alguns arqueólogos estão tentando ir além das alterações no clima e estudar os efeitos da guerra e da crescente complexidade da sociedade anasazi. Estão estudando com mais atenção os artefatos antigos e encontrando indícios de uma disputa ideológica e pistas quanto ao estado de espírito dos anasazi.
"O final do século 13 foi um período de substancial fermentação social, política e religiosa, e de experimentação", disse William Lipe, arqueólogo da Universidade Estadual de Washington.
"Não é possível que tenha existido uma situação na qual centenas de comunidades locais, por motivos individuais, específicos, tenham decidido se transferir, por simples acaso", disse Lipe. "É preciso que houvesse algo de mais geral em ação".
Quando os cientistas examinam a largura dessemelhante dos anéis das árvores, percebem uma seca cruel que afligiu o sudoeste durante o último quarto do século XIII, o pico do período de abandono. Mas já haviam acontecido secas severas antes disso. "As condições gerais eram bastante desfavoráveis nos anos 1200", disse Timothy Kohler, da Universidade Estadual de Washington. "Mas talvez não fossem de todo piores do que o acontecido no século 10 e as pessoas não deixaram sua área".
Até mesmo nas piores épocas, os grandes cursos aquáticos continuavam fluindo. "O rio Provo não secou", disse James Allison, arqueólogo da Universidade Brigham Young. "O rio San Juan não secou. O clima provavelmente explica muito. Mas havia lugares nos quais as pessoas podiam ter ficado e plantado e optaram por não fazê-lo", afirmou Allison.
Alguns habitantes deixaram o clima relativamente luxuriante do que hoje é o sul do Colorado pelas mesas sempre áridas das terras hopi. "O clima seria a explicação mais sensata para essa grande mudança de padrão", disse Lipe. "Mas aí você se pergunta quem iria a Hopi para escapar disso".
Hopi estava longe de ser anomalia. "Todo o processo de abandono dos Four Corners, pelo menos no Arizona, envolve pessoas se transferindo para lugares ainda piores", disse Jeffrey Dean, arqueólogo do laboratório de pesquisa arbórea da Universidade do Arizona.
Alguns arqueólogos propuseram que o resfriamento do clima é que precipitou o movimento. Medições da espessura da camada de pólen, acumulada ao longo de décadas no fundo de lagos e pântanos, sugerem que as estações de cultivo estavam encurtando. Mas mesmo quando combinada a uma seca, essa tendência pode ter representado golpe menos que decisivo.
Pouco depois do abandono, a seca acabou. "As reconstruções baseadas nos anéis de madeira das árvores demonstram que, entre 1300 e 1340, o clima foi notavelmente úmido", diz Larry Benson, paleoclimatologista do Projeto do Clima de Região Áridas, parte do Serviço de Levantamento Geológico dos Estados Unidos. "Se eles tivessem decidido ficar..." Mas mesmo quando as chuvas passaram, as pessoas nunca o fizeram.

sábado, 24 de agosto de 2013

Serviço de telefonia VoIP da Telexfree é clandestino, informa Anatel

Empresa foi autuada por fornecer a tecnologia sem aval e pode ser indiciada pela PF
O sistema de telefonia por internet (VoIP, na sigla em inglês) da Telexfree é clandestino, informou a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Por essa razão, a empresa foi autuada pelo órgão e poderá ser investigada pela Polícia Federal.
A Telexfree está com as atividades suspensas há 66 dias por decisão judicial , acusada pelo Ministério Público do Acre (MP-AC) de ser a maior pirâmide financeira do País. Cerca de 1 mihão de pessoas aderiram ao negócio, e pagaram taxas de adesão que vão de R$ 722 a R$ 3.322.
Para os promotores, o faturamento da empresa depende sobretudo dessas taxas. Por isso, quando não houver mais gente interessada, o esquema quebra.
Leia também: Saiba diferenciar pirâmide de marketing multinível e esquema Ponzi
Lucro viria do VoIP
Os representantes da empresa negam irregularidades e argumentam que os recursos da empresa vêm, justamente, da venda de pacotes de telefonia VoIP.
Mas, em maio, uma equipe de fiscalização da Anatel visitou a sede da Telexfree em Vitória (ES) e constatou que a empresa não tem a autorização para operar Serviço de Comunicação Multimídia (SCM). Esse aval é necessário, pois os serviços VoIP da Telexfree permitem a ligação para telefones convencionais.
A Anatel multou a Telexfree em R$ 4 mil. Além disso, o caso foi comunicado à Superintendência da Polícia Federal em Vitória, no dia 27 de junho. Procurada no fim da tarde desta quinta-feira (22), a corporação não informou se foi aberto algum inquérito.
Aquisição
Em março deste ano, a Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda (Seae/MF) já havia sugerido que a Telexfree não tinha infraestrutura para oferecer o VoIP no Brasil e nem acordo com alguma operadora de telefonia.
Questionado pela reportagem à época, Carlos Costa, um dos diretores da Telexfree, afirmou que esse contrato era feito com uma operadora de telefonia nos Estados Unidos . Ele se recusou, porém, a indicar o nome.
Nesta quarta-feira (21), em audiência pública na Câmara dos Deputados , perguntado sobre o fato, Costa argumentou que a Telexfree havia adquirido a Voxbras, uma empresa que possui autorização para prestar os serviços VoIP.
"Como o nosso serviço trabalha dos EUA para cá, porque nosso data center [ centro de dados ] fica nos EUA, nós tomamos a providência. Quando a Anatel em abril começou a cobrar da gente a exigência, nós adquirimos a Voxbras, que é uma empresa brasileira com todas as regulamentações da Anatel", disse Costa.
Insuficiente
Mas, de acordo com a agência reguladora, essa aquisição não é suficiente, até o momento, para permitir que a Telexfree opere no mercado de telefonia VoIP. Isso porque ainda não foi feita, junto à Anatel, a alteração da composição societária da Voxbras.
"Há um pedido de alterações societárias ocorridas no grupo Simternet Tecnologia da Informação Ltda. [ razão social da Voxbras ] e no momento a atualização documental por parte da Simternet está pendente. A Anatel oficiou para complementar as informações trazidas aos autos para poder se pronunciar de forma definitiva", informou a agência, em nota.
Procurada no fim da tarde desta quinta-feira (22), a procuradora da Voxbras junto à Anatel disse que não estava disponível imediatamente para comentar o assunto. A reportagem deixou recado no telefone de Draico Vaz, indicado pela procuradora, mas não recebeu resposta.
Os representantes da Telexfree não comentaram.
 

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