Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, caiu 2,09%, a 47.421 pontos.
Mercado acompanha bolsas quedas de bolsas dos EUA.
O principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em
queda de mais de 2% nesta terça-feira (6), no sexto dia de perdas em
sete sessões, acompanhando as bolsas norte-americanas e com investidores
pessimistas em relação à economia doméstica.
O Ibovespa recuou 2,09%, a 47.421 pontos. O giro financeiro do pregão foi de R$ 6,4 bilhões.
Após rondar a estabilidade no início da sessão, o índice firmou-se no
território negativo, conforme as bolsas norte-americanas recuaram de
máximas recordes atingidas na semana passada e abriram espaço para a
realização de lucros.
"Uma razão importante para a queda é a perspectiva econômica negativa
para o Brasil", afirmou o analista Leandro Silvestrini, da Intrader.
"Hoje rompemos o suporte técnico dos 48 mil pontos, o que sugere que
investidores estão esperando novas perdas."
Na segunda-feira, a pesquisa Focus, do Banco Central, mostrou que economistas voltaram a reduzir a expectativa para a expansão da economia neste ano, a 2,24%, ante 2,28% anteriormente.
Pesou também sobre a bolsa na sessão o desânimo provocado pela alta do dólar, que superou o patamar de R$ 2,30 na véspera.
"O câmbio para cima pressiona a inflação, mas o governo não vai ter
muito espaço para continuar a política de aperto monetário se o
crescimento econômico cair mais", afirmou Rafael Barros, da Humaitá
Investimentos.
Além disso, segundo analistas, a temporada de balanços corporativos,
que era vista como um potencial gatilho para uma valorização do
Ibovespa, acabou não contribuindo para motivar um avanço consistente.
"Os resultados corporativos que saíram até agora têm vindo em linha com
a expectativa do mercado, sem surpreender", afirmou o sócio diretor da
AZ Investimentos Ricardo Zeno.
No cenário global, pesava sobre os mercados a declaração do presidente
do Federal Reserve de Atlanta, Dennis Lockhart, de que o banco central
dos Estados Unidos pode começar a reduzir o ritmo de seu programa de
aquisição de ativos em setembro.
Nesta sessão, pressionaram o índice os papéis das blue chips (ações
mais negociadas) Vale e Petrobras. Também foi destaque de queda o papel
da empresa de transportes ALL,
que registrou prejuízo líquido de R$ 74,4 milhões no segundo trimestre,
tendo seu desempenho afetado pela baixa contábil dos ativos na
Argentina.
No outro sentido, foram destaques de alta os papéis da mineradora MMX, de Eike Batista, em meio a especulações sobre a venda do Porto Sudeste, um dos principais ativos da companhia.
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