GASTOS CHEGARIAM A R$ 320 MILHÕES. SANTA SÉ AFIRMOU QUE DINHEIRO NÃO SERÁ "JOGADO PELA JANELA" E QUE MAIORIA DA POPULAÇÃO QUER RECEBER A VISITA DO PAPA FRANCISCO
A Santa Sé optou por não entrar na polêmica sobre o uso de recursos públicos na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e sobre os custos da viagem do papa Francisco para os cofres do Estado brasileiro. Mas afirmou que "não será dinheiro jogado pela janela no mar" e insiste que a "maioria" da população "quer a visita".
Os gastos com a visita do papa Francisco e com a Jornada Mundial da Juventude tem sido alvo de polêmicas e até de questionamentos legais na Justiça. No total, o evento custaria mais de R$ 320 milhões. Parte desse custo seria arcado pelo poder público. "Há 30 anos se fala disso (sobre o uso de verba pública) e nada disso é novo", declarou o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi. "Trata-se de ver com que critérios se conduz o assunto", insistiu.
Para ele, a decisão é dos organizadores, e não do Vaticano. "Dá-se liberdade aos organizadores e autoridades, que são os responsáveis pelo que se faz", declarou. "Mas, normalmente, para qualquer país, a vinda de um papa é sempre muito importante e agradável para grande parte da população."
O Vaticano ainda se mostra otimista em relação à popularidade do papa no Brasil. "A maioria da população é de católicos e a população está interessada em que o papa faça a visita. É natural que a comunidade se empenhe para acolhê-lo da melhor maneira, como qualquer outra visita importante."
Para o porta-voz do Vaticano, o dinheiro movimentado para a preparação do evento ficará no próprio país. "Com frequência, quando existem gastos, eles são destinados a pagar por um trabalho. Não é que se jogue nada pela janela, ao mar. Serão dados (recursos) a quem trabalha para atender a ordem pública e para construir as estruturas necessárias. De fato, é dinheiro que beneficia quem realiza certos serviços no campo do bem comum para esse grande evento e interessa a maior parte da população", justifica. "Não são recursos desperdiçados."
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